Um vez por outra, temos falado aqui desse imponente e molengão veleiro chamado "Senhor das Areias", conhecido de todos nós, os que por aparecemos e conversamos no Pd'B. Como amanhã é dia de homenagem a Manuel Ferreira nas Caldas da Rainha, respescámos de "Hora di Bai" um saboroso e elucidativo excerto que fala do dito, a abrir o capítulo 27:
"Aí vai, de novo, o Senhor das Areias.
Reparado, pintadinho, aí vai ele, pesado, tosco, ronceiro mas seguro. Dono de si, dominando com o mesma à-vontade e a mesma tranquilidade as mansas ou revoltas águas do oceano.
Era feio, era antigo, era desajeitado, Construído, no entanto, para suportar o embate de tempestades e a dura aventura de, regularmente, estabelecer o elo social e económico entre as populações solitárias daquelas dez ilhas que nele viam um amigo, um companheiro de esperança. Era inestético, trangalhadanças, ronceiro, mas funcional."
"Era feio, era antigo, era desajeitado" e era também conhecido por "Pé-de-chumbo". Ia de vagar para poder chegar. Sempre. Todos gozavam à moda da terra mas era querido.
ResponderEliminarDuas figuras ligadas ao velero sobressaiam: Pedro Afonso, telegrafista representante do armador, criador da Ràdio Clube Mindelo e o Capitão, boavistense de quatro costados, um dos protagonistas da célebre coladeira de TiGoi "capacete de cinquenta one".
Era diaza mas, para nôs, é para sempre.
V/
P.S. - Que a homenagem ao escritor Manuel Ferreira tenha o êxito que merece.
De vez em quando surge motivo para se falar aqui do Senhor das Areias, esse mastadonte que o Manuel Ferreira descreveu com palavras certas no seu romance.
ResponderEliminarDesconhecia que o Pedro Afonso tivesse sido o criador da Rádio Clube Mindelo.
Quis escrever mastodonte e saiu lapso.
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