[1682] O "Senhor das Areias" no Porto Grande, aguardando abate
Foto enviada pelo nosso colaborador Zeca Soares, ao qual muito agradecemos esta foto do pachorrento mas sempre estimado navio de cabotagem das ilhas, nos seus derradeiros dias.
Mais de uma vez escrevi no PdB sobre a minha emoção de, aos 6 anos, ter viajado neste navio de S. Vicente para Ponta de Sol, e inverso. É uma dor de alma ver desmantelar veleiros destes. Um abraço deixo aqui para o Zeca Soares, que conheci no Monte Sossego em Maio passado.
A este antigo bacalhoeiro estão ligados pedaços dos mais felizes da minha vida...Foi nele que fiz uma viagem - que já relatei - S.Vicente/S.Nicolau/Sal/Brava, na primeira das minhas visitas a Nova-Sintra, berço da que haveria de ser minha mulher, já lá vão 62 anos...Jamais o esquecerei e emocionei-me até às lágrimas ao ve-lo desfeito! Zito
O nosso grande problema é que nós não temos "DINHEIRO". Muitas vezes há tendência de se pensar que pelo facto de termos a maioria da nossa emigração espalhados pela maior parte dos países ricos e desenvolvidos do mundo, esquecemos a nossa realidade concreta de que "continuamos a não ter nem capital e nem capitalistas". Feliz, ou infelizmente, continuamos a ser "bons" gestores de ajudas (migalhas dos países ricos). O Senhor das Areias foi desmantelado no período colonial mas, eu assisti depois da sermos independente, o apodrecimento do navio Carvalho em terra, este com uma bonita história entre São Vicente e Santo Antão, sem se saber porque. Ainda hoje continuamos com esta mentalidade de andar nas nuvens e a espera que a chuva nos ajuda a minimizar os nossos problemas.
Tem toda a razão o Marcos Soares. Estas coisas custam dinheiro e ele mal chega para o básico. Quanto aos emigrantes, é frequente pensar que o simples facto de viverem em países ricos lhes confere o "toque de Midas". Os nossos emigrantes têm de se esfalfar para auferir um salário condigno, que se lhes confere possibilidades que na sua terra natal jamais teriam, como o poder construir uma casa ou montar um pequeno negócio local, mercê de ajuizadas poupanças (e nem todos poupam), mas a verdade é que nem de longe têm capacidade para se armarem em mecenas. Nem pouco mais ou menos.
Mais de uma vez escrevi no PdB sobre a minha emoção de, aos 6 anos, ter viajado neste navio de S. Vicente para Ponta de Sol, e inverso. É uma dor de alma ver desmantelar veleiros destes.
ResponderEliminarUm abraço deixo aqui para o Zeca Soares, que conheci no Monte Sossego em Maio passado.
A este antigo bacalhoeiro estão ligados pedaços dos mais felizes da minha vida...Foi nele que fiz uma viagem - que já relatei - S.Vicente/S.Nicolau/Sal/Brava, na primeira das minhas visitas a Nova-Sintra, berço da que haveria de ser minha mulher, já lá vão 62 anos...Jamais o esquecerei e emocionei-me até às lágrimas ao ve-lo desfeito!
ResponderEliminarZito
Amigos ninguém liga pelas velharias em Cabo Verde. Cadê o tal falado Museu do Mar !!Que mais dizer
ResponderEliminar"Senhor das Areias" era pé de chumbo, ia devagar mas chegava sempre.
ResponderEliminarPodia ser aproveitado para um barco escola mas não pensamos em nada.
O nosso grande problema é que nós não temos "DINHEIRO". Muitas vezes há tendência de se pensar que pelo facto de termos a maioria da nossa emigração espalhados pela maior parte dos países ricos e desenvolvidos do mundo, esquecemos a nossa realidade concreta de que "continuamos a não ter nem capital e nem capitalistas". Feliz, ou infelizmente, continuamos a ser "bons" gestores de ajudas (migalhas dos países ricos). O Senhor das Areias foi desmantelado no período colonial mas, eu assisti depois da sermos independente, o apodrecimento do navio Carvalho em terra, este com uma bonita história entre São Vicente e Santo Antão, sem se saber porque.
ResponderEliminarAinda hoje continuamos com esta mentalidade de andar nas nuvens e a espera que a chuva nos ajuda a minimizar os nossos problemas.
Tem toda a razão o Marcos Soares. Estas coisas custam dinheiro e ele mal chega para o básico. Quanto aos emigrantes, é frequente pensar que o simples facto de viverem em países ricos lhes confere o "toque de Midas". Os nossos emigrantes têm de se esfalfar para auferir um salário condigno, que se lhes confere possibilidades que na sua terra natal jamais teriam, como o poder construir uma casa ou montar um pequeno negócio local, mercê de ajuizadas poupanças (e nem todos poupam), mas a verdade é que nem de longe têm capacidade para se armarem em mecenas. Nem pouco mais ou menos.
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