Infelizmente acontece o mesmo com portugueses no Canadá e nos EUA (o que não nos desculpa) mas, para além da lei, que deve ser cumprida, a desumanidade reinante que em geral acompanha este assunto deve ser SEMPRE E EM TODO O LADO atitude considerada como verdadeira canalhice social e combatida por todos os meios possíveis. Ou seja, deportar é uma coisa (embora não doentes mentais...); humilhar e tratar pessoas (portugueses ou cabo-verdianos) como cães vadios é outra.
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Em 1977 sucedeu-me algo do género, no sentido inverso...Muito embora as motivações, então, tenha, sido meramente políticas, não me doeu menos por isso...Daí, ser eu capaz de entender os dramas dessa gente, independente da suas maiores ou menores culpas...Creio numa Justiça cega mas não tanto!
ResponderEliminarBraça triste
Zito
A reportagem é longa e ainda por cima contém filmes. Leva muito tempo a ler e a ver, respectivamente, pelo que só depois disso é que poderei comentar.
ResponderEliminarPara já, e por aquilo que já li, mete dó ver estas situações de deportação nas condições extremas aqui narradas.
Voltarei a este assunto, que, quanto a mim, Djack, devia ter ficado em primeira página por mais algum tempo.
Acabei de ler e confirmo que há, efectivamente, um tratamento pouco humanitário para algumas situações, como são os casos aqui reportados. Aliás, é por isso mesmo que têm centralidade nesta reportagem. Outros mais haverá idênticos, do mesmo modo que outros provavelmente se inscrevem em situações que podem legitimar a deportação.
ResponderEliminarMas o aspecto mais delicado prende-se com os casos de pessoas que têm a situação da nacionalidade regularizada e, não obstante isso, incorrem em expulsão, ou isso pode suceder se houver um qualquer percalço, como a perda dos documentos.
Particularmente delicado é o caso dos cabo-verdianos que vieram de S. Tomé ou Angola, onde nasceram, filhos de pais cabo-verdianos, sem nunca terem estado em Cabo Verde. Ficam numa situação de total desnorte, sem saberem o que são e a que pátria pertencem.
Em minha opinião, situações que implicam com a condição humana não podem ser resolvidos mediante a aplicação fria das leis e regulamentos. São sérias demais para serem decididas por um responsável do SEF, e o sujeito que aparece na reportagem parece um simples escravo da lei. Devia haver um tratamento multidisciplinar das situações desta natureza quando o destino da pessoa não oferece outra alternativa senão a condenação à sarjeta ou à sua anulação como ser. Brada aos céus o caso do idoso doente mental, fugido do hospital psiquiátrico, que foi deportado com a etiqueta de doente ainda presa ao pulso.
O caso do doente mental, a ser bem escalpelizado, decerto inclui um funcionário com palas de burro nos olhos. A coisa é inconcebível e desvendada agora pelo jornal, o dito cujo deveria receber severa punição.
EliminarBraça sem palavras,
Djack