Temos aqui um conjunto de comentários muito curiosos e instrutivos, memórias de tempos passados e de pessoas com interesse. Ou seja, "quem sabe, sabe"... variando, "quem conhece, conhece". Mas... mas... a verdade é que o post não era sobre o sr. Aristides Borja e sim sobre o cartão e a Associação à qual ele pertenceu.. Eu bem coloquei uma nota a vermelho no final. Parece no entanto que ninguém deu por ela. Será que agora, com esta chamada de atenção, alguém topará a coisa? Sim, aquilo que eu não disse!...
Qual a finalidade da AELIDH (Associação Escolar do Liceu Infante D. Henrique), não a sabemos. Associação reivindicativa? Destinada a facilitar a vida aos estudantes que assim poderiam ter livros ou utensílios escolares mais baratos? Apenas virada para acções culturais e/ou desportivas? Não imaginamos, mesmo. Mas que existiu, existiu e aqui está a prova, neste cartão do sócio-efectivo n.º 127 (ou 129...), destinado a Aristides Borja - que o era de 3.ª classe, pelo que se pressupõe que os havia de 1.ª e 2.ª, também. Retrato o dito não colocou no sítio devido mas nós fomos à caça e lá conseguimos uma carinha dele, no bem informado site de Barros Brito (ver AQUI). Do ano lectivo de 1939-40 é o cartão. Bem de diazá... E com tira diagonal verde, como a de "Cabo". Surgido depois da infame extinção e consequente e rápido renascimento do liceu de São Vicente, já na casa que nós conhecemos e continua a ter promessas de arranjo. Há no entanto uma coisa que eu não disse mas que espero que alguém diga...
Qual a finalidade da AELIDH (Associação Escolar do Liceu Infante D. Henrique), não a sabemos. Associação reivindicativa? Destinada a facilitar a vida aos estudantes que assim poderiam ter livros ou utensílios escolares mais baratos? Apenas virada para acções culturais e/ou desportivas? Não imaginamos, mesmo. Mas que existiu, existiu e aqui está a prova, neste cartão do sócio-efectivo n.º 127 (ou 129...), destinado a Aristides Borja - que o era de 3.ª classe, pelo que se pressupõe que os havia de 1.ª e 2.ª, também. Retrato o dito não colocou no sítio devido mas nós fomos à caça e lá conseguimos uma carinha dele, no bem informado site de Barros Brito (ver AQUI). Do ano lectivo de 1939-40 é o cartão. Bem de diazá... E com tira diagonal verde, como a de "Cabo". Surgido depois da infame extinção e consequente e rápido renascimento do liceu de São Vicente, já na casa que nós conhecemos e continua a ter promessas de arranjo. Há no entanto uma coisa que eu não disse mas que espero que alguém diga...
Aristides morava na rua que vai da Praca Nova à Fàbrica de Tabacos e veio a ser funcionàrio do Banco Nacional Ultramarino que o transferiu não sei se para a Guiné. Jovem elegante de bigodinho "à Don Ameche" era quase meu vizinho pois eu morava na rua paralela (ou descampado, se quiserem) no Alto de Companhia.
ResponderEliminarEla acolegava-se com o poeta Ovidio Martins e irmãos que moravam na mesma rua.
Aí está! Nós que somos peritos em desenterrar memórias mindelenses, lá fizemos vir mais uma à tona. Mas e o cartão? Que Associação era aquela?
EliminarBraça à espera,
Djack
E a tal coisa que eu não disse mas que espero que os comentadores digam, para se ver que eles estão MESMO atentos?
ResponderEliminarBraça também à espera,
Djack
E FOI-SE `A VIOLA O MEU COMENTÁRIO SOBRE A ASSOCIAÇÃO ESCOLAR DO LGE E DO MEU JULGAMENTO...
ResponderEliminarRESTA O PRAZER DE REVER O AMIGO ARISTIDES, QUE HOJE MORA LÁ PARA OS LADOS DO LUMIAR E HÁ DIAS ME MANDOU UM PEQUENO DESPERTADOR COMPRADO HÁ CERCA DE 70 ANOS NA RELOJOARIA AZEVEDO...
