quarta-feira, 16 de abril de 2014

[0823] Museu do Mar na réplica da Torre de Belém (Mindelo), antiga Capitania dos Portos, a partir de hoje

VER REPORTAGEM EM "A SEMANA", AQUI


Segundo nos informaram directamente do Instituto do Património Cultural de Cabo Verde, dá-se hoje a abertura oficial do Museu do Mar do Mindelo, ideia e atitude de louvar, dando-se assim utilização a um espaço que para essa finalidade está mais que vocacionado. Um grande dia, portanto, para a cidade, espécie de prenda dos seus 135 anos, para o seu povo de (grandes) marinheiros e afinal para todo o Cabo Verde, onde não há localidade que não tenha alguém ligado às coisas do mar. Praia de Bote associa-se à festa, daqui de longe, como se estivesse lá na Ponta d'Praia, dando o seu contributo possível, neste caso fotográfico que o literário já é conhecido de muitos (em papel) e que, por demasiado longo, aqui se tornaria de difícil leitura.

Postal antigo, muito divulgado. A janela que vê por cima das cabeças dos homens foi posteriormente anulada.
Praia de Bote, na Avenida da República, popularmente chamada Rua de Praia
Porta principal da Torre. Dava acesso aos Serviços de Marinha (civis), ao gabinete do Capitão dos Portos (no piso inferior), à telegrafia e instalações de habitação dos militares europeus da Armada, quartos, armaria e paiol de munições (1.º andar), à Meteorologia (2.º andar) e à sala de sinaleiros (no topo). Estas escadas circulares onde vemos um rapaz e raparigas que esperam a abertura da Ferro & Companhia (Vascónia) para aquisição de água (as latas estavam a marcar lugar) desapareceram em tempos recentes, substituídas por outras que não implicam com a circulação automóvel.
Djack, ele próprio, nas traseiras da Torre. A porta da direita era a dos serviços civis de Marinha (Srs. Lima e Sousa). A outra era a do gabinete do Capitão dos Portos. Estas portas eram pouco utilizadas. Ao fundo, um tambor que fez uma viagem ao Tarrafal de São Nicolau e voltou...
Foto Joaquim Saial, 1999
Foto Joaquim Saial, 1999
Foto Joaquim Saial, 1999
Restauro em 2002 - Foto Joaquim Saial
Restauro em 2002 - Foto Joaquim Saial

Torre de Belém restaurada - Foto Luís Alves, 2010
Torre de Belém restaurada - Foto Luís Alves, 2010
Torre de Belém restaurada - Foto Luís Alves, 2010
Cavaco Silva e Pedro Pires na inauguração das obras de restauro, 2010 - Foto de autor desconhecido, talvez Djibla

14 comentários:

  1. Excelente e oportuna reportagem aqui "postaste", Djack, para complementar a importante notícia sobre a inauguração do Museu, um museu que não podia estar instalado em lugar mais apropriado, como aliás sempre esperei que acontecesse. Estou curioso por saber qual é e será o recheio do Museu. É um ponto de visita obrigatório para quem visita a cidade do mar que é Mindelo.

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  2. Algum desse recheio já se pode ver na reportagem de "A Semana" (fotos em baixo, a seguir ao texto).

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  3. Ó AMIGO DJACK, ENTÃO UM RÉPLICA DO CARVALHO COM VELAS QUADRADAS?
    OU TRATA-SE DE UM VELEIRO DAS FESTAS DE SAN-JON, QUE FICARIA MELHOR NUM MUSEU DE ETNOGRAFIA?
    Braça enjoado
    Zito

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    Respostas
    1. O povo é simples e genuíno. Não quer isso dizer que seja "exacto". Que me lembre, o "Carvalho" nunca foi azul e a balaustrada era à popa e não na zona de proa. Mas que interessa isso? É um "barquim" d'Sanjom, se calhar feito por quem nunca o viu nem tem meios informáticos para acertar com o modelo mas que no entanto sabe que houve um "Carvalho". O que, diga-se, não é nada mau, sobretudo se atendermos ao triste fim que o navio teve...

      Braça na Mar d'Canal,
      Djack

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    2. ...e tinha de facto pelo menos uma vela quadrangular, para além das latinas...

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  4. Meu amigo, se V. acha bem quem sou eu para discordar? E, já agora, a vela do Carvalho era quadrada ou quadrangular?
    Braça geométrico,
    Zito

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  5. Quadrada é mais correcto mas também se pode dizer redonda. Porém, as velas ditas quadradas quase nunca o são, sendo de facto quadrangulares. Digamos que podem ser designadas pelas duas formas. Curiosamente, dizemos "vela quadrada" mas nunca "vela triângulo".

    Braça geométrica,
    Djack

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  6. Já agora, avançando para as imagens de cima, reparemos que o escudo português se manteve, sendo um de vários que o Mindelo ainda ostenta - o que só abona a favor da cidade que em muitos casos mostrou saber preservar a história que não só é de Portugal como sua. O mesmo acontece nos Paços do Concelho e na Escola Técnica, por exemplo.

    Braça de armas,
    Djack

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  7. Ainda tenho mais algumas fotos da Torre de Belém, anexos e pátio na sua decadência e outras durante o restauro em que se utilizou um método de consolidação habitual em Portugal mas que nunca tinha sido executado em Cabo Verde. Essas, ficarão para outra ocasião.

    Braça restaurativa,
    Djack

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  8. Quanto à cor, logo que a vi em fotos em 2010, não gostei muito. Este cinzento não me parece adequado, ao substituir aquela espécie de ocre claro bem mais bonito que antes tinha. Mas assim decidiram os que restauraram o edifício e ficou decidido... e feito. Mais ou menos como no Terreiro do Paço/Praça do Comércio lisboeta que passou do verde dos tempos do Estado Novo a um rosa e ao amarelado actual. Mudam-se os tempos, mudam-se as cores...

    Braça de que cor?
    Djack

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  9. E na continuação deste post, recomendo a leitura do texto que se pode ver neste endereço:
    http://revista.brasil-europa.eu/142/Mindelo-Torre-de-Belem.html

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  10. E um dia também falarei daqueles tambores cuja presença ninguém comentou...

    Braça à Alhinho,
    Djack

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    Respostas
    1. OS TAMBORES SÓ PODEM CONTER ÁGUA QUE, NA ALTURA, RIMAVA COM ALHINHO...
      Braça dedutivo
      Zito

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  11. E que tal uma visitinha à Torre de Belém do Mindelo?
    http://viajar.sapo.cv/fotos/replica-da-torre-de-belem

    Braça lá no alto,
    Djack

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