Foto Joaquim Saial |
Concurso n.º 23 revela-se um fracasso. Ninguém conseguiu chegar à resposta certa que, não sendo fácil, também não era impossível de descortinar. Tratava-se do médico naval Dr. António Manuel da Costa Lereno, natural da região de Viseu e falecido em Lisboa (1850-1916) mas longos anos ligado cívica e profissionalmente a Cabo Verde. Seu filho, Álvaro de Paiva de Almeida Lereno nasceu na Brava.
A ligação a Luís de Camões é porque o monumento que os santiaguenses lhe ergueram se situa nessa pracinha do platô (e no platô há rua com o nome do Dr. Lereno). Trata-se de um busto em bronze (por isso se disse que também existia em verde) sobre plinto de pedra, junto ao qual uma mulher do povo aponta ao filho a figura do ilustre médico que teve acção meritória na defesa da saúde das populações da ilha e de vários outros locais do arquipélago. O monumento é da autoria do escultor lisboeta Maximiano Alves, o mesmo que anos antes executara a figura jacente no túmulo da família Serradas no cemitério de São Vicente, que se pode designar por "A Dor" mas que o povo local baptizou de "Nha Marquinha". Lereno desempenhou ainda diversas outras actividades públicas como por exemplo a de vice-presidente da comissão municipal de São Vicente. Quanto ao tal café cibernético é o Cybercafé Sofia, quase fronteiro ao monumento. Ver AQUI.
Relativamente ao pessoal da cidade da Praia que por aqui passou, é óbvio que não tem desculpa. Tal como não tem quem faltou às diversas sessões sobre arte pública colonial em Cabo Verde realizadas recentemente, pois claro!!!... Embora haja um peixe que toma banho em arroz que esteve numa... mas que também não acertou. E assim, lá ficou o Praia de Bote com 5 ramos de acácia guardados no depósito, à espera de próxima oportunidade...
O Dr. Lereno será motivo da "Crónica do Norte Atlântico" a publicar no jornal Terra Nova deste mês, da autoria de um grande amigo nosso.
Pergunta simples e directa: quem é esta pessoa?
Seis indicações, para ajudar:
1 - Era oficial da Armada portuguesa;
2 - Não era da classe de Marinha;
3 - Não era cabo-verdiano;
4 - Foi imensamente estimado nas ilhas;
Como é um concurso difícil, o prémio será de 5 ramos de acácia.
2 - Não era da classe de Marinha;
3 - Não era cabo-verdiano;
4 - Foi imensamente estimado nas ilhas;
5 - Ele e Luís de Camões são unha com carne. Há décadas que estão juntos. E não, não é o Sá da Bandeira, não senhor, esse era maneta e este tinha os dois braços;
6 - Está sempre a olhar para um cybercafé, pensando como poderá enviar um email aos concorrentes, a contar quem é.
Como é um concurso difícil, o prémio será de 5 ramos de acácia.
Conheço o rosto mas não me lembro da pessoa. Suponho que foi médico da Armada.
ResponderEliminarMas vou continuar a puxar pela mona.
ResponderEliminarMenino de Ponta de Praia ê mufine.
ResponderEliminarJà vi esta fotografia mas foi diasà !!!
Aqui está a preto e branco, mas também existe em verde...
ResponderEliminarJá agora, voltou a ser fácil colocar comentários? Eu, como já disse, agora só os consigo colocar se entrar através do Firefox. Entrando com o Google Chrome faço tudo, menos colocar comentários, aqui ou no Arroz. Enfim, que se lixe.
ResponderEliminarBraça protestante,
Djack
Será algum dos oito ilustres da peanha da estátua do poeta, na Praça de seu nome, em Lisboa,?
ResponderEliminarTodos esses acompanhantes do Luís lisboeta nasceram e morreram um ctchada de tempe antes aqui do nosso oficial da Armada. Tudo gente infinitamente e definitivamente desaparecida há muito quando o avô dele nasceu...
EliminarBraça não anacrónica,
Djack
Ou, talvez seja o Dr. João do Rosário de Lacerda...que esteve em C.Verde entre 1867 e 1870...Serà?
ResponderEliminarNunca ouvi falar de tal médico que decerto não era oficial da Armada, como avancei nas indicações. Ou seja, qualquer nome apontado, terá de ser primeiro que tudo... oficial da Armada. OK?
