terça-feira, 8 de novembro de 2016

[2692] Um comentário de nova comentadora a post antigo

Ver comentário novo de Sandra Pires ao post 2061, AQUI

A pergunta é colocada ao Adriano, mas eu posso responder desde já que a instrução com armas não se fazia nem no 1.º nem no 2.º ano do Liceu.

E tenho quase a certeza de que no 3.º, 4.º e 5.º, também não. Sim, com toda a garantia, no 6.º e 7.º anos. Melhor dizendo, dos 17 aos 25 anos (cadetes) que podiam prolongar a instrução dos últimos anos do liceu à universidade. Ver AQUI.

7 comentários:

  1. Eu não tive nenhuma instrução pré-militar nem no Porto (Liceu Alexandre Herculano) nem no Mindelo (Liceu Gil Eanes), anos 1951/1953...

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    1. Nem eu, no regresso ao rectângulo. Mas, como todos sabemos, pelo menos nos meados dos 60 em Cabo Verde havia. A instrução era no quartel, aos sábados, e os cadetes treinavam-se na mesma carreira de tiro dos militares. O auge da coisa era a 10 de Junho, durante a parada habitual, em que os mais velhos iam de Mauser e os comandantes de FBP e os miúdos como eu, apenas marchavam, sem arma nenhuma.

      Braça com o imponente Fernando Alhinho à frente,
      Djack

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  2. Esqueci-me de dizer (embora toda a gente o saiba) que a instrução dos lusitos (os miúdos) era feita no quintalão cujo portão dava para a Praça do Regala, paralelo à estrada do hospital. Ali não havia armas e a instrução (só evoluções no terreno, marcha para cá e para lá) era dada por um furriel do Exército. Apenas lusitos, chefes de quina e dois ou três comandantes de castelo. Nada de comandantes de falange nem de bandeira.

    Braça com imenso pó no ar,
    Djack

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  3. Eu acabei o Liceu em 1953 e nem sequer cheguei a ser da M.P e, em 1956 fui para Angola....Acabei por me refixar em S.Vicente de novo, apenas por volta de 1963, na Drogaria do Leão, onde só havia "instrução laboral"

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  4. Havia ainda um terceiro tipo de instrução, muito mais divertida, que tinha lugar na Capitania dos Portos e era fornecida pelo Patrão-Mor, com barcos também eles chamados lusitos e cadetes, mas só para rapaziada mais velha e que soubesse nadar.

    Braça a navegar na baía,
    Djack

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  5. A instrução pré-militar chamava-se "Milícia", que mais não era que a "Mocidade Portuguesa" numa fase juvenil mais avançada e que correspondia aos 6º e 7º anos do liceu (17, 18 e 19 anos). Só se aplicava a quem andava a estudar, o que significa que a instrução pré-militar só abrangia os alunos do liceu e da escola técnica.
    Eu só frequentei a Milícia, não tendo passado pelas etapas anteriores da Mocidade Portuguesa, e que abrangiam a escola primária e o liceu até ao 5º ano. Não frequentei essa fase porque não era obrigatória como era a Milícia. Quem faltava à Milícia corria o risco de perder o ano por falta escolar. Aqui é que o conceito parece discutível. Porquê? Porque se a instrução tinha um carácter pré-militar, com determinado objectivo, não se entende como não abrangia o resto da população, isto é, os que não estudavam. No entanto, sei que a partir de certa altura (julgo que 1961), os funcionários públicos passaram a receber também uma instrução pré-militar aos sábados à tarde, no quartel. Desconheço é se era expressamente obrigatória a comparência. Talvez fosse. Melhor dizendo, talvez essa obrigatoriedade não fosse imposta mas simplesmente insinuada.

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