segunda-feira, 17 de outubro de 2016

[2658] Djosa de nha Bia, imitador de B. Léza...

Toda a gente que gosta de Cabo Verde conhece as mornas de B. Léza e decerto também o mais famoso dos seus retratos. Pois o nosso colaborador Djosa de nha Bia, para além de mornista de créditos firmados (único predicado de jeito que tem, achamos nós), amante de bom grog, preguiçoso militante e aldrabão de primeira, deu agora em imitar o look do autor de "Lua nha Testemunha". Não lhe fica nada bem, convenhamos, apesar de clonar na perfeição o ar de sport roubado ao saudoso compositor. Quando o proprietário do Praia de Bote voltar à redacção do blogue, na Rua de Coco, depois do seu repouso de escrita, logo receberás um corte no ordenado por causa dessa mufneza, ó Djosa!...

Em baixo, B. Léza (à esquerda) e à direita, Djosa de nha Bia, o imitador...


8 comentários:

  1. Aposto em como a foto foi feita pelo Papim que deu o arranjo.

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    1. Se o sábio Valdemar o diz, deve ser verdade. Felizmente, ficou-nos esta bela foto de alguém sem o qual hoje a música de Cabo Verde não seria a mesma coisa. Ele faz parte de uma constelação de estrelas musicais que reúne muitas, muitos outras figuras, cujos nomes são tantos que mais vale não referir nenhum para não ofender os restantes, por eventual esquecimento.

      Viva B. Léza, viva a música de Cabo Verde
      Djack

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  2. Com quem é que o Djosa está zangado?!

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    1. Qual zangado, qual carapuça. Aquilo é cara de durão que ele aprendeu a ver policiais no Eden Park. O homem é boa pessoa, não faz mal a uma barata voadora da Praça Nova. Pena aquilo da preguiça, das aldrabices e dos copos... de grog. Fora isso, uma santidade.

      Braça Djosesca,
      Djack

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    2. Mesmo assim, tenho a impressão de que ele está chateado por o chapéu não lhe entrar na cabeça...

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  3. O Djosa está aqui com um dos seus habituais fatos domingueiros, que enverga para ir passear na Praça Nova à noite e deitar olhinhos marotos às menininhas. Parece que ele tem dois fatos domingueiros, este e um outro, de tom azul-escuro. Comprou-os a um marinheiro, de uma assentada, a bordo de um navio inglês. Segundo disse o Djosa, pagou-os com 2 garrafões de grogue, 1 naviozinho de chifre de boi e 3 lagostas. Viria a saber-se que esse marinheiro inglês ficou tão adepto do grogue que na passagem seguinte pelo Porto Grande perguntou pelo Djosa, com intenção lhe encomendar mais 2 garrafões. Só que na altura o Djosa estava preso na Staçon de Pliça por se ter envolvido numa zaragata com Junzim de Puldina, tendo ambos recebido ordem de prisão e passado 3 dias nas masmorras. No entanto, o recado do marinheiro inglês chegou aos ouvidos do Djosa através do polícia da capitania Lela Gringue, assim conhecido por ter uma pele de um tom roxo. O Djosa suplicou, até se pôs de joelho ao pé do cabo-chefe da Staçom, mas este não foi nas cantigas do mariola. Talvez assim o Djosa tenha perdido a oportunidade de arranjar mais um fatinho domingueiro ou mesmo dois. Sim, porque basofaria é com este rapaz.
    Mas as coisas não ficaram por aqui. De facto, como diz aqui o Djack, o Djosa gosta de "mornar" e imitar o B. Leza. Ao segundo dia de encarceramento, pediu para lhe enviarem o fato de tom cinzento e mandou recado ao Lela de Maninha para lhe emprestar um violão. Assim, envergados o fato e o chapéu apropriado, e munido do violão, começou a cantarolar na cela, interpretando as mornas do B. Leza. Mas, qual história, Dajck!, o gajo tem uma voz de cana rachada, nada que o credencie como mornista de créditos firmados, como dizes. O que acontece é que ele costuma enganar o pagode com o conhecido truque de usar gravações de música alheia e fingir que é ele o cantor, com movimentos de lábio e expressões faciais condizentes. Mas como na prisão não tinha esses meios, teve de se contentar com a sua detestável voz de grogue. A agressão aos ouvidos alheios foi tanta que o Junzim de Puldina, seu companheiro de cela, começou a barafustar em voz alta dizendo que, sim senhor, cumpria o dias de prisão mas que não era obrigado a passar por aquele suplício. Foi quando o cabo-chefe, com os ouvidos tapados com algodão, também ele já pelos arames, mandou um recado ao chefe da polícia a pedir para antecipar a saída dos dois “puli calçada” da cidade.

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    1. O que o Adriano descobre! Nunca me passou pela cabeça que o Djosa tivesse andado nuns assados desses, mas a culpa é só dele, obviamente. Sobretudo o truque de playback. Se ca era bô ta dzêm m'ca ta podia criditá! Oh Deus, êss Djosa...

      Braça em playback,
      Djack

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    2. Mas como é que estas coisas se passaram nas minhas "barbas" sem eu dar conta de nada?! Era segredo ou eu andava distraído a descobrir outros "segredos"?!

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