EliminarBraça com âncoras por todo o lado,
Djack
EMENDO PARA JOÃO CESÁRIO DE LACERDA, OFICIAL MEDICO DA ARMADA QUE TERÁ FEITO UM TRABALHO IMPORTANTE NA PRAIA AQUANDO DE UM SURTO DE FEBRE AMARELA...
ResponderEliminarAssim, já está melhor, mas não é o nome que pretendemos, infelizmente.
ResponderEliminarBraça com esperança,
Djack
Para quem quiser saber quem foi o doutor citado pelo Zito, aqui vai:
ResponderEliminarhttp://www.arqnet.pt/dicionario/lacerdajoaocesario.html
Braça marítima,
Djack
Como "marinheiro d'água de mar" ainda não consegui identificar esta "carinha".
ResponderEliminarO pormenor do poeta Camões é que baralha tudo...
Sei que houve um Governador de CV que deu nome a uma praça passando mais tarde a chamar-se Largo Camões...
Marinheiro é marinheiro... aproveito para homenagear o meu "camarada" Júdice Biker... Rua de Praça Nova , onde vivi e cresci!
Honra ao vencedor!
Não é que isso dê grande pista para a identificação mas o nosso oficial da Armada gostava tanto de Cabo Verde que uma vez, tendo um ano de licença para gastar em Portugal, aproveitou apenas três meses e os outros nove passou-os nas ilhas a trabalhar. Grande acção cívica no Fogo, Santiago e em São Vicente, entre outras ilhas...
ResponderEliminarPergunta o Pd'B: como é que um oficial da Armada, morto há muito, pode ser unha com carne com Luís de Camões? Por aquele estudar a obra deste? Não é o caso, afiançamos nós... Então...
ResponderEliminarDesisti...Tratar-se-á, eventualmente, de um espaço em que convivam monumentos a ambos: ao poeta e ao oficial, de resto, tudo se esclacerá dentro de oito minutos...
ResponderEliminarCheguei a pensar no nome Lereno que, embora vagamente, me dizia algo...Infelizmente, não consegui ligar o nome à pessoa, só com esse nome...Fica para a próxima...
ResponderEliminarBraça badiu
Zito
Há sempre tempo para ganhar um raminho de acácia. Lá chegará o concurso 24, o das duas dúzias.
EliminarBraça lamentando o fracasso,
Djack
Esta estátua foi recuperada... "naquês dede" de malcriaçon!
ResponderEliminarJá agora: O Dr Lereno morreu com o posto de Tenente Coronel (EXERCITO) ... as FA obsequiaram-no com uma séries de postos!
Pistas de malandrice!
Braça
Sim, isso já nós sabíamos mas não podemos contar tudo aqui, não é verdade? De facto, Lereno foi sendo graduado com postos do Exército: tenente em 1871, capitão em 1882, major em 1893, etc. Mas era oficial de Marinha (ou pelo menos foi a sua formação inicial), como é fácil perceber pela farda que ostenta e pelo que a bibliografia conta. Coisas estranhas das FA.
EliminarBraça com galões,
Djack
LERENO. Quando o Dr. Adriano Duarte Silva "se candidatou" pela prieira vez a Deputado, houve um Lereno, que era gerente do BNU na Praia, que fazia a propaganda para a deputação também. Ê bem possivel que estejamos perante um descendente do ilustre.
ResponderEliminarO PdB vai dizer-nos qualquer coisa sobre isso. De certeza !!!
Braça de encorajamento.
Exactamente! A coisa aconteceu em 1945. Trata-se do filho do protagonista do nosso concurso, de seu nome Álvaro de Paiva de Almeida Lereno, nascido em 1882 na Brava. Na qualidade de funcionário do Banco Nacional Ultramarino percorreu quase todo o Ultramar mas no final da vida estebeleceu-se em Portugal, embora sempre muito ligado a Cabo Verde.
EliminarA sua biografia poderá ser visitada no monumental livro "A Imprensa Cabo-Verdiana - 1820-1975", do nosso comum amigo João Manuel Nobre de Oliveira.
Braça lerena,
Djack
Eu nunca chegaria lá. Estie muito ocupado estes últimos dias em coisas inadiáveis e por isso não voltei a aparecer. Mais uma que ficamos a saber. Grande Homem, esse oficial da Armada.
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