Adriano - Acertou: 1, 2 e 6
Carmo - Acertou: 2 e 7
Ondina - Não acertou
Assim, o Adriano venceu o concurso mas sem direito a ramo de acácia, por não ter acertado em pelo menos quatro respostas (que, aliás, seria meio ramo).
O júri julga que não cometeu nenhum deslize, mas se o fez, que seja disso avisado, para o emendar.
EIS AS RESPOSTAS CERTAS
Resposta 1: Ilha de São Vicente, Ribeira de Julião
Ora aqui estava uma das duas questões a que eu não seria capaz de responder. Isto parece-se com algumas zonas de Santo Antão, de Santiago, até da Brava... O Adriano acertou à primeira.
Resposta 2: Ilha Brava, Nova Sintra
Resposta 3: Ilha de São Vicente, Ferro e Cia., empresa de distribuição de água
Esta era de caras, facílima. Para começar, claro que se topava logo quem era o miúdo. E sabendo-se quem era o miúdo, chegava-se logo à casa em que ele está a apagar as velas do bolo ou seja, à sala da festa de aniversário, algures na antiga Capitania dos Portos / Torre de Belém. Já agora, para os rigorosos, era a segunda a contar do "plurim d'pêxe". Ora aí, o raciocínio tinha de ser orientado assim: se se fala "do outro lado da rua", é porque tem de haver rua. Para o lado do "plurim d'pêxe (direita de quem observa a foto), não há rua, porque é na continuação; para o lado de onde foi feita a foto (à frente do miúdo), há o mar e para a esquerda do fotógrafo há a Praia de Bote. Rua, há só uma, a que passa à frente da Torre e seu anexo (onde está a sala que vemos, como se conta em "Capitania", livro que todos os concorrentes têm ou pelo menos conhecem), a Avenida República, dita "Rua de Praia". Logo, só a empresa Ferro poderia ser a resposta. É claro que ninguém ligou ao "outro lado da rua"...
Resposta 4: Arnaldo "Naldinho" Gonçalves, pianista de mérito
Esta era de facto um bocadinho difícil, mas não impossível de responder, com as dicas que dei. Fartei-me de associar a senhora às letras seguidas KKKKKK... porque era a D. Katy Karantonis, cabeleireira, irmã do chamado Jorge "Grego" Karantonis. Como é sabido, odeio os "K" no crioulo, mas é claro que nada tenho a dizer sobre eles, por exemplo, em palavras gregas. Era de desconfiar a minha insistência no "K". Ninguém desconfiou... E depois falei dos manos AAAAAA e AAAAAA (Arnaldo e António Aurélio Gonçalves). Que dois manos famosos do Mindelo eram os AAAAAA? Só eles... O Sr. Naldinho homem da cidade mas menos conhecido fora dela; Nhô Roque, professor de grande prestígio da terra, por isso e por ser escritor famoso (até claridoso) também em Portugal pelos seus livros... Mas pior que isso tudo, é que a foto já tinha sido vista e já tínhamos falado sobre ela, incluindo o Adriano, ahahahaha, que descuido fatal Ver AQUI
Arnaldo "Naldinho" Gonçalves é a figura de cócoras. Os outros, também gente tchéu cunchide. |
Resposta 5: São Vicente, degraus para descer para a água (ou subir a partir dela, claro) da Baía das Gatas
Sim, no "tanquim" da Matiota havia uns semelhantes, mas o "tanquim" da Matiota já desapareceