PRAIA DE BOTE tem vindo a dar, sobretudo nos últimos tempos, uma múltipla visão da diáspora cabo-verdiana na América, consubstanciada em artigos do jornal "Terra Nova", depois plasmados no blogue amigo ESQUINA DO TEMPO e, dias depois, aqui. Sempre com investigações baseadas em jornais luso-americanos, portugueses e em imagens fidedignas. Mais uma delas (ou duas, em frente e verso) aqui fica hoje, em homenagem as nossos leitores, colaboradores fiéis e àqueles que nunca falam nem escrevem mas lêem o que nesta praia se passa (assim o dizem as confortáveis estatísticas).
A imagem é de um postal ilustrado de 15 de Setembro de 1964 e relata a viagem do casal Joe e Adelina dos EUA para S. Vicente.
A travessia do Atlântico demorou 7 dias e 15 horas, diz-se no postalinho que mostra a sempiterna Rua de Lisboa e mais se informa que no navio vinham outros 4 "creolos". Palavra bonita e demonstrativa de lembrança de raízes destes visitantes relativamente à terra dos seus antepassados. D. Adelina J. Perry Baptista faleceu em Fairhaven com 98 anos, em 25 de Outubro de 2011. Era filha de Joseph (José, americanizado) e Cândida Lopes e esposa de José J. Baptista (no postal, como Joe). Esta senhora era activo membro da Igreja Internacional do Nazareno, onde era catequista. Deixou três irmãs e vários sobrinhos e sobrinhas. Teve como irmãos Regina, Edwin (aquele a quem o postal é dirigido), Entenor, Arthur e Vasco Perry. Está sepultada no cemitério de Acushnet. Cabo-verdiana de segunda ou terceira geração, não deixou de ir conhecer (ou rever ) a terra dos antepassados - facto que ficou registado no postal. Resta dizer que três meses e meio depois aqui o Djack regressou de Cabo Verde à Europa... Talvez se tenham cruzado, algures na Rua de Lisboa, o Djack mastigando "chuinga" e ela "chewing gum"...
A Casa do Leão, o palácio do governo, o pelourinho de verdura, uma rua bem calcetada e um ar mais que civilizado desta terra sem igual é o que podemos beber na lindíssima imagem colorida, edição da Casa do Leão. Esqueçamos, porém, a falha do fotógrafo que plantou aquele horroroso poste em primeiro plano, onde ele não devia estar...
Pois amigo Amigo Djack. Felizmente que o seu contador substitui o Edward Snowden para informar dos assíduos que passa para "goitar trás de portom" embora nunca "falem mantenha". Isto é coisa que não pode ser. Ê de tirar coragem a qualquer que não seja "mnine de Praia de Bote" considerado dos mais tenazes da desafortunada Ilha do Cardiff e Nhocasse (ou New Castle?).
ResponderEliminarO que vale é que os que visitam Trás-de-Monte-Sossego não visitam "Tchã de Licrim" porque as "fnhengas" não têm a mesma sabura e as meninas são de ilhas diferentes. Há para todos os gostos e...
... haja coragem e saúde.
PRAIA DE BOTE ca ta pará! Tal como dizia nhô Eugénio, "Oh mar eterno sem fundo / Sem fim", Pd'B também será eterno enquanto o seu administrador tiver paciência e neste momento ela está longe de estar esgotada.
ResponderEliminarE portanto... continuaremos!
Braça à la française, pour Valdêmarrrrr,
Djack
Dir-se-ia que este espaço é uma estância sobretudo frequentada por banhistas mudos...ou manetas...ou simplesmente preguiçosos mentais! Que me desculpem esta "foiceada" em seara alheia mas o meu restaurante sofre do mesmo estigma...Mas, enfim, cá vamos andando à vontade do freguês...Fico à espera do 500 para deitar o meu foguete!
