Adriano Miranda Lima |
Adriano Miranda Lima oferece-nos hoje uma exclusiva memória de Zizim Figueira, quanto a nós o "rei" da escrita em crioulo das últimas décadas. E rei porque o seu crioulo mindelense era impecável e as suas crónicas um prazer de leitura, pela graça, memória e verosimilhança que transportavam. Zizim foi de facto o mais interessante nome que passou pelas páginas do extinto Liberal, tendo deixado um vazio em Cabo Verde que ainda ninguém conseguiu ocupar. Um obrigado ao Adriano pelo texto que traz de volta até nós o espírito do estimado (e estimável) cronista da Praia de Bote e da Rua de Praia.
O Zizim Figueira escreveu uma série de crónicas (“storias”) recortadas no imaginário popular da sua ilha-natal, S. Vicente, baseadas em factos e figuras reais, mas a que emprestava doses variáveis de adorno ficcional, sem, no entanto, ferir a verosimilhança. Muitas são as figuras populares da ilha de S. Vicente que utilizou como protagonistas das comédias e dramas das suas representações literárias em crioulo de S. Vicente. Diga-se que as suas crónicas tiveram o mérito de nos alargar o olhar sobre as singularidades e as idiossincrasias do nosso meio mais genuinamente popular, sempre com um sentido implícito de honrar a gente humilde e sofrida e colocá-la num alto patamar de afecto.
Tendo relido recentemente algumas das suas “storias”, reparei que a Caela, “carregadera” de cais, é uma figura típica e quase omnipresente nas suas narrativas. Mesmo quando ela não é parte do núcleo, vive nos seus arrabaldes, é presença insinuada ou pressentida, o mesmo é dizer, a alma mater de outras tantas figuras populares do imaginário mindelense onde o autor colheu os seus mosaicos plenos de humor e humanidade, e muitas vezes temperados com picardia.
Zizim Figueira |
Não me recordo da Caela, pelo menos da pessoa concreta que se dava por tal nome, mas tenho na retina o cortejo dessas anónimas “carregaderas” de cais que serpenteavam as ruas de Mindelo com os sacos de milho à cabeça a caminho dos armazéns. Ao recordá-las hoje, imaginando-as sob o sol inclemente, rostos perlados de suor, lábios cerrados e olhar centrado na distância da caminhada, pergunto se o heroísmo não convive paredes-meias com a nossa rotina sem darmos conta disso. Ganhar a vida com honestidade tem um preço exorbitante para alguns seres humanos.
A Caela é descrita como uma mulher de estatura imponente, de costas rijas e braços de ferro, talhada mesmo para “carregadera” de cais, profissão que foi outrora de muitas mulheres do povo na nossa terra. Mãe de muitos filhos, porventura de mais de um progenitor, ela fazia inteiro jus a esta expressão que entre nós tem um significado inigualável - "Mãe de Fidje". Designação que significa mãe inteiramente assumida, mãe ignorada por um companheiro do acaso, mãe sofrida no silêncio do seu brio, mãe que não regateia sacrifício para criar a sua prole. Mãe que é também pai, dupla e simultânea condição parental que exige coragem, desvelo e sacrifício irrenunciável no dia-a-dia das lides da vida. Pois, era Caela, ela e mais ninguém, que assegurava o pão diário dos seus filhos, e era ela quem exercia, sem delongas ou preterição, a autoridade paterna, quando necessário com mão firme, porque pobreza não significa vileza, pobreza é destino mas não desatino. Assim devia ela pensar.
Carregadeiras saindo da antiga Alfândega |
A vulgarização do transporte automóvel extinguiu o cenário das “carregaderas” nas nossas ruas, abolindo essa mão-de-obra barata, escandalosamente barata, esse trabalho insano que era, no entanto, ganha-pão assegurado para muitos lares da pobreza. Era esse o reino da Caela, onde ela se impunha como uma força da natureza, onde se ouvia a voz tonitruante e ridente do seu desafio ou do seu encorajamento, ou a palavra de solidariedade para as companheiras mais débeis da mesma labuta.
