quarta-feira, 3 de setembro de 2014

[1066] I Cimeira Bilateral de Blogues de Cabo Verde foi um estrondoso sucesso (1.º post de vários)

A I Cimeira Bilateral de Blogues Cabo-verdianos, realizada ontem na baixa lisboeta, teve, como previsto, a participação do inconfundível e extraordinário Praia de Bote e do magnífico e inigualável Esquina do Tempo. Não vamos alimentar o entusiasmo dos bisbilhoteiros que aqui vêm beber informação de luxo e nada dizem, sendo que a reportagem completa irá para os habituais participantes e colaboradores do Pd'B, e só para eles, que o merecem. Porém, algo aqui se desvendará, começando-se neste post por divulgar uma das principais decisões ontem tomadas na capital portuguesa. Assim, o Pd'B e o Ed'T resolveram levar a cabo uma parceria com o Arrozcatum (Ac'A), no sentido da criação de uma empresa de import-export de katsuwonus pelamis, área para a qual o Ac'A está particularmente vocacionado. Perguntará o leitor: "Mas que raio de coisa é essa? O que é o katsuwonis pelamis? É o nome de algum produto cabo-verdiano vertido para alupek?" Bem, não para alupek mas feito a partir de um certo latim deturpado, pois a língua de Augusto, tal como o crioulo genuíno das ilhas da morabeza nunca cheirou nem "k" e muito menos "w". Mas algum cientista atrevido resolveu latinizar o nome de uma variedade de atum com a achega de duas letras estranhas ao blá-blá de Roma...  trata-se do bicho marinho conhecido como bonito e também designado como gaiado ou atum-bonito ou atum-gaiado, enfim, vários termos para designar aquele que defunto e junto ao arroz dá o afamado, opíparo e assaz presente nas cozinhas cabo-verdianas ARROZCATUM. 

Ed'T (que trouxe a amostra de Cabo Verde) e Pd'B (que a irá remeter para Queluz para degustação e posterior aprovação) esperam assinar em breve a primeira encomenda de 1.485.000 latas à Sociedade Ultramarina de Conservas, sita em São Nicolau e pensam que a nova empresa tripartida que se chamará B&F "Bloggers and Food" será um sucesso pois é garantido (foi feito um estudo de mercado com esse fim que o assegura) que todos os cabo-verdianos e aderentes residentes em Portugal irão comprar uma latinha pelo menos uma vez por semana.


7 comentários:

  1. Já estou a salivar...Entretanto, recomendo, vivamente, que o "arrozcatum" seja confeccionado com arroz CAROLINO, uma arroz português de qualidade excepcional e que os portugueses não consomem como deviam, vá-se lá saber porque.. Para o preferir há, pelo menos, duas razões incontornáveis: é nacional e melhor e mais saudável do que o arroz AGULHA...

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  2. Estou a pensar qual será a melhor maneira de o "katsuwonus pelamis" (a designação de Lineu está na latinha) ir parar a Queluz. Se o atirar aqui da janela, esbarra num pilar da ponte 25 de Abril, pelo que será melhor os 300g do bicho seguirem amanhã de manhã por correio verde. O endereço do pescador deve chegar aqui urgentemente, por email particular.

    Já estou a imaginar o Ac'A à porta, à espera do carteiro no dia seguinte. E com um lencinho de papel para ir limpando a saliva. Eu se fosse ao Ac'A ia já pondo a mesa...

    Braça atunal,
    Djack

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  3. Mas já comprei um tomate em pedaços da Guloso que vem misturado com cebola e que, com dois dentes de alho esmagados substitui o estrugido
    chato e moroso...É um achado!
    Em sede própria agradecerei ao professor a "enc'menda" que terei o maior prazer em degustar com a minha cara-metade...
    Braça, com água na boca...
    Zito

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  4. Volto à carga para recordar alguns pormenores denunciados no AcA há largos meses sobre atuns e similares...
    O atum verdadeiro (Thunnus) engloba 8 variedades (Albacora, p.e.) e pode chegar aos 500 quilos de peso...Os "primos" são mais do que muitos, entre os quais este Katsuwonus que raramente ultrapassa os 10 quilos...A esta espécie pertence o Bonito...Embora não sendo um atum de sangue azul, é bom que se farta!
    Braça azul
    Zito

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  5. Não podia deixar de ser um sucesso o encontro entre os dois famosos bloguistas. Tive pena de não poder extar presente (como colaborador dos bloguistas) mas vou acertar um encontro com o Semedo. Quanto ao atum de conserva cabo-verdiano, a sua fama já tem barba.

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  6. Em Roterdão deram-me comida de terra mas não o arrozcatum.
    Uma grande lacuna que temos de ver pois é indispensàvel.

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  7. Comi ArrozCatum em França com atum de origem de CV e trouxe uma lata para Portugal.

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