A pergunta é colocada ao Adriano, mas eu posso responder desde já que a instrução com armas não se fazia nem no 1.º nem no 2.º ano do Liceu.
E tenho quase a certeza de que no 3.º, 4.º e 5.º, também não. Sim, com toda a garantia, no 6.º e 7.º anos. Melhor dizendo, dos 17 aos 25 anos (cadetes) que podiam prolongar a instrução dos últimos anos do liceu à universidade. Ver AQUI.
E tenho quase a certeza de que no 3.º, 4.º e 5.º, também não. Sim, com toda a garantia, no 6.º e 7.º anos. Melhor dizendo, dos 17 aos 25 anos (cadetes) que podiam prolongar a instrução dos últimos anos do liceu à universidade. Ver AQUI.
Eu não tive nenhuma instrução pré-militar nem no Porto (Liceu Alexandre Herculano) nem no Mindelo (Liceu Gil Eanes), anos 1951/1953...
ResponderEliminarNem eu, no regresso ao rectângulo. Mas, como todos sabemos, pelo menos nos meados dos 60 em Cabo Verde havia. A instrução era no quartel, aos sábados, e os cadetes treinavam-se na mesma carreira de tiro dos militares. O auge da coisa era a 10 de Junho, durante a parada habitual, em que os mais velhos iam de Mauser e os comandantes de FBP e os miúdos como eu, apenas marchavam, sem arma nenhuma.
EliminarBraça com o imponente Fernando Alhinho à frente,
Djack
Esqueci-me de dizer (embora toda a gente o saiba) que a instrução dos lusitos (os miúdos) era feita no quintalão cujo portão dava para a Praça do Regala, paralelo à estrada do hospital. Ali não havia armas e a instrução (só evoluções no terreno, marcha para cá e para lá) era dada por um furriel do Exército. Apenas lusitos, chefes de quina e dois ou três comandantes de castelo. Nada de comandantes de falange nem de bandeira.
ResponderEliminarBraça com imenso pó no ar,
Djack
Eu acabei o Liceu em 1953 e nem sequer cheguei a ser da M.P e, em 1956 fui para Angola....Acabei por me refixar em S.Vicente de novo, apenas por volta de 1963, na Drogaria do Leão, onde só havia "instrução laboral"
ResponderEliminarHavia ainda um terceiro tipo de instrução, muito mais divertida, que tinha lugar na Capitania dos Portos e era fornecida pelo Patrão-Mor, com barcos também eles chamados lusitos e cadetes, mas só para rapaziada mais velha e que soubesse nadar.
ResponderEliminarBraça a navegar na baía,
Djack
A instrução pré-militar chamava-se "Milícia", que mais não era que a "Mocidade Portuguesa" numa fase juvenil mais avançada e que correspondia aos 6º e 7º anos do liceu (17, 18 e 19 anos). Só se aplicava a quem andava a estudar, o que significa que a instrução pré-militar só abrangia os alunos do liceu e da escola técnica.
ResponderEliminarEu só frequentei a Milícia, não tendo passado pelas etapas anteriores da Mocidade Portuguesa, e que abrangiam a escola primária e o liceu até ao 5º ano. Não frequentei essa fase porque não era obrigatória como era a Milícia. Quem faltava à Milícia corria o risco de perder o ano por falta escolar. Aqui é que o conceito parece discutível. Porquê? Porque se a instrução tinha um carácter pré-militar, com determinado objectivo, não se entende como não abrangia o resto da população, isto é, os que não estudavam. No entanto, sei que a partir de certa altura (julgo que 1961), os funcionários públicos passaram a receber também uma instrução pré-militar aos sábados à tarde, no quartel. Desconheço é se era expressamente obrigatória a comparência. Talvez fosse. Melhor dizendo, talvez essa obrigatoriedade não fosse imposta mas simplesmente insinuada.
Obrigada a todos!!!
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