As crónicas do nosso conterrâneo invocam frequentemente cenas passadas com a popular Caela. Tanto falam da sua luta estrénua pela vida como de situações humorísticas em que ela se viu envolvida. Como não ficar estupefacto com a facilidade com que ela arrumou com 3 magalas que um belo dia quiseram meter-se com ela lá para os lados da Praça Estrela? Como não morrer de riso com a "fusca" de deitar por terra que ela apanhou num dia em que lhe confiaram uma aguardente-de-cana de estalo, por mero engano na escolha, para embriagar umas dezenas de perus que se destinavam a abate para reabastecimento de navios estrangeiros? Ou com aquela cena ocorrida entre ela e o boi bravo acabado de descarregar e se soltou sobre o cais? “M’ta preferi morrê fogod que na tchiv dês boi”, disse ela. Atirou-se ao mar mas foi logo recolhida.
Há um episódio que o Zizim me reportou em conversa pessoal mas que, tanto quanto penso, não chegou a ser objecto de qualquer crónica. Um belo dia, um conhecido futebolista bateu num filho da Caela e a nossa mulher travou-se de razões com o agressor, porque ela era mesmo pai assumido em toda a largura da sua autoridade, e desaforo não levava ela para a casa. Conversa vai, conversa vem com o sujeito que lhe bateu no filho, a Caela não espera por mais nada: ̶ Ah sim, não te retractas? Levanta o punho e desfere-lhe um soco tal que o nosso homem cai redondo. Contou o Zizim que foi preciso borrifar-lhe água fria no rosto para que desse acordo de si.
É evidente que as “carregaderas” de cais não foram exclusivas de S. Vicente, do mesmo modo que o exemplo sublime das "mães de fidje" cabo-verdianas pertence a todas a ilhas e é intemporal. Porque infelizmente o planeamento familiar ainda não logrou produzir na sociedade cabo-verdiana todos os efeitos que seriam desejáveis.
Recordar a Caela é um tributo que se presta à coragem indómita da mulher do povo cabo-verdiana. Ou o coração não fosse a melhor bitola para avaliar aqueles que da vida colheram mais infortúnio que ventura.
Justiça ao Zizim Figueira porque a ele se deve a reprodução em crioulo desse imaginário popular da nossa ilha, que tem tanto de sedutor e encantatório como de burlesco e irreverente.
Tomar, 25 de Fevereiro de 2015
Adriano Miranda Lima
Lugar ondê que tude mnine, mesme naquel balbúria de gente, tava bai dá quel primer tchluff pa prendê nadá, na mei de tude quês bote pintode, numerode lá rastode ta esperá muvimente de sei pa lorgue, pa negoce, pa pesca ô pa rocega c’ pescador ma fazedor de corda, lá sentode ta cmodá rêde, ta fazê corda, ma sempre c’oie vive na melon, na mantcha de pexe que entraba na quel área, pa podia betá rede, ô na mnine de gente ta nadá, pas ca fogaba na mar.
Um note, tude quel romantisme de Praia de Bote foi quebrode, pa quel furquilha de cumpade, um rapazin d’oite one d’idade de nome Adeline, fidje de Franguinha remador, c’sê pontaria sem igual qu’era pagode pa quebrá tude vez quel lampada perte de Captania.
Praia de Bote junta ao texto de Adriano um de Zizim (para nós significativo pela simpatia da referência) em que este fala de Caela
Contrabone
Moda Dona Saida (assiriana) tava custumá dzê na sê criol rastode: – Tude nês vida ê moda um jogue de “laranjas’casca”. E dvera na sê filusufia e manera já d’oiá cosa de vida, pa tude bidjinha quel era derriba de sês 97 (noventa e sete) one d’idade, ela tinha razon.
