O postalinho é ou dos finais do século XIX ou mais provavelmente dos inícios do XX. Não há dúvida de que foi editado no Mindelo (ou noutro sítio mas mandado fazer ali), pelo Bazar Central do Bonucci e do Frusoni. Mostra um conjunto de quatro civis europeus armados de carabina e quatro africanos com trajes que não se usavam em Cabo Verde nesta época. A legenda diz que os de cima eram prisioneiros de guerra, pelo que os de baixo seriam os seus carcereiros (à civil?). Muito bem, quanto ao "prisioneiros de guerra". Sabemos que os houve, idos para o arquipélago, vindos da Guiné e eventualmente de outras colónias portuguesas onde eram frequentes as revoltas contra a administração lusa. Disso mesmo falamos em artigo recente que está para sair em breve em jornal das ilhas. Contudo, a foto não parece mesmo nada de São Vicente. O monte é quase certo que é uma colónia de térmitas, os europeus estão bem tranquilos (e à civil, o que ainda é mais estranho) e sem medo dos tais prisioneiros que lhes poderiam cair em cima em três tempos e dominá-los, apesar das espingardas. Gente de interesses venatórios, caçadores e seus guias locais, com cenário talvez situado em Angola ou outra geografia africana que não a da ilha do Monte Cara? Mistério, mistério... e grande! Que o desvendem os nossos amigos íncolas... se forem capazes.
Este postal não faz sentido nenhum nem na Praia quanto mais em SV. Isto é um cliché. Em francês diria 'C'est du n'importe quoi' pois em Cabo Verde não houve 'indígenas' ou 'selvagens' no sentido em que isso é apresentado. Arre.....
ResponderEliminarhouve sim, porque SV foi habitado por Europeus e Africanos indigenas da Costa Africana, mais precisamente Guine Bissau e a mistura entre essas racas deu o resultado que somos nos.
Eliminarhouve sim, porque SV foi habitado por Europeus e Africanos indigenas da Costa Africana, mais precisamente Guine Bissau e a mistura entre essas racas deu o resultado que somos nos.
EliminarIsto não tem nada a ver com as nossas ilhas. É provável que naquele tempo se fabricassem alguns postais (cliché, como diz o José)para vender ao turista de passagem, não importando a fidelidade da imagem, bastando que ela reunisse alguns condimentos de exotismo. O turista (passageiro de passagem) podia não ser muito instruído para notar a diferença, ou tanto se lhe dava desde que levasse algo para mostrar à família.
ResponderEliminarDisso, a ùnica coisa que se viu em S.Vicente foi Nhô Pidrim
ResponderEliminarA compleição física e estatura dos autoctones asssemelha-se à dos "zulus" o que colocaria a imagem, quando muito, em Moçambique. A catedral é nitidamente um ninho de térmitas que não me consta existam em ilhas vulcânicas...
ResponderEliminarAtenção:
ResponderEliminarMuitos postais deste tipo e feitio, são oriundos de S. Vicente / S. Paulo / Brasil.
Eu já caí nessa várias vezes!
Caro amigo Mendes,
ResponderEliminarÉ claro que sabemos que há um Cabo Verde e um São Vicente no Brasil, mas este postal tem origem em Cabo Verde colónia portuguesa, pois foi feito, como dissemos no post, sob encomenda do Bonucci e do Frusoni, sócios no Bazar Central, do Mindelo. O único mistério aqui é o da geografia que o postal transporta. E essa geografia nada tem a ver com o Brasil nem com Cabo Verde mas sim com outra áfrica, eventualmente Angola. Rematando,o Brasil não é para aqui chamado.
Braça sem samba,
Djack
Peço desculpa ao Senhor Joaquim Djack, por ter a ousadia e o atrevimento de comentar a origem de alguns postais, legendados com origem : Vicente Cabo Verde.
ResponderEliminar"Quem te manda a ti meter-te com a intelectualidade"
Apesar de ter prova do que afirmei... não me atrevo a apresentá-la, porque, efectivamente, este não é o meu lugar!
Caro amigo Mendes,
ResponderEliminarEu não desmenti que terá postais desses, aliás se o diz é porque os tem. Só que ESTES que mostrei não têm nada a ver com esses. ESTES são do Bonucci & Frusoni de São Vicente de Cabo Verde e não do São Vicente e do Cabo Verde brasileiros. Foi mesmo por isso que reproduzi o verso de um deles e por isso disse que o samba não é para aqui chamado.
Braça sem Grande Otelo,
Djack