O nosso parceiro Arrozcatum anunciou há pouco (ver AQUI) o decerto interessante e útil livro sobre culinária cabo-verdiana "Sabores com histórias de D. Minguinha", editado pela Livraria Nhô Eugénio. Com 51 receitas tradicionais, trata-se de uma recolha dos vastos saberes gastronómicos e doceiros desta senhora bravense. Passado ao papel por sua filha Elsa Tavares, o Ac'A deu-o como sendo o primeiro no género. Posto isto, vamos então ao que interessa:
Logo no seu post 32, o Praia de Bote falava do livro de Maria de Lourdes Chantre, "Cozinha de Cabo Verde", cuja 3.ª edição possui, datada esta de 1993, já lá vão 21 anos (ver AQUI) mas com direitos copyright de 1989, o que indicia a primeira edição do book, acrescentando-lhe mais quatro, o que dá 25, um quarto de século... Logo, bem mais idoso que o agora surgido. Se o de Lourdes Chantre é o primeiro do género, não o sabe o Pd'B que não investigou o assunto. Mas, dando o seu a seu dono, reivindicamos-lhe a farta anterioridade em relação ao de D. Minguinha. Seja como for, ambos decerto se completarão e ambos serão monumentos da culinária das ilhas, bem variada e apetitosa.
Lourdes Chantre - Foto JS |
Cabe dizer ainda que se o livro mais recente tem 51 receitas de pratos tradicionais e doces e salgados (segundo o Ac'A), o de Lourdes Chantre divulga 13 receitas de sopas e caldos, 22 de peixes e mariscos, 14 de carnes e aves, 7 de cachupa, 4 de xerém, 14 de papas, 27 diversas, 8 de conservas, 19 de bolos, 5 de cuscuz, 25 de pudins, 22 de bolos sortidos, 32 de doces de compoteira, 22 de guloseimas, 22 de grogues, ponches, licores e refrescos, 12 de frutas e... 35 de chás. Fora, um delicioso prefácio de Nhô Roque Gonçalves que até apetece comer...
Enfim, mais uma vez, há que dizer que o objectivo deste post é apenas o de dar o seu a seu dono, estabelecendo a verdade da cronologia. Seria até curioso alguém vir com um ou mais livros culinários anteriores a estes dois (que é possível que os haja), para a stóra das comezainas verdianas ficar ainda mais composta e o estômago mais aconchegado. Porque "livre a livre nôs ta fazê digestive", como diz o antiquíssimo ditado das ilhas... meio estrambólico e inventado agora.
A Lurdes o que é de Lurdes !!!
ResponderEliminarNão comentei no AcA esperando que houvesse uma manistação como esta, nomeadamente, da parte do Adriano Lima ou da Milena Ribeiro Neto.
Praia de Bote neste "justa" excepção.
Braça
Isto é fruto do facto de o Ac'A ainda não ter recuperado da enorme almoçarada da comemoração dos 8 a 0. Mas quem o mandou comer 8 pratos de cachupa nesse dia e 0 pastilhas Rennie? Depois acontecem estas falhas biblio-culinárias...
ResponderEliminarBraça com polvo à Dadal,
Djack
EU CONHEÇO LURDES LEÇA HÁ MILÉNIOS, TENHO O LIVRO DELA DESDE QUE FOI PUBLICADO E AO QUAL A MAIÚCA JÁ RECORREU POR DIVERESAS VEZES...A QUESTÃO É QUE, AO QUE PARECE, O LIVRO A QUE O AcA SE REFERE, SERÁ O "PRIMEIRO LANÇADO EM CABO VERDE"...PELO MENOS É ISSO QUE A NOTÍCIA DIZ...SE NÃO É VERDADE, DOU A MÃO Á PALMATÓRIA, MAS ACHO QUE NÃO MERECIA TANTYA BORDOADA...
ResponderEliminarahahahahaha, nada de bordoadas.
ResponderEliminarTrata-se apenas de dar o seu a seu dono e mais nada. De resto agora caía mesmo bem uma boa cachupada ou um bom arrozcatum.
E sem certeza, parece-me que o livro da Lourdes Chantre já foi lançado em Cabo Verde.
Braça sem cacetada,
Djack
Importante recuperar a culinária tradicional cabo-verdiana. Muita boa gente dispersou-se pelo mundo dificultando a passagem de testemunho
ResponderEliminarMas, Djack, ninguem tirou nada ao dono...A Lusa, autora da notícia, (e não o AcA) creio que apenas pretende dizer que se trata do primeiro livro de culinária EDITADO em Cabo Verde...Aliás, eu sei que existem outros, mais antigos, pelo que seria estúpido tentar impingir o mais recente como o primeiro...Aínda não estou assim tão senil!
ResponderEliminarEntão, porrada na Lusa! Tóim, tóim, tóim!
ResponderEliminarBraça com manduco na tola da Lusa,
Djack