No Praia de Bote, o baú não tem fim, sempre com Cabo Verde por sujeito. Aqui, parece que não há Cabo Verde, mas há. Que o diga o grande Bau... E fica um braça para o vice-cônsul, ao som do cavaquinho. Com uma notícia de Julho de 1922 e uns mnininha bnitim d'Havai, ta tocá ukelele. Fora o filme com o Eddie Thomas e o Carl Scott em "My Ohio Home", de 1927, ano próximo desta notícia (com surradera e tudo).
Por acaso, já conhecia a autoria deste instrumento.
ResponderEliminarHá uns anos o AcA publicou uma longa e pormenorizada historia desta saga dos madeirenses (carpinteiros, sobretudo) que para alem da sua aptidão profissional levaram para o Haway os seus cavaquinhos que, com o nome de Ukelele acabou por virar o instrumento nacional do Haway...A história da morte do "inventor" do Ukelele acima relatada não me convence, por isso...
ResponderEliminarBraça duvidoso,
Zito
Cá para mim, foi o Djosa de nha Bia quem inventou o ukelele ou ukulele. Mas apesar de o Zito e eu não acreditarmos na paternidade do Manuel Nunes (mais o Zito que eu), a verdade é que há muitos dados na Internet a favor dela. Vou colocar na base do post, a seguir ao filme, apenas quatro links dos vários que asseguram que foi o Nunes o ukelelista pai. Mas se não foi, também não faz mal... alguém terá sido. Braça com tanto se me dá, Djack
EliminarQuem é investigador, procura sempre...Afinal o Valdemar sabia o que dizia quando lançou o repto para se "esgrovetar" a origem do cavaquinho.
ResponderEliminarLi há anos, uma texto de Baltazar Lopes da Silva (creio que na Revista «Ponto e Vírgula» sob epígrafe: "Quidam Varia") em que ele tentava também estabelecer a origem deste instrumento musical tão apreciado entre nós. Colocou-o no Hawai e dizia qualquer coisa como isto: possivelmente levado por portugueses...Bem que o Mestre estava na pista.
Agora temos o nome e a figura do seu inventor/portador, bem situados.
Mais uma que ficamos a dever ao PdP, ao Djack. Obrigada.
Abraços
Portanto, e tanto quanto se pode deduzir dos AQUIS do amigo Djack, o senhor Manuel Nunes é tido como o "inventor" que transformou o cavaquinho (o machete madeirense) no ukelele que, desta forma, não passará de uma "adaptação" do instrumento original levado na bagagem dos migrantes madeirenses...Seria interessante saber que tipo de adaptações foram essas e das suas razões a que, eventualmente, não terão sido estranhas as matérias primas disponiveis para a sua confecção certamente distintas das existentes na Madeira à época.
ResponderEliminarBraça duvidoso
Zito
Grande admirador do "politco" assim chamado pelo meu grupinho d'Soncente, ouço e acompanho a estória do Cavaquinho desde que ouvi uma gravação de Waldir de Azevedo um dos maiores executantes na altura. Depois ouvi mais: brasileiros, portugueses (Júlio Pereira), cabo-verdianos (Luluzim, Franck Cavaquim, etc.). Os meus patrícios só acompanhavam até aparecer o imenso BAU, considerado por um jornalista francês especializado, um dos maiores executantes do mundo.
EliminarO trabalho mais completo que jà vi (Youtube) sobre o instrumento foi o de um brasileiro cujo nome não me ocorre, que percorreu todos os cantos do planeta onde passou esse "menino barulhento".
Quanto à sua paternidade digo que não pertenceu a esse emigrante. Ê como a morna "Flor Formosa" que dão ao Travadinha que a removeu.
Então aqui é que não brinco porque trabalhava no Telegraph, a 20 metros da oficina onde trabalhava o violinista autor-compositor Djack de Carmo que, nessa altura lançou duas outras mornas do mesmo calibre: "Laura" e "Lôra" (loura).
Mnis isso agora é outra coisa. Coisa que merece também trazer aqui.
Braça pa bocês tude
http://www.cavaquinhos.pt/
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UKULELE
Por John King
Deixem-me contar-vos um segredo. O ukulele é português. É verdade. Um grupo de três carpinteiros da ilha da Madeira, que emigraram para o Havai em 1879, começaram a fazer essas pequenas guitarras de quatro cordas, em Honolulu nos anos 1880. Mas nessas altura não lhes chamavam ukulele; em vez disso usavam o nome português: Machete. O machete já era popular entre os madeirenses há centenas de anos; de facto esse era o seu instrumento nacional. Um senador americano chamado Dix, que passou um Inverno na Madeira nos anos 1840, relatou que, quando tocado pelas mãos certas, um Machete poderia produzir música muito bonita, especialmente quando acompanhado por uma guitarra ou um violoncelo mas, tocado sozinho era fino e magro. “Esta, é uma invenção da ilha”, escreveu ele “e cada uma das ilhas não tem grande razão para estar orgulhosa. Não é provável que o machete algum vez emigre da Madeira.”