segunda-feira, 28 de novembro de 2016

[2725] Cabo Verde na Exposição Colonial do Porto, 1934


Incluimos neste post duas fotografias que já antes aqui colocáramos. Mas agora, com o texto a ilustrá-las, elas próprias terão melhor leitura. As fotos foram tiradas na baixa lisboeta, junto à Agência Geral das Colónias, Rua da Prata, 34. Colocámos também uma foto de Machado Saldanha, delegado de Cabo Verde à Exposição e capa de uma obra sua publicada no âmbito do certame. Já depois do post pronto, ainda encontrámos a presença do Liceu Central Infante D. Henrique, (Mindelo), antecessor do nosso Gil Eanes (ver no final do post). Por fim, a memória de alguns representantes da indústria do arquipélago. Não os colocamos todos, por agora, sequer a representação da Câmara Municipal da Brava que enviava ao Porto os "tchapéu di padja" locais, tipo "panamá"... Fica para outra vez.










4 comentários:

  1. É muito importante este relato que o PdB nos fornece, transportando-nos para o ambiente da Exposição Colonial realizada em 1934. Apenas umas breves notas: Pena é o texto do Machado Saldanha deslizar para uma falsa publicidade quando fala das "obras" da Administração Central no território, sabendo-se como se sabe que Cabo Verde era das últimas prioridades. Não se esqueça de que meia dúzia de anos volvidos, haveria de morrer muita gente de fome no território. Quem sabe até algumas dessas pessoas que posam na fotografia. Para se ter uma ideia da pobreza reinante, basta olhar para as mulheres descalças na fotografia, causando estranheza que não se tenha ao menos providenciado umas "samatás" para elas. Nem que fosse por empréstimo. Alguém poderá ripostar que o objectivo era mostrar o que era a realidade. Mas não colhe porque os homens estão com sapatos. A maior parte (gente humilde) andava descalça naquele tempo.
    Não refiro o problema das palhotas e da recusa do B. Leza porque já se falou do assunto várias vezes.
    Obrigado, Djack, por mais este grande trabalho de pesquisa. Penso que estarás de acordo com as minhas observações.

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    1. É claro que sim. Estas exposições serviam para mostrar o que era bom nas colónias, filtrando o que era sofrível ou mau. Era assim em todos os países coloniais. Quanto à história das palhotas que meteram confronto entre o B. Léza e o Henrique Galvão, essa passou-se mais tarde, em 1940 e em Lisboa, durante a Exposição dos Centenários (ou do Mundo Português).

      Braça expositiva,
      Djack

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  2. Numa visita rápida vejo este valioso post e não posso deixar de felicitar o Joaquim pelo trabalho de divulgação que faz neste blogue. Bem-haja!

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  3. Cabo Verde merece isto e muito mais. E "isto" é algo que embora modesto é feito com imenso gosto.

    Braça com Cabo Verde, São Vicente e o Mindelo sempre no topo,
    Djack

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