A proveitosa releitura que fizemos esta madrugada de vastas partes do livro Mindelo - Património Urbano e Arqiutectónico, de João Sousa Morais, ed. Caleidoscópio, Casal de Cambra, 2010, fez-nos rever algo que já sabíamos e decerto muitos mindelenses também conhecem. No entanto, para aqueles que já se esqueceram ou ainda nunca depararam com estes dados (alguns deles adicionados por nós aos do livro), eles aqui ficam:
D. Rodrigo de Sousa Coutinho |
1.º nome da localidade: Povoação de N.ª Sr.ª da Luz (da protectora religiosa do mesmo nome).
2.º nome da localidade, por iniciativa do Governador José da Silva Maldonato d'Eça (1793-1795): D. Rodrigo (do nome do ministro D. Rodrigo de Sousa Coutinho - 1745-1812), 1.º conde de Linhares [ver AQUI e AQUI].
D. Maria Leopoldina de Habsburgo |
2.º nome da localidade, por iniciativa do intendente da Marinha de Cabo Verde o italiano António Pussich (nomeado em 1801), em 1818 Governador, grande conhecedor das ilhas de Cabo Verde: D. Leopoldina (de D. Maria Leopoldina de Áustria [Ver AQUI], esposa de D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal).
4.º nome da localidade: Mindelo. Este nome (lembrado da localidade do norte de Portugal onde D. Pedro desembarcou para iniciar a recuperação do trono usurpado por D. Miguel a sua sobrinha D. Maria) vem no Decreto Régio de 11 de Junho de 1838, dinamizado pelo ministro Sá da Bandeira (de quem existe um busto na Praça Nova) que dava verdadeiro início à povoação de São Vicente e que foi reforçado pela portaria de 30 de Junho do mesmo ano.
Desembarque das tropas liberais em Pampelido, Mindelo, Portugal, 1832 |
Nem quero avançar o nùmero de pessoas na nôs terra que desconhece a origem do nome da capital cultural de Cabo Verde que, felizmente não foi "desbaptizado".
ResponderEliminarNa primeira vez que estive na cidade do Porto, e fui cumprimentar um tripenho que por aqui passou, tive a oportunidade de visitar o Mindelo "de origem" com o Sr.Barroso Magalhães, comerciante na CIdade Invicta.
Nunca é demais trazer apontamentos como este para refrescar as nossas memôrias e convidar as pessoas a se instruirem.
Um braça ao homem dos arquivos implacàveis.
Sim, de facto Mindelo ter ficado D. Rodrigo ou D. Leopoldina não teria lá grande graça... Quanto a N.ª Sr.ª da Luz, apesar de bonito era nome demasiado longo.
ResponderEliminarBraça mindelense,
Djack
" Infelizmente a primeira pedra da edificação da igreja da Nª Srª da Luz,é a um dos degraus da porta de entrada da igreja!"
ResponderEliminarAntes isso, antes isso. Pelo menos, está à vista de todos.
EliminarBraça rochosa,
Djack
Ainda se estivesse à vista de todos! Só "nós" "estoriadores" sabemos qual é!
EliminarApesar de pedra nua é marco histórico, não muito apropriada a pisada!
Boas pisadas!
Amigos hoje estamos banhados em história e informação. Viva Soncent e Cabo Verde
ResponderEliminarVivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
EliminarE não vale de nada tentar negar o passado...Costuma dizer-se que um povo sem História não tem futuro! Estamos, hoje, todos de parabéns, na data de mais um aniversário da "NOSSA" terra!!!
ResponderEliminarBraça mindelense,
Zito
Foi ontem, foi ontem, mas hoje ainda há grog e puntchim nas garrafas.
EliminarBraça com hic!,
Djack
Desculpem-me chegar atrasado, mas julgo que ainda a tempo de tomar um "puntchim".
ResponderEliminarDe tão carregado de ressonância que para nós é, parece que o nome Mindelo estava à espera da ilha de S. Vicente para se consagrar por inteiro no seu simbolismo de arrojo, decisão e caminhada para a vitória. Viva D. Pedro, viva D. Maria II, viva Sá da Bandeira (uma das figuras históricas que mais admiro), viva o povo do Mindelo!