Fotografia de autor desconhecido - Praia da Matiota 1934. Colecção Djô Martins |
Esta praia, Matiota, que os ingleses chamavam de "Step", era o melhor local de banhos de mar de Mindelo.
Começou por ser frequentada pelos Ingleses que construíram a estrutura de saltos que se vê na imagem, tendo sido adoptada pelos Falcões que acabaram por lhe dar o nome de Praia dos Falcões.
Foram eles que, por quotização e trabalho próprio, construíram os primeiros
vestiários para que os frequentadores da praia pudessem trocar de roupa. No local, faziam aulas de natação.
Mais tarde, quando se deu o acidente com um tubarão, que atacou e
devorou um italiano da Italcable, o único acidente do género (ver AQUI), de que há
registo em Cabo Verde, nesse local, também, foram eles que com ajuda da
Western Telegraph (que forneceu os arames de aço) construíram a vedação
para defender os banhistas de possíveis novos ataques.
Tanquim, Matiota
Foto de autor desconhecido - À esquerda (na imagem) do tanquim ficava o... trampolim ou em frente, se estivéssemos no tanquim virados para o mar |
Texto e fotos de Zeca Soares
Com as obras de ampliação do parque de contentores do cais acostável do Porto Grande, e em consequência a remodelação da praia da Lajinha com a construção de um esporão, a população banhista da ilha de São Vicente, reclama a reposição do seu trampolim destruído há muito tempo durante a construção das obras dos Estaleiros Navais da Cabnav, na zona da Matiota.
Julgamos ser uma reivindicação mais que justa, considerando ser residual esse custo em comparação com o todo da obra, por um lado e, por outro, irá devolver a Ilha a sua tradição de salto de trampolim. Quem sabe, se esse salto for em cadeia poderá afugentar outros "males"e com isso trazer de volta os tempos de gotd'manejom, agora com novas tecnologias de comunicação.
Foto Zeca Soares |
Foto Zeca Soares |
Foto Zeca Soares |
Foto Zeca Soares |
Ah Matiota Ah Laginha !!!!
ResponderEliminarGrandes praias!... A Baía das Gatas é muito boa, mas estas tinham (e tem ainda a Lajinha) a magia de estarem quase dentro da cidade.
ResponderEliminarPode ser que esta (a Lajinha) se salve.
Braça com djéu à vista,
Djack
Djack
ResponderEliminarOlhando para a foto da Matiota a preto e branco podemos imaginar hoje o potencial desta área que foi desperdiçado. Com a sua valorização, uma urbanização cuidada da área envolvente, sobretudo os morros, este espaço poderia transformar-se numa área de lazer, cultura, convívio para além do turismo, fonte de receitas para cidade.
Mas hoje em dia os mindlenses não pensam mais assim. Parecemos 'galinha deçapod cabeça' desorientados. Esta ilha está o sabor dos ventos sem rumo nem direcção.
Era de facto um sítio maravilhoso que ainda reside nas memórias de muitas gerações de mindelenses. Dizer Matiota era dizer facilidade de diversão, era dizer dias cheios de alegria, era dizer "carrinha do Blá", era dizer boa e saudável vida. Mas o entorpecimento actual das nossas gentes apenas coloca a Matiota como memória e não como mensagem útil para os dias de hoje - que são dias "lajínhicos"... a defender. E é pena!...
ResponderEliminarBraça com "tanquim chei",
Djack
Se, bocês màs nôve, tem sodade...
ResponderEliminarImaginem o que pensa quem morava no Alta de Companhia e ia à Laginha antes de começar a escola no lugar de Fonte Cônego.
Hà transformações que causam... "transtornações"
Bien dit, monsieur Valdêmarrrrr!
ResponderEliminarBelas e sugestivas fotos! Que recordações elas despertam! O José diz bem quando refere o potencial que não foi suficientemente aproveitado e a ameaça que continua a pairar.
ResponderEliminarEu até já sonhei com um teleférico a transportar banhistas entre a Laginha e um hotel de 5 estrelas implantado no Morro do Fortim...
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