É sábado, o dono do Pd'B arranjou um espacinho nas suas tarefas de escrita e resolveu, ao contrário do que havia anunciado no post anterior, colocar aqui mais um mimo cabo-verdiano. Deliciem-se que petiscos destes só no Pd'B!...
Hoje já nem tanto, mas há umas décadas era comum algumas pessoas que tinham determinadas características verem-nas passadas a si como alcunha e depois aos filhos como apelido. O sujeito era de Évora e chamavam-lhe João Évora? O filho tornava-se MESMO Évora, Abílio Évora, por exemplo; a mulher chamava-se Adélia e trabalhava numa fazenda? Passava a ser a Adélia da Fazenda, como alcunha, e o filho via constar no seu registo o apelido António Serafim Fazenda... e assim por diante. Todos conhecemos casos destes.
Hoje já nem tanto, mas há umas décadas era comum algumas pessoas que tinham determinadas características verem-nas passadas a si como alcunha e depois aos filhos como apelido. O sujeito era de Évora e chamavam-lhe João Évora? O filho tornava-se MESMO Évora, Abílio Évora, por exemplo; a mulher chamava-se Adélia e trabalhava numa fazenda? Passava a ser a Adélia da Fazenda, como alcunha, e o filho via constar no seu registo o apelido António Serafim Fazenda... e assim por diante. Todos conhecemos casos destes.
Temos aqui um que julgo ser desse género. A conclusão a tirar é quase óbvia... Trata-se de um pedido de Bilhete de Identidade, existente no Arquivo Distrital de Portalegre. O pai ou o avô, ou outro ancestral mais antigo desta senhora de Sousel (Alto Alentejo), devia ser natural ou ter estado algum tempo em Cabo Verde e daí... o "Cabo Verde" no apelido. É claro que posso estar enganado, mas duvido... Entretanto, houve outros Cabo Verde (com dados no mesmo arquivo) que não passaram o apelido aos filhos. Mas isso dava pano para mangas e há outras coisas para fazer. Quem tiver paciência que os procure...
Para quem trabalhou como Oficial do Registo Civil isso não é surpresa. Mesmo estando fora, tenho tentado deslindar o problema de uma lusofrancesa que quer ser "à força" descendente de caboverdeanos mas não consigo encontrar a origem do seu nome: - Feijão.
ResponderEliminarNão sei como sair disso.
O mais antigo "Feijão" que encontrei vem na "Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal..." (1706, tomo primeiro), do Padre António Carvalho da Costa. Surge às páginas 428/429 e fala-nos do possível fundador da Vila de Freixo-de-Espada-à-Cinta, "um fidalgo de apelido Feijão"...
ResponderEliminarNoutro local diz-se que esse fidalgo Feijão seria primo de S. Rosendo e que existiria no ano de... 977. Sim, 977...
Diga lá à senhora que às tantas não só tem antiquíssima origem portuguesa como ainda por cima sangue azul...
Braça com ancestralidade,
Djack
Posso garantir-vos que conheci um oficial do Serviço de Administração do Exército que tinha o apelido de Cabo Verde. Devia ser mais velho que eu uns 10 anos. Se for caso disso, posso até ir à Lista e colher o nome completo dele e data de nascimento. Garanto-vos que ele nada tinha a ver com Cabo Verde, mas desconheço a origem do apelido. É quase certo que ele será da mesma família desta senhora, porque com o mesmo apelido nunca ouvi falar de mais ninguém.
ResponderEliminarNo Alentejo há cada nome! Conheci um sargento músico do Exército que dava pelo nome Procópio Tita Fina Taniça. Nem mais. E conheci outro que tinha um nome obsceno que não posso aqui dizer.
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