Este opúsculo foi publicado pelo Grupo
Académico Progredior, em 1946. Aqui o Pd'B sabe pouco deste grupo, ligado ao
Liceu Gil Eanes, excepto que um dos seus membros era Celso Cândido da Silva
Fernandes, homem de Santiago que faleceu cedo em Lisboa, em 1980. Seja como
for, são 14 interessantes páginas com uma biografia de JIS da autoria de
Belmiro Vieira e reprodução de críticas de jornais portugueses (e até de um do
Brasil) à obra "Rumo Novo".
Mais saborosa para os nossos dentes de
rato de biblioteca e de bibliófilo é a dedicatória a uma mademoiselle
cujo nome JIS escreveu com três palavras mas cuja identificação, por termos
quase a certeza de que ainda está viva, não reproduzimos. Podemos no entanto
dizer que foi esposa de um deputado português de esquerda, de grande prestígio,
esse sim, já falecido.
Sabemos que numa viagem do Orfeão
Académico de Coimbra a Cabo Verde (por volta de 1960) os orfeonistas e alguns docentes,
entre os quais o professor progressista Paulo Quintela (professor de Línguas
Germânicas, homem de teatro e tradutor), estiveram na casa de JIS no local onde
ele escreveu esta dedicatória, a Vila Inês (a que ele por graça designa como "castelo"
e assim se chamava em honra da esposa, D. Inês Silva), no Lameirão. Há uma foto
desse encontro no Arquivo do Djô Martins. E se não nos enganamos, um dos
estudantes era o Manuel Alegre que entretanto descobriu o Bana… A dita mademoiselle,
provavelmente, também era integrante do grupo e daí o contacto.
Quanto ao Lameirão são-vicenteino, penso
que os habituais frequentadores do Pd'B (os falantes e os mudos envergonhados) sabem
onde fica: para os lados do Mato Inglês e Pé de Verde, num local de razoável
acesso, pois é atravessado pela estrada que vai do Mindelo para a Baía das
Gatas.
Fiquei curiosa quanto ao Grupo Académico Progredior...
ResponderEliminarQuando ao "castelo" de Djô Fei, que se avista desde a estrada, ele ainda lá está, mas em ruínas...
Já alguém me tinha dito isso... É uma pena, ninguém lhe pegar e preservar essa memória. Quanto ao Grupo Académico Progredior, só posso dizer que... "- Também eu!". Mas é que não encontrei nada sobre o assunto. No entanto, lá na terra, muitas pessoas devem ter ainda conhecimento do que foi esse grupo. Numa próxima ida ao Mindelo...
EliminarBraça ignorante,
Djack
Djack, descobres tudo, rapaz. És um "esgrovetador" de primeira classe.
ResponderEliminarQuanto a esse "castelo", conheci-o nos seus tempos áureos, quando o nosso Djô Fei defendia o reduto do cimo das suas ameias, brandindo valentemente a sua espada de madeira de acácia contra os sarracenos que gritavam Allahu Akbar nos terrenos em redor.
É incompreensível que o "castelo" tenha caído em ruínas. Se calhar o casal não deixou descendentes. Mas, alto lá! A dona Inês Silva, esposa do nosso herói, era madrinha da minha mãe. Será que, invocando essa condição, posso candidatar-me à posse do castelo? É que se assim for, requisito um pelotão de atiradores ao meu ex-regimento aqui aquartelado em Tomar, instalo-me lá com essa tropa e quem sabe possa ainda vir a escrever uma qualquer gesta heróica, na senda do capitão Ambrósio. Ah-ah-ah-ah....