sexta-feira, 17 de junho de 2016

[2208] Para o "Terra Nova" de Junho (excerto)








(...) É de 1955 o exemplar alusivo à visita do Presidente Craveiro Lopes a Cabo Verde e à Guiné de que conhecemos duas versões de cunhagens idênticas que aparentam ser fundidas em cobre ou bronze e em prata. O autor, que assina como "EVCLIDES", é o escultor Euclides Vaz (Ílhavo, Portugal, 1916 – Banzão, Colares, Portugal, 1991) que rubricou, entre outras, as estátuas ao professor Egas Moniz situada frente à fachada do Hospital de Santa Maria, Lisboa, e a do Rei D. Afonso III, em Leiria. Autor de vasta obra na área da medalhística e com incursões no campo da numismática, realizou aqui uma medalha discreta mas elegante na sua funcionalidade oficial. De um lado, a efigie do Presidente e da outra o escudo português amparado pelos das colónias visitadas. Infelizmente, o conjunto é manchado pela descuidada gralha do acento agudo no "a" de "Visita do Chefe de Estado á Guiné e a Cabo Verde"…

Desconhecida é a autoria da medalha de 1962 (bronze? cobre?) referente à inauguração do Porto Novo de Santo Antão pelo ministro do Ultramar, Adriano Moreira. Com a inscrição indicativa numa das faces, apresenta na outra um navio da época dos Descobrimentos, de boa factura, sem qualquer texto a enquadrá-lo. 

De bronze, com 138g e 66mm de diâmetro, é a medalha que comemora a visita do Presidente da República Américo Thomaz a Cabo Verde e à Guiné, em 1968. Muito próxima em motivos e "maneira" da de Craveiro Lopes que antes vimos, mostra minúsculos escudos de ambas as colónias por baixo do correcto busto do Presidente e no verso apenas o brasão de armas de Portugal. É trabalho do escultor Leopoldo de Almeida (Lisboa, 1898 – Lisboa, 1975), autor das figuras do Padrão dos Descobrimentos, de Lisboa e de uma prolífica obra de escultor e medalhista que cobre todo o Portugal e diversas partes do Império. (...)

1 comentário:

  1. Leio com imenso agrado pois a partir de 1954, onde me encontrava, so tinha fragmentos de noticias durante algum tempo. Depois foi a "grande artilharia" de que todos sabem e que deu o que deu.
    Isso tudo, quer queiram quer não, é parte da verdadeira Histôria de Cabo Verde que ninguém pode apagar.
    Que venham mais trabalhos que esperamos com prazer.
    Braça e mantenha

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