O nosso leitor JOÃO BRITO ganhou mais um ramo de acácia, ao vencer a 8.ª edição do concurso do PRAIA DE BOTE. Embora ele não tenha respondido integralmente à pergunta, merece sem dúvida alguma o troféu.
Ora a primeira parte da pergunta era "onde". E o onde era a ilha de S. Vicente. Mas isso não chegava, visto que era necessário indicar o sítio exacto: "lugar de Montevideu" (zona que olha para a tal pessoa cuja cara bem conhecemos, em forma de monte). Assim se explica a história da desenvolvida ex-colónia lusa que é o Uruguai (capital, Montevideu) ou então a antiga colónia portuguesa de Sacramento, para sermos mais exactos. Ainda hoje nesse florescente país sul-americano há imensos apelidos de origem portuguesa e a memória da antiga potência colonial é estimada.
Quanto aos dois edifícios, eram de facto o Fortim d'El-Rei e o Miradouro Craveiro Lopes.
Relativamente ao objecto e às circunstâncias em que foi erigido, podemos dizer o seguinte: a cruz de Cristo estava no topo de um padrão dedicado ao colonizador Diogo Afonso (pedra) que tinha perto da base um escudo em bronze que hoje está no pedestal da estátua de Diogo Afonso na Praia de Bote (fica assim também desvendado outro enigma que por aqui andou a dar cabo de algumas cabeças). O padrão estava a ser construído em Maio de 1955, nas vésperas da chegada do Presidente da República Craveiro Lopes, ao mesmo tempo que se acabava o Campo de Instrução Militar do Morro Branco, no mesmo âmbito da visita do PR.
O padrão tinha 4,5 metros de altura e na face fronteira a dedicatória a Diogo Afonso. Hoje nada deve sobrar dele, embora em 1999 tenhamos ainda visto o que restava, a base. Do mesmo ficam duas imagens. Numa delas, vê-se um nosso conhecido, incansável vasculhador das coisas da ilha desde cedo... Nos pés, uns chinelos saiko...
Foto IICT |
Nota de jornal da época |
Pergunta: onde e em que circunstâncias foi erigida esta cruz de Cristo?
Ajuda 1: a resposta tem de integrar uma palavra que tem a ver como uma ex-colónia portuguesa onde o progresso é uma constante e a memória de Portugal também.
Ajuda 2: quem tirou a foto estava virado para o Atlântico.
Ajuda 3: perto, apenas dois edifícios...
Quem ganhará desta vez o cobiçado ramo de acácia?
Brasil?
ResponderEliminarCumprimentos
J. Brito
Nada de Brasil. Porém...
ResponderEliminarMas atenção, a palavra relacionada com a tal colónia fica em Cabo Verde, numa ilha especial. E a cruz encontra-se a olhar para alguém que está em repouso absoluto.
Braça,
Djack
Vou pensar, vou pensar... E a cruz que assinala o lugar onde Gago Coutinho e Sacadura Cabral amararam o hidroaviao (para repouso)no voo inaugural Europa/America do Sul. Fica na Avenida Marginal la para os lados onde ficava a Pontinha.
ResponderEliminarBom fim de semana
Nita
Sim, a cruz esta a olhar para o Monte Cara. Ganhei, ganhei!
ResponderEliminarNita
Penso que a Nita deve ter acertado. Nao vejo outra resposta. Bom domingo Fernando
ResponderEliminarFrioooooooooooo, friooooooooooooooo!!!
ResponderEliminarNão mete aviadores.
Bsot recordá diazá....
ResponderEliminarSó dois edifícios perto. E não tem nada a ver com aviadores, embora fosse preciso subir. Tem algo a ver com um militar que mandava mas mandava pouco, embora devesse mandar muito. Era de pedra ou cimento mas também tinha bronze. E o local tinha e tem a ver com uma palavra que tem a ver com uma antiga colónia que tem a ver com Portugal que não tem a ver com o Brasil mas... vocês precisam mesmo de um sacramento!!!