Quê nês vida, pa tude banda ondê q’home passá sempre el dexa sê marca, mariode ô drete, c’tude sê inteligença dês que munde ê munde já naquel tempe quel era presa de tigre de dente de sabre e otes predador “d’era de pliocene”(fin de terciare principe de quaternare)etc.,Tê dia quel cabá pa impô e vrá predador chef de cadeia alimentar de nôs planeta Terra.
Tude isse, ta bem na linha de conta daquel tempe antigue em que pove de Soncente na sê “struggle for live” (luta pa vida) de tude dia, deboxe daquel parcença calme e tranquile de nôs Baía de Porte Grande de Mindelo c’sê Monte Cara e sês pôr de Sol sem igual ta invadi nôs mar datardinha, de sês bnite escama de prata.
Ma sê Praia de Bote (Patrimone de nôs terra Soncente), c’sê “Muralha Forte” c’dôs entrada, fête de pedra ma cemente, coberte de cripi que tava protegê areia de sê praia.
Lugar ondê que tude mnine, mesme naquel balbúria de gente, tava bai dá quel primer tchluff pa prendê nadá, na mei de tude quês bote pintode, numerode lá rastode ta esperá muvimente de sei pa lorgue, pa negoce, pa pesca ô pa rocega c’ pescador ma fazedor de corda, lá sentode ta cmodá rêde, ta fazê corda, ma sempre c’oie vive na melon, na mantcha de pexe que entraba na quel área, pa podia betá rede, ô na mnine de gente ta nadá, pas ca fogaba na mar.
Tude isse, hoje em dia desaparcide (prova – fotografia d’amigue Jack de Captania, aliás Joaquim Saial), c’um tristeza bem grande pa tude quem que ta lembrá, sobretude daquel antigue e bnite “Murallha” que já li na fotogarfia gente t’óiá cma el ca’stá, um Murallha daquel, parte dum patriomone c’sês monzada de storia ma “souvenirs” pa contá.
Quê log que d’note tava tchegá, ta tinha marinher ma guarda d’Alfândega, espaiode pa tude banda ta goitá tude quel pove negociante e sês tentiva de passá quel contrabone, quê lá na Praia de Bote ê que tava morrê pexe. Certe que tinha quês negoce moda madera que tava bem de borde e despache era baratim.
Ma tinha otes cosa, moda drops, chuclate “Cadburys” ma cigorre qu’era proibide mesme sel beba de borde, mode concurrença ma comerciante de terra. Assim um vez passode, tinha um que tava compra quês carton tude dum vez e tava fecá ta vendês na gente e malta de sês relaçon ma também pa intermédie de vendedores ambulante, mode quês caxa ô carton que ca tinha quel “sele”de despache d’Alfandega, ma que nem por isse tava dexá de ser, um denhirim quente na mon.
Ma, ‘m ca querê dzê, cma storia de contrabone seja binde de mei de Baía de Porte Grande de Mindelo, ô de grogue de SanAnton, ô d’otes lugar na época, era cosa fácil e tava passá sempre sem problema. O contrare, tive tcheu que foi panhode e que bai pa lama, gente cum conchê que foi vitma de denuncia, ma hoje ‘m prometê de ca mentá nome de gente, nalguns ação que tita bem passá lissim nês texte.
Soncente, tinha três área de negociante de Baía, área de drogaria de Djandjan, c’Pidrim Bettancourt, Lelona, Alvaro, Cucha etc., área de Praia de Bote c’Oscar de Nha Bia d’Antone Gêgê, Joaquim Silva (Quim Chavinha), Faia Santos, Anacleto Évora de Casa Lopes e Madeira, Josê Figueira (Ti Djô Figuera), João Damata Costa (Damatinha) pa Casa Figueira & Cª, área de rua de Moeda ma rua de Morguine, c’ Jack Cunqueli Côque, Antunin Cunote, Manuel de Joana, Jon ma Jack Estudante, Jon Doia, Djô de Jon do Chique e mutes otes más que tava incthi tude ês área de negoce.