Braça associativo,
Zito
De facto foi à viola e é pena, porque era interessante, mas acontece que foi feito num post não numerado e sem qualquer interesse como post. Era apenas um aviso para algo que ia sair daí a horas. Chamemos-lhe "post temporário" (e para apagar). Ora quando disse ao Djosa de nha Bia "Ó Djosa vai lá actualizar o Praia de Bote", ele, como lhe competia, apagou o dito post temporário e o curioso comentário do Zito marchou irremediavelmente para os abismos do nada.
EliminarAinda há dias eu tinha avisado que posts não numerados não merecem comentários... De qualquer modo, e descontando a rapidez meticulosa do Djosa em limpar a sala, agradeço ao Zito não só o post desparecido (que no entanto foi lido pelo menos pelos habituais) como este que também conta algo de interesse.
Braça apagadora,
Djack
Conheço muito bem o senhor Aristides Borja, um distinto cavalheiro. De idade provecta, está ainda vivo mas até há pouco tempo reside num lar. Não resisto a contar uma pequena história. Na sua juventude, apaixonou-se por uma tia minha mas essa paixão não chegou a ter qualquer consequência porque a minha tia viria a casar com outra pessoa, um oficial do exército do quadro permanente colocado em S. Vicente. Estamos a falar do tempo das tropas expedicionárias.
ResponderEliminarEncontrei o senhor Borja há uns 8 anos num casamento de uma pessoa da minha família, em Lisboa. Não o conhecia. Ele já se tinha enviuvado há muito tempo. Então, sabendo ele que eu era familiar da sua amada dos tempos de menino e moço, perguntou-me por ela e desejou ir revê-la para a cumprimentar, dizendo que essas paixões juvenis jamais se esquecem. E ele tem toda a razão, pois cada um de nós pode testemunhá-lo. Mas tive de o dissuadir porque a minha tia estava internada num lar de cuidados continuados, a viver em estado de inconsciência os seus últimos anos. Ele mesmo assim insistiu, mas tive mesmo de o dissuadir, dizendo-lhe que não lhe seria agradável ficar com essa imagem da pessoa, que nada tinha a ver com a menina que conheceu. Mas prometi compensá-lo enviando-lhe duas fotos da juventude dela, ainda em Cabo Verde, pois depois de casada passou a viver em Portugal. O senhor ficou-me muito grato, pois cumpri a promessa. E desde então ficámos amigos, contactando por telefone de vez em quando. Na altura estava ainda rijo e com boa aparência física, mas actualmente o estado dele degradou-se, pois o tempo não perdoa. E a minha tia morreu há já alguns anos.
Coisas da vida. Conto isto porque sei que o senhor não levará a mal a minha inconfidência. Haverá algo mais sublime do que o amor e a amizade sincera entre as criaturas?
Contar essas estórias é sempre gratificante se não houver extrapolação ou más interpretações de terceiros que, na maior parte das vezes, nada têm a ver com os protagonistas.
EliminarNo caso vertente tu contribuíste para que o Aristides revivesse um grande capitulo da sua juventude mindelense a ponto de querer rever o seu sonho.
Como disse acima, o Aristides foi um dandy e um gentleman naquele tempo. E não eram só as moças que deitavam "rabadas" porque os rapazins gostariam de estar no seu lugar.
Bons tempos !
Sim, sim, concordo plenamente, eu próprio sou muito de começar um assunto, derivar e voltar a ele um bom bocado depois. Mas o que é que falta dizer sobre o cartão? Deixemos agora o dono em paz e viremo-nos para o cartão... que está ali à vista que não se vê?
EliminarBraça enigmática,
Djack
Será o nome do presidente da DIRECÇÃO? Alguém que temos obrigação de identificar?
ResponderEliminarNada de nomes, como eu já tinha dito, nada de nomes. É o cartão, ele próprio. O que tem de estranho? O que não está bem?
EliminarBraça ainda mais enigmática,
Djack
Djack, o que não está bem é o cartão estar em vigência com o logótipo do liceu Infante D. Henrique quando ele já se chamava Gil Eanes.
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