sábado, 4 de maio de 2013

[0437] Uma Casa da Lusofonia para a Ribeira Grande de Santiago. Projecto em marcha, discutido em Lisboa

Manuel de Pina, pres. da CMRG, e Mário Alves (ETNIA), durante a sessão - Foto Joaquim Saial

PRAIA DRE BOTE esteve ontem, dia 3, no Centro InterculturaCidade, Lisboa, numa sessão que teve por objectivo apresentar e debater a ideia de uma Casa da Lusofonia para a Cidade Velha. Resultante de parceria entre a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago e a Associação Etnia (Portugal), começará a tomar forma com a reconstrução de uma casa no Bairro de S. Sebastião, nas proximidades da Sé Catedral, que será a sede do futuro equipamento. Estima-se que a tarefa (obras, organização, legalização, etc.) levará cerca de cinco anos, findos os quais a Casa estará em condições de realizar o encontro de culturas da lusofonia, bem como destas com outras de outros horizontes, num sistema aberto e multifacetado. 

Aspecto da assistência - Foto Joaquim Saial

Registe-se o entusiasmo posto neste projecto por Manuel de Pina, presidente da autarquia da Cidade Velha, que nele vê mais uma alavanca para o desenvolvimento cultural e turístico da sua cidade, área em que a edilidade muito está a apostar. Pensa-se começar as obras já no próximo mês de Agosto, com mão-de-obra de jovens voluntários locais e de outras nacionalidades. Apoios logísticos e materiais serão fornecidos no primeiro caso pela CMRG e no segundo, em princípio, por empresas nacionais e estrangeiras com interesses na ilha de Santiago ou eventualmente noutras do País.

Jornalista Otília Leitão e escritor, poeta, radialista e assessor da CMRG, Nuno Rebocho - Foto Joaquim Saial
A inevitável cachupa, após a sessão - Foto Joaquim Saial
E o igualmente imprescindível remate musical - Foto Joaquim Saial

3 comentários:

  1. A ideia parece-me excelente e julgo que sejam legítimos os sentimentos que a vão passar à realidade...Mas, meu caro Djack...CINCO ANOS ???
    Meu Deus, em 5 anos os americanos levantam cinco arranha-céus, os japoneses fabricam centenas de milhar de automoveis e os chineses imitam milhões de unidades de tudo o que se possa imaginar...Creio que é burocracia a mais!

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  2. Os americanos nadam em dinheiro, mesmo quando estão em crise. Aqui, não há muito dinheiro e as coisas irão sendo feitas calmamente, mas com empenho e segurança. Por exemplo, os jovens que vão participar na reconstrução da chamada "casa amarela" da Cidade Velha, cabo-verdianos e estrangeiros, por terem em princípio formação cultural e inetelectual já darão em Agosto os primeiros passos nos trabalhos que a Casa da Lusofonia se propõe. Muitos entraves foram sendo postos noutras latitudes, até que a Câmara Municipal de Ribeira Grande apadrinhou o projecto. Por exemplo, numa cidade brasileira onde tudo ja estava a andar, o facto de um político de uma determinada cor política ter ganho as eleições fez com que este abandonasse a causa "apenas" porque ela tinha sido iniciada por um político de cor contrária. Nestas coisas há sempre muito que se lhe diga. O PRAIA DE BOTE e sobretudo o CIDADE VELHA 1462 irão dando novidades.

    Braça lusófona,
    Djack

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  3. A minha ressalva, amigo, tem precisamente a ver com as "doficuldades politicas" que, mesmo quando não são ostensivas cheiram a milhas de distancia...Nunca percebi porque é que a cultura têm que ter uma cor definida...Por outro lado, à medida que envelhecem, as pessoas vão-se tornando mais "urgentes",,,

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