Não desiludam o PRAIA DE BOTE.
Há, em S.Filipw, Fogo, um padrão encimado por uma esfera armilar e uma cruz de Cristo, num miradouro de frente para a Brava...Será essa, a Cruz?
ResponderEliminarFriooooooooooooo!!! A Brava não é "alguém"!
ResponderEliminarToda a gente o viu, toda a gente dele se esqueceu!!!
ResponderEliminarQue drama!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Vento, grande ventaniaaaaaaaaaaaaa!!! Perto, só dois edifícios: um edifício de grelha e um edifício de olho!!!
OK. Tiro no escuro.
ResponderEliminarPadrão que foi erigido pela ocasião da visita do então Presidente Craveiro Lopes.
Está situada no Fortim (Miradouro Craveiro Lopes)
Faltou assinar.
EliminarJ. Brito
João Brito vence pela segunda vez o nosso concurso.
ResponderEliminarMuitos parabéns e um grande abraço.
Djack
Já tardiamente, por ter estado fora de casa, tentei concorrer com um palpite mas vejo que o João Brito ganhou e o assunto está arrumado. Agora não importa dizer qual era o meu palpite.
ResponderEliminarMas só uma coisinha. O Djack diz que nessa altura da visita do Presidente estava-se a acabar o Campo de Intrução Militar do Morro Branco. No Morro Branco foi construído o aquartelamento de uma bataria de artilharia de costa na altura da II Guerra Mundial. Essas instalações mantiveram-se funcionais embora desactivadas (ou diminuídas) da sua função original, pelo que é possível que tenham sido apenas aproveitadas ou adaptadas para centro de instrução. Mais tarde, em 1962, esteve ali aquartelada uma companhia de artilharia (unidade tipo companhia de caçadores)que foi depois transferida para a Guiné. Actualmente, é onde funciona o centro de instrução militar de S. Vicente, não sei se de Cabo Verde ou se da região militar a que corresponde o Barlavento.
Chegar tarde não é problema, quando se dão achegas como esta. De qualquer modo, vou colocar ali em cima o recorte de jornal onde se fala do Morro Branco e das suas novas instalações militares. Tal como o Adriano diz, possivelmente adaptadas e melhoradas para a visita do PR.
ResponderEliminarUm grande abraço ao rejuvenescido cabo-verdiano
Djack
Feliz, ou Infelizmente, o nosso "MIRADOURO" foi completamente arrasado. Não existe um grão de pedra como testemunha.O "FURTIM" ainda lá está, moribundo, e se tiver o mesmo destino do miradouro, seria uma pena, pois a colina mais importante da nossa Baía ficaria sem nenhuma história para contar.
ResponderEliminarNão somos contra o progresso, mas fase-lo de forma a destruir o passado, apagar os vestígios duma histórico,é crime.Por esse andar o "PRAIA DE BOTE" um dia não terá bote para testemunhar.
É UMA PENA!!
MANTENHA PATUDGENTE
Obrigado pela participação, caro/a anónimo/a. Vamos ter fé na inteligência dos cabo-verdianos, sobretudo na dos sanvicentinos. Pode ser que algo se salve na voragem dos patos-bravos da construção civil. Aqui o PRAIA DE BOTE vai dando o seu modesto contributo para a preservação da memória colectiva. Mais não pode fazer...
ResponderEliminarBraça,
Djack
Mais do que ganhar, a minha participação e as visitas que faço ao Praia de Bote, são uma forma de adquirir algum conhecimento sobre a minha terra. Ainda bem que vão existindo ‘Praias de Botes’ que vão contando/preservando a nossa memória.
ResponderEliminarAbraços,
J.Brito
Começa é a ser um problema guardar tanto ramo de acácia em casa, acho eu.
ResponderEliminarUm grande abraço,
Djack