ResponderEliminarBraça de fogo preso
Zito
É verdade... Quem não saiba da coisa, poderia dizer que ao Pd'B e ao ACT ninguém vem, pelo que não é de admirar que haja apenas uma meia dúzia de falantes. Mas nós que estamos por dentro disto e temos acesso às estatísticas dos blogues, sabemos que assim não é. Os números estão lá e não falham. Só que ser pessoal visitante não significa ser pessoal falante... enfim, problemas nas cordas vocais, ahahahaha
EliminarGrande braça e vivam o Pd'B e o ACT
Braça muda,
Djack
Já agora, ninguém atira caroços de manga ao horroroso poste? E ninguém fala daqueles dois Volkswagens? Comentai, pessoas, comentai...
ResponderEliminarBraça rualisboeta,
Djack
E remato com esta: falasse o Pd'B mal dos políticos cabo-verdianos ou portugueses e os comentários aumentariam exponencialmente. Só que o blogue não foi criado para esse trágico e desgastante efeito.
ResponderEliminarBraça com bons modos,
Djack
Linda imagem da inesquecivel Rua de Lisboa. Parabéns pelo 500° post. Olhando para os tres senhores de chapéu, o da esquerda ( olhando para a foto), pela sua postura,parece-me reconhecer o professor Norberto do Liceu Gil Eanes.Hoje Cabo Verde està em festa. Bom 5 de Julho para todos. Fernando
ResponderEliminarParabéns pelo 500.º Post e prontos para festejar o 1000.º Post.
ResponderEliminarPraia de Bote vai fazendo o seu caminho neste pequeno mundo cabo-verdiano no mar plantado.
Parabéns ao Saial e a todos os participante e expectadores
Quero também dar os meus "PARABÉNS" pelos 500.º Post.
ResponderEliminarReconheço as minhas limitações em fazer cálculos, por isso peço uma ajuda aos melhores.
Senão vejamos; senão me engano, o Pd'B vai completar já no próxima dia 7 deste Mês Julho (7/2/2011,7/7/2013) 28 Meses desde a sua abertura. Se as minhas contas estiverem certas, isto da mais de 17 Post. por Mês; certo, ou estou errado. Se em média um Mês tem 30 dias, quer dizer que, Pesquisar, Ler, Organizar, Publicar, etc. ..., de certeza faz-se horas "extraordenarias". De qualquer forma manda "Factura" que os inquilinos da Rua de Praia e Plurim D'pex vão colaborar.
Sobre o Postal ilustrado, parece que o fotografo é mais Alemão que Americano. Numa tentativa de centrar os dois Volkswagens, tirou um farol ao (Buíg) do Sr. Djindja electricista da Câmara. Felizmente, deixou intacto o do Governador.
Um Braça de Rua D'Lisboa
Não intervim em tempo devido para felicitar o Praia de Bote pelo 500º post porque andei longe de computadores, por razões da minha vida familiar. Faço-o agora, e com muito gosto, aplaudindo efusivamente o Joaquim.
ResponderEliminarA rua de Lisboa daquele tempo, assim como outras, primava por um maior cuidado em certas coisas, como, por exemplo, a proibição de vendas de produtos alimentares na via pública. Este é um aspecto que, quanto a mim, desvaloriza a cidade, dando-lhe um toque muito terceiro-mundista. Outra coisa desagradável é também ver pessoas sentadas nos passeios públicos, exibindo um ar acentuadamente de desleixo e abandono.
Quanto ao "professor Norberto" identificado pelo Fernando, de facto existem semelhanças, apesar de estar de costas e de a imagem estar difusa, sem mostrar os traços fisionómicos. Mas o curioso é que o gesto corporal faz mesmo lembrar o Norberto, que foi meu professor no 1º ano do liceu.
Sempre desejadas e bem-vindas, quando surgem, todas estas intervenções de amigos da Pd'B que sabem que não há Côte d'Azur que a ultrapasse.
ResponderEliminarBraça com areia escura, água do Atlântico e caroços de manga,
Djack