quinta-feira, 16 de outubro de 2014

[1108] Filinto Elísio escreve sobre o falso dilema da escolha entre língua portuguesa e língua cabo-verdiana/crioulo

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7 comentários:

  1. Com o alfabeto e o resto que nos querem impor, vamos directos a uma parede.
    Com o nivel actual do português da maior parte dos estudantes e mesmo de alguns diplomados não vamos a parte nenhuma. Nem se pode dizer que dominam o português do nivel da Instrução Primària antiga. Seria mais judioso - por algum tempo ainda - compenetrar-se no idioma que nos fornece materia didactico para termos o fundo necessàrio para ombrearmos os irmãos da CPLP

    Eduardo Oliveira

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  2. Seja bem-vindo o Eduardo Oliveira ao "Praia de Bote" e apareça sempre que possível.

    Braça,
    Djack

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  3. Pressuroso, li a opinião do Filinto Elísio.
    Como, a meu ver, o Filinto Elísio não é de uma clareza meridiana quando se refere às palavras do Germano sobre “o crioulo confinado às nossas ilhas”, só posso deduzir que é um ponto em que ele discorda do escritor, ao subentender que as comunidades cabo-verdianas no estrangeiro materializem uma expansão do dialecto para lá das nossas ilhas (“nação global”). Se é assim como entendo as suas palavras, discordo com o Filinto Elísio visto que as nossas comunidades no estrangeiro configuram uma outra ilha ou mais ilhas do arquipélago. E sendo assim, faz sentido a extrapolação do Germano, se aceitarmos que aquelas comunidades se fecham irremediavelmente em si se fizerem questão de maximizar a sua comunicação em crioulo. Tanto mais que o crioulo não lhes oferece linhas de abertura normais para as línguas estrangeiras locais por ser uma língua que ninguém conhece senão eles e por não haver suporte gramatical e outros instrumentos (dicionário, obras profusamente divulgadas em crioulo) que o projectem para lá do universo cabo-verdiano.
    Mas como o Filinto Elísio afirma que a oficialização do crioulo deve ocorrer sem mais delongas, é possível que ele suponha que isso alavancaria o crioulo para patamares superiores de comunicação e desde logo intercomutando-se mais facilmente com as línguas universais (inglês, francês e espanhol). Discordo com esta visão optimista mas seria um fenómeno invulgar na história da linguística se assim acontecesse. Bastas vezes se tem explicado que é longo, moroso e difícil o processo evolutivo conducente à afirmação de uma língua ao nível da grafia, da gramática e da esfera lexical. Introduzir o crioulo no ensino secundário e universitário requer a resolução cabal e não provisória ou acidental de todos os seus problemas estruturais como língua falada e escrita. E veja-se que nem sequer estamos a falar na diversidade do crioulo falado nas nossas ilhas, ponto crítico que não pode ser desvalorizado. Pelo contrário.
    Mas já estou de acordo com o Filinto Elísio quando ele considera o português uma língua nacional em paridade com o crioulo, ao contrário do Germano Oliveira quando deu a entender que só o crioulo reclamaria esse estatuto.
    Posto tudo isto, penso que o crioulo não pode ser forçado a coisa alguma quer ela via administrativa quer pelo voluntarismo de alguns intelectuais da nossa praça. Aliás, antigamente o problema do crioulo não suscitava tanta preocupação como hoje, quase encarado como uma pedra no sapato da nossa identidade colectiva. Tanto quanto me permite a memória (tenho 70 anos), quando entrei para a instrução primária não tive particulares problemas na transição entre o universo doméstico crioulo e o formalismo do ensino em português. Nem eu nem os meus coleguinhas. Ninguém falava correcta e fluentemente o português, mas toda a gente o entendia.
    Portanto, apetece-me dizer o que algumas vezes já afirmei: deixem o crioulo andar por aí como sempre andou, solto e livre na boca do povo de cada uma das nossas ilhas. Se o quiserem enfiar numa camisa de sete varas, vão dar cabo dele, embora acredite que será um esforço vão.

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  4. Tenho vindo a dar a minha opinião relativamente ao projecto do tal alfabeto e a versão do crioulo criado (mais um) para transtorno das nossas crianças que bem precisam de tempo para trabalhar outros parâmetros que os capacitem para a vida fora. A minha opinião é uma, uma como a do Sr. Filinto Elísio.

    Podia não ter vindo aqui para isso e esperar outra ocasião mas, por agora só uma pergunta : - Será que o articulista tem debruçado na vivência dos Emigrantes e seus descentes? Da forma como fala dessa parte (muito importante) da nossa gente, penso que, em matéria de língua crioula e da sua transmissão a gerações futuras tem interessante trabalho a fazer antes de afirmar.

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  5. Compreendo a pressa deste senhor e a pressão oriunda de todos os quadrantes desta ilha. Convenhamos que a república de Santiago para ser mesmo um Estado tem que ter a sua língua oficial. E nisto há pressa e mesmo urgência, não vão os regionalistas sabotar o processo. Ele que se amanhe pois o Crioulo/Português vai estar na agenda dos regionalistas. Se Santiago quer ver o seu crioulo eleito e no topo das prioridades eles que formem um Estado, pois já falta muito pouco. Por isso sou hoje favorável a uma federação com Santiago um estado participante desta federação.

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  6. Mim gostava de pudê scrver como estes crioulos intelectuais para dar minha pnião mas pobresa de família não deu para studo... aqui no Portugal eu passei muito mal no trabalho pâ mode o não entendia ordens do capatas assim trabalho não era feito no jeito fui despedido muitas das vezes agora felizmente já falo um pouco de português de Portugal assim eu posso sustentar minha família e por meus filhos na escola suprior. eu aviso todos caboverdeanos para não embarcarem nessa estória da língua falada e scrita em crioulo assim caboverdeano que trabalha na portugla holanda merca já cagá merda... pã mode patrão não fala crioulo.
    Fiquem na paz de Deus e Ala Akbar.

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  7. Praia de Bote lembra que comentários anónimos não são mesmo nada bem-vindos.

    Djack

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