quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

[0729] Chegar a São Vicente, pouco antes da independência

Dália arriba a São Vicente, pouco antes da independência. Talvez até tenha regressado a Lisboa antes de esta acontecer. Era esposa de António (mesmo nome da pessoa a quem remete o postal ilustrado) provavelmente militar, do Exército ou da Armada. Não conhece ainda bem a ilha e limita-se a enviar dados sucintos sobre ela ao padrinho, na Metrópole. Refere que a "vida é como em Lisboa, mais ou menos"... Pensamos que Dália estava a ser injusta para com a nossa ilha, mas perdoamos-lhe, porque tinha acabado de chegar... Morou, enquanto lá esteve, na Rua Dr. Nunes de Oliveira. Há entre o grupo de comentadores do Pd'B pelo menos uma pessoa que residiu nessa rua e bem perto, no n.º 9. Ela que se acuse... 

Quanto à Dália, escolheu bem o postalinho, com a águia famosa pelas personagens a quem foi dedicada e por não levantar voo, "a não ser que..." e com o cais da Shell, onde eu ia pescar com o Venâncio (ele mais que eu) amigo que morava nos altos de um pequeno prédio, talvez na terceira ou quarta porta a seguir ao botequim do Faustino (hoje Boca de Tubarão) e pouco antes da esquina da Rua de Matijim.



7 comentários:

  1. Morei na Rua Dr.Nunes de Oliveira nr. 9, enquanto solteira.Sera que a referida Dalia morou no nr. 5?. Novembro de 1971 ano em que nasceu minha filha + velha, ja morava na conhecida Rua do Dispensario, numa casa que ficava de frente para a Farmacia do Hospital. Lembro-me de ver o Djack, ainda rapazinho, em casa do meu falecido amigo Lola que foi empregado da capitania, com dois rapazes de quem agora nao me lembro o nome e era precisamente na Rua Dr. Nunes de Oliveira. +nao digo.
    Nita Ferreira

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  2. A mnininha Nita acusou-se e acusou-se bem. Era de facto ela. A Dália morou no n.º4, segundo o postal cuja reprodução eu tenho. Portanto, do outro lado. da rua. Mas acontece que não sei que rua era essa, embora pense que era uma transversal se pensarmos no portão do liceu, para a esquerda deste. Estarei certo? Se assim for, tenho uma surpresa para a Nita ou mais ou menos isso...

    Braça geográfica,
    Djack

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  3. A rua em questa era aquela (hoje e Fernando Ferreira Fortes) onde morava o Sr. Alhinho do lado par e a secretariua do Liceu do lado impar e deveria ter o nr.3. O Djack nao esta a ver a Praca do Dr. Regala? Pois e!

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  4. Claro que sim, lembro-me perfeitamente da residência Alhinho, perto da qual se situavam as do Dr. Teixeira de Sousa e do piloto e antigo futebolista do Micá, Américo Medina. Não me conseguia situar, por causa da mudança de nome da rua. Rua essa que também é a da residência da Cize e da D. Zinha Lima (mais para cima), por exemplo. E era a do Lola que depois se mudou para mais próximo da Praça do Dr. Regala, onde ainda vive a D. Dudu, sua viúva. Então já não há a falada surpresa, que consistia em mostrar uma foto da tal rua que indiquei antes. Mas os próximos três dias vão ser de grande festança aqui no Praia de Bote, com fogo de artifício, coladeras e muita, muita cachupa e groguim sabe.

    Um bijim pa Nita,
    Djack

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  5. Não sei quem eram esses dois rapazes que me acompanharam a casa do Lola, mas é bem possível que fossem o Carlos e o outro irmão cujo nome não me ocorre agora mas que trabalhava em anos recentes numa casa de fotografia na velha Rua Machado, perto do Restaurante Cordel (o qual se mudou para outro lado mas continua a servir bem e a ter prémios de gastronomia).

    Braça memorialística,
    Djack

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  6. Não sei onde vai o Djack desencantar tanta documentação antiga. E também não sei como conseguiu salvaguardar tudo o que lhe foi chegando às mãos ou descobrindo. Se pergunto isto é porque as andanças da vida militar, de um lado para outro, fizeram-me perder muita coisa pessoal. Só comecei a assentar a partir de finais de1974, em Tomar, mas muitas vezes me tenho perguntado como se extraviaram coisas que teriam hoje para mim um certo significado. O Djack dirá: Adriano, é uma questão de método, organização e disciplina. Pois claro, Djack.
    Não foi a primeira vez que alguém da Metrópole fez aquela afirmação lisonjeira sobre o nosso Mindelo. Lembro-me de certa vez ouvir a um marinheiro afirmar que Mindelo era uma Lisboa em ponto pequeno. Bem, o cosmopolitismo do Mindelo dá para certas hiperbolizações, nê dvera? Mas tens razão, Djack, a comparação é injusta, pois onde está o Monte Cara de Lisboa?
    Quanto à localização da rua, a Nita e o Djack acabaram por me deixar baralhado. Mas penso que se a casa ficava de frente à Farmácia do Hospital só podia ser na rua paralela à de Fonte "Dator". Portanto, sem ter como referência necessária a Secretaria do Gil Eanes e a casa do Alhinho. A Praça do Dr. Regala é que pode ser, sim, referência porque ficava num dos extremos dessa rua, para quem a desce em direcção ao centro. Ou estarei enganado?
    Fiquei a saber que tenho algo em comum com a Nita: uma filha nascida em 1971. Estamos ambos de parabéns.

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  7. Tenho de facto muita documentação sobre Cabo Verde, bem organizada, tudo sistematizado, como é da praxe para quem se dedica ao estudo da História. Mas atenção, a maior parte dela, milhares de páginas de jornal (cerca de 5000 ficheiros) e imagens como estas de postais e cartas (à volta de cinco centenas), muitas delas podendo ler-se o verso, são fruto de longas horas de pesquisa na Internet. Para segurança dos mesmos, esses materiais são depois arquivados e guardados em três sítios diferentes: no portátil em que estou a escrever e em dois discos rígidos externos. Claro que também tenho muitas fotografias, postais, cartas, cartões, folhetos, fotocópias de jornais e outros materiais em papel alguns dos quais já aqui mostrei e continuarei a mostrar. Livros de autores cabo-verdianos ou sobre Cabo Verde são mais de uma centena, ali na estante, muitos resultado de compra e outros de oferta. Enfim, é um pouco de Cabo Verde que reside aqui em casa...

    Braça documental,
    Djack

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