quarta-feira, 27 de julho de 2016

[2322] Lisboa, Teatro da Trindade, ano de 1944, com a guerra quase no fim

Francisco Xavier da Cruz, "B. Léza"
Num dia e mês do ano que acima referimos, a Agência Geral das Colónias e uma Comissão de Naturais de Cabo Verde promoveram uma "Sessão Caboverdeana" no Teatro da Trindade, Lisboa. O longo programa tem duas partes. A segunda, com o nome de "A Canção Crioula", é "cantada por senhoras de Cabo Verde, acompanhadas pelo grupo musical típico 'Bando da Rua' (violões e cavaquinho), formado por Xavier da Cruz (B.-Léza), Lopes, Lindoca, Walker e Boboy." As canções foram seis e as cantoras quatro. 


Braça para os comentadores e aqui fica o enigma desvendado... semi-desvendado, aliás... Ah! E até Maria Barroso participou, declamando dois poemas de... Osvaldo Alcântara, autor de um certo romance denominado "Chiquinho".

Entretanto, deixemos a divulgação integral do dicumento para outras aventuras, talvez mesmo para a "Crónica do Norte Atlântico" n.º 50 do "Terra Nova" que terá lugar em Dezembro deste ano. Será uma boa maneira de comemorar a meia centena de textos nossos saídos ininterruptamente  nos últimos anos no simpático mensário caboverdiano.

5 comentários:

  1. Pois é...Tinha eu 10 anos e os meus interesses eram diversos da qualquer tipo de melomania que, anos mais tarde, graças a influências conhecidas, haveria de fazer parte do meu dia-a-dia...Reafirmo, portanto, a minha mais completa ignorância deste Bando, apesar de ter, anos mais tarde, dado alguns pés de dança em casa do Bandoleiro-mor, embalados pela sua voz rouca e os sons inimitáveis do seu "Bronze"...
    Braça à luz de candía,
    Zito


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  2. 1944. So no ano seguinte passaria a ser quase vizinho (Chã do Cemitério) do B.Leza (Rua de Matadouro) e ouvia falar do Xavier, como era conhecido pelos da sua toada nos bailes (minha mãe e tias) e também colegas de trabalho. Soube, em seu tempo, da viagem a Lisboa e da polémica suscitada pela cubata onde quiseram meter os caboverdianos, depressa desmontada por demonstrar que até os organizadores desconheciam os constumes do arquipélago.
    Lamentàvel pois nem sequer conheciam a tchabeta. Para esses (orgnizadores) a Africa era toda tanga de palha e lanças para matar leões.

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  3. Eu também desconhecia completamente este evento. Tinha poucos meses na altura, mas sempre poderia ter tido conhecimento em tempo posterior. Se não aconteceu é, em parte, por não ter havido suficiente divulgação. Mais uma vez, graças ao Djack vamos sabendo de coisas e mais coisas que o comum dos cabo-verdianos ignora.

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  4. Eu ainda não era nascido.Felizmente temos o Djack como seu precioso filão que vem desenterrando estas histórias peças de uma futura História, a verdadeira, da nossa Ilha. Bem Haja
    Jose F Lopes

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  5. Já conhecia a história da tal "cubata" mas desconhecia que o conjunto de B. Léza, tivesse sido denominado para o espectáculo de "Bando da rua," que afinal teve muito sucesso, segundo a "press" de então,e graças aos magníficos acordes dos instrumentalistas e às vozes das senhoras cantoras. Interessante a linguagem da época para o anúncio. Valeu Djack!

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