São Nicolau é a última das quatro ilhas irmãs do Norte a ser aqui evocada, seguindo-se às três já vistas, Santo Antão, São Vicente e a deserta Santa Luzia - não esquecendo o ilhéu dos Pássaros (que mostraremos no final, em apoteose), para sempre codé e jamais ilha grande (tal como o seu primo do Sul, o ilhéu de Santa Maria)... De São Nicolau, aqui deixamos esta especial imagem, de facto verde como o cabo que a ela e às outras deu nome. No regaço da verdura, a Ribeira Brava.
Juntamos à imagem da Ribeira Brava nova peça musical de Vasco Martins, acompanhada pelo coro "Divinas de São Nicolau". Vejamos o que são essas divinas, em trabalho "Breves apontamentos sobre as formas musicais existentes em Cabo Verde", de Margarida Brito, in "Os instrumentos musicais em Cabo Verde", edição do Centro Cultural Português, Praia, 1999.
As cantigas de carácter hierático são fundamentalmente utilizadas nas ilhas de St.º Antão, S. Tiago e S. Nicolau. São cantadas "à capela" (sem instrumento) por mulheres e homens, às vezes a três vozes, às vezes em uníssono e em solo, aos quais responde o coro, quase sempre fora das igrejas e em épocas específicas. Dentro desse género encontramos na ilha de S. Nicolau as Divinas, cantada a três vozes num latim arcaico mas com deturpações legítimas se levarmos em conta que são transmitidas de geração em geração o que implica que a versão original se tenha perdido. Em St.º Antão, por exemplo, temos as Ladainhas e a Salvé Rainha. Em S. Tiago, as Rezas ou 'Ressas'. Todas elas cantigas litúrgicas, mas que são entoadas pelo povo, fora das igrejas.
Juntamos à imagem da Ribeira Brava nova peça musical de Vasco Martins, acompanhada pelo coro "Divinas de São Nicolau". Vejamos o que são essas divinas, em trabalho "Breves apontamentos sobre as formas musicais existentes em Cabo Verde", de Margarida Brito, in "Os instrumentos musicais em Cabo Verde", edição do Centro Cultural Português, Praia, 1999.
As cantigas de carácter hierático são fundamentalmente utilizadas nas ilhas de St.º Antão, S. Tiago e S. Nicolau. São cantadas "à capela" (sem instrumento) por mulheres e homens, às vezes a três vozes, às vezes em uníssono e em solo, aos quais responde o coro, quase sempre fora das igrejas e em épocas específicas. Dentro desse género encontramos na ilha de S. Nicolau as Divinas, cantada a três vozes num latim arcaico mas com deturpações legítimas se levarmos em conta que são transmitidas de geração em geração o que implica que a versão original se tenha perdido. Em St.º Antão, por exemplo, temos as Ladainhas e a Salvé Rainha. Em S. Tiago, as Rezas ou 'Ressas'. Todas elas cantigas litúrgicas, mas que são entoadas pelo povo, fora das igrejas.
Andei por aqui, nos anos 50 do século passado e, nessa altura gostei, francamente, do aspecto acolhedor desta vila encantadora e das sua gente, muito "morabe"...
ResponderEliminarNão visitei ainda S. Nicolau, mas espero fazê-lo um dia, antes de morrer. Aliás, o meu anseio é conhecer todas as ilhas de CV.
ResponderEliminar