Um dês stora de contrabone que marcaba nôs Ilha de Soncente ma SanAnton, foi quel daquel guarda d’Alfandega imprudente (nada corrupte) por isse cunchide pum gaje mau dmunde que prendeba um contrabone de grogue, el sô,lá pa praia de Jon D’Ebra,binde de SanAnton. Dzide cma quês contrabandista propol um data de cosa ma dnher, el de pistola na mon, sempre ta dzê cma não. E era um carregamente mute importante de grogue velha que tava valê um fortuna.
Cma el ca queria sabê e cma quês home sinti pirdide, dzide cma ês dexal descuidá ês dal um salha na pistola, tê quel tchegá de feri um c’tire na broce. Enton, ês pol na tchon despil calça ês plal ove (testicles) c’pedra e dexal morte lá na praia de Jon d’Ebra. Ês bem pa morada, ês fazê sês contacte ês vendê tude quel grogue one time, depôs ês cambá sês terra SanAnton e, tê hoje nem fume nem mandode se foi descoberte quem foi.
Um note, tude quel romantisme de Praia de Bote foi quebrode, pa quel furquilha de cumpade, um rapazin d’oite one d’idade de nome Adeline, fidje de Franguinha remador, c’sê pontaria sem igual qu’era pagode pa quebrá tude vez quel lampada perte de Captania.
E, dês vez, cosa bem passá foi lá na sê Muralha, c’tude bem organizode: – Três bote na lorgue carregode ta esperá orda, otes gente ta goitá guarda ma marinher d’Alfandega bai jantá pa podia dá quel “free”, quês amdjer de força (Frente de Libertaçon de Praia de Bote) e expediente pa rapte, escuide na ponta dêde, quês home dentre de praia rolode calça c’pê dentre de mar, tude linhode de stand-by.
Orda foi dode, Rosa de Conhe c’sê pescoce de força, nem boi de Dja D’ Moie, foi primer que pô na cabeça, quel primer caxa de cigorre Malbore, siguide de Mari Binisse, Armanda de Vivi, Caela, Antonha de Bill e más uns dôs ô três otes cumpanher de confiança, deboxe dum silencie, ondê que quaz bô tava uvi sês coraçon ta trabaiá c’força e, num esfregar d’oie tude quês vinte cinque caxa de cigorre foi passode e mitide na lugar segure, c’tude ta parcê normal.
Enton, tive um denuncia daquel movimente na Alfandega, pa um home que nem sê nome se ta merecê ser metode li nês storia, quê naquel dia, el tava ta ba desgraçá um data de pai de fidje (soce daquel negoce), em que uns tê tinha doze fidje senon más. Ma, ês home, voz de pove voz de Deus, vida punil de tal manera quel morrê na miséria la pa USA.
Ma, boca d’Onje caí de cêu e Raul ma Raulin marinher d’Alfandega, dzê Amen! Quê ês uvi tude quel relate daquel denuncia fête pa quel bandide delator. Enton, la ês actuá não cma autoridade, ma sim pa sentimente de pai de fidje quês era e dode aquel bom tratamente quês tinha ma quaz tude quês moce negociante daquês área.
Ês rancá, sem exigi nada em troca, ba ter dês, ba dzês cma dentre de um hora, Alfandega tava ta bai fazês vistoria na sês casa, pamode denuncia daquês vinte cinque caxa de cigorre passode de contrabone na véspra d’note lá na Muralha de Praia de Bote.
Certe que foi panic geral, depôs duns segunde de reflexon, tude quês caxa de cigorre Malbore que tava na alçapon daquel casa, foi passode c’ajuda de Rosa de Conhe ma sê equipe d’amdjer vassalada, sem preveni pa quintal de casa de vezin, ês tude espantode, ma moce bai ta dzês cma: – depôs ‘m ta explica bsote, quê grinhassim, nôs ê uns data de pai de fidje que ta c’corda na pescoce.Vezim, nice dmunde dexá cosa bai sem problema e assim c’sês help, um data de vida foi salvode dum grande desgraça más que certe.
Quê, um hora depôs, tchegá na lugar, Director cumpanhode de sês guarda ma marinher d’Alfândega e um oficial de diligência de Tribunal. Revista na lugar, foi passode bem passode na pente fine, ma nada ês ca incontrá naquel casa pa tistemunha e ês sei ta bai c’mon baziu e, tcheu pai de fidje salvode de bai pa cadeia na Vôvô perte de Compe de Jogue e dum miséria más que certe pamode quel delator.
Depôs, quel stock de cigorre sei na lorgue, foi vindide c’lucre pa tude banda de tchon de Soncente e Ilhas devagarim, c’raçon duple pa tude quem trabaiá naquel operaçon, moda era custume, panela na lume pa tude mnine cmê na sês fome e ta bai pa escola ba prendê alê.
Ês li ê más um treche de vida de tude dia de nôs terra Soncente dum vez, ondê que solidariedade humana e morabeza, apesar de tude quel pobreza, tava dominá na mei d’home que tava besti calça e era capaz d’assumi tude sês responsablidade sem pedi ninguem nada em troca, quê “Coraçon” ê que tava falá em vez d’inveja ô ganância de dnher.
Zizim Figuera ( José Figueira,Júnior )
Eu lembro-me bem de Caela...Meu pai teve a seu estabelecimento em três lugares distintos: Rua de Senador, frente ao Mercado, na rua que desemboca na Pracinha da Igreja e na Rua de Lisboa, nas instalações antes...e depois, ocupadas pela Casa Madeira e as carragadeiras passavam, todas, à porta da loja, a caminho das empresas do Carvalhinho, do Siminhas e outras, levando cada par, à cabeça, sacas de 50 quilos de farinha, arroz, açúcar, com uma ligeireza de movimentos que surpreendia mas se explicava pela necessidade de chegar rapidamente ao destino e voltar à carga, pois o serviço era pago (?) à unidade...O ritmo, claro, era normalmente marcado por Caela, mulher hercúlea e truculenta mas de uma eficiência notável e que, não raro, obrigava o grupo a deslocar-se a trote...Espectáculo duplamente apreciável: degradante mas esforçadamente honesto!
ResponderEliminarÀ memória do amigo e companheiro Zizim a minha eterna saudade!
Zito
Admirava as histórias do Zizim invocando cenas passadas Soncent de Diazá e sempre contadas em crioulo, sem recurso ao Alupek. Foi bom o Adriano ter-nos recordado o Zizim este combatente da diversidade do crioulo sem dogmatismos e sem pôr em causa ou renegar o português . Paz na sua alma
ResponderEliminarAgradeço a lembrança do Zizim e dos seus contos que eram lidos com prazer por muita gente. Ele falou da Caela e de tantas outras pessoas conhecidas naquele nosso meio pirracento de S. Viceente antigo. Minha homenagem ao Zizim e agradecimento a este senhor por nos trazer a sua lembrança.
ResponderEliminarCara Suzete Lopes, o Praia de Bote sauda a sua participação, esperando que venha mais vezes.
EliminarUm braça mindelense,
Djack
Conheci e vivi de perto o drama das Caelas Mindelenses...
ResponderEliminarEra empregado nas obras do Cais Acostável, como "encarregado d'armazém de cimentos e pozolana", --para onde as Caelas transportavam à cabeça a pozolana vinda de Santo Antão e cimento de Portugal... O cais de descarga ficava aí a uns 200 metros do armazém, onde à porta estava um "pagador" que dava a cada uma 20 centavos por cada saco carregado! Para ganharem o máximo possível, dá para imaginar a correria que impunham nessa azafama. Hoje, quando me lembro, sinto um arrepio na espinha, Triste Sina!
....
Para os que se recordam: - A mestria do corte -de - lamina no saco... e midjo e feijon a cair direitin pâ ceio!
Até sempre Zizin!
Adorei ler este valioso artigo sobre a nossa memória antiga, que é o verdadeiro lastro da identidade mindelense.
ResponderEliminar