sábado, 17 de fevereiro de 2018

[3540] Liceu oficial em São Vicente, desde 1917, sim, claro, mas... e o Colégio Esperança?

Vem o anúncio em "O Popular" de 5 de Outubro de 1914, quatro anos exactos sobre a implantação da República. O jornal, de São Vicente, com redacção e administração na Chã de Cemitério, n.º 3, tinha como director Mário Ferro, como administrador Augusto Miranda e como editor e proprietário C. Matos.

Augusto Manuel Miranda era em simultâneo administrador do Colégio Esperança - que não era uma esola qualquer, como se pode ver pelo que no anúncio se informa. E os Miranda, sempre na primera linha e o Pd'B sempre ta sgrovetá e a encontrar o que está gatchóde nas profundezas dos arquivos...

Quem diria, heim? O privado Colégio Esperança no Mindelo, em 1914, antes de 8 de Outubro de 1917 (data da fundação do liceu oficial, com a designação de Liceu Nacional que em 15 de Janeiro de 1926 passou a Liceu Infante D. Henrique). Claro que o Colégio Esperança era só para endinheirados, mas mesmo assim... Ficava na Rua da Luz, bem na morada, bem no coração do Mindelo e era dirigido pelo brilhante santantonense cónego Teixeira.

Nota: Tanto esta como qualquer outra imagem que aqui colocamos pode ser apreciada com melhor qualidade se o interessado fizer download dela. Depois, então, poderá ampliá-la pelo processo normal de aumento de imagem, até conseguir fazer uma leitura facilitada.

3 comentários:

  1. Ora, ora, é a primeira vez que ouço falar deste colégio, criado quando o liceu oficial ainda não existia, como o Djack aqui explica, depois de ter "esgrovetado" mais esta pouco conhecida peça. Claro que era só para quem tivesse paizinho com dinheiro para pagar.
    Sim, esse parente Augusto Miranda estava em todas, homem de grande militância cívica. Tanto jeito que ele hoje daria à sociedade mindelense! Creio que já contei aqui um rocambolesco episódio acontecido com ele. Mas vai de novo. Teria eu os meus 9 anos, e tinha o meu pai ido ao cais aguardar a chegada da sua mãe, que vinha de Lisboa. Era já noite, talvez cerca das 20H00. O Augusto Miranda, que já era homem entrado na idade, estava lá também, e como era época de tempo de mais frio, talvez Janeiro e Fevereiro, envergava um sobretudo. Às tantas, pôs-se a caminhar, perdeu o pé e caiu ao mar, já que o cais (conhecido por Cais Novo) não tinha amurada. O meu pai, apercebendo-se do incidente, atirou-se ao mar, sem hesitar um segundo, para o socorrer. Entretanto, um bote chegou ao local, e tudo se resolveu sem problemas de maior. O meu pai chegou a casa todo encharcado, para grande espanto da minha mãe. Já não me recordo se ele esperou que desembarcasse a mãe ou se teve de ir imediatamente a casa mudar de roupa. Nunca me esqueci deste episódio.

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  2. Seja para quem fosse, é documento para a Histôria.
    Quem sabe se não foi isso que despertou a ideia ?

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  3. É a primeira vez que ouço também falar deste colégio, na rua da Luz ao lado da minha rua da Moeda. Quer seja para endinheirados quer seja para o o povo, fica para a História do Ensino. Bem haja o Djack trazer mais esta preciosa informação.

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