Vinha eu hoje de umas compras, mãos ocupadas com sacos, vejo aqui mesmo ao pé de casa um cabo-verdiano a passear o seu cão. Pergunto-lhe eu: "Ta passeá catchorrim?". Responde-me ele, rindo-se de ser interpelado em crioulo: "Tude drête?". "Tude drête!", retorqui eu. E pronto, lá seguimos os nossos caminhos, eu para casa, ele cumprindo a função de dono, exercitando o canídeo. É reformado da marinha mercante e marido da filha de um antigo polícia marítimo da Capitania dos Portos. Eu, ele, a esposa, os três por aqui, e uma história lá para trás no nosso passado que nos aproxima deste modo tão simples mas também tão sabe.
Munde, devera, ê piqnim e êle ê sabe qonde ca tem gente mal intencionôde.
ResponderEliminarPor onde passei tive provas concludentes tanto da boa fé como das más intenções mas tudo isso faz parte da vida que nos dá surpresas hodiernamente.
E Viva Praia de Bote pa gente espraià !!!
Depreendo, Djack, que vocês já se conheciam. Caso contrário, a conversa teria tido continuidade: - Adé, bocê ê mandrong e tá falá criol? Mod quê? E o Dajck responderia: Ó moce mim é cabverdióne de coraçon pur. Tud dia m'tá stod na nôs Mindel, maz prcisament na Praia de Bote e naquel Cuptania. Moda ês ta dzê, coraçom li e coraçom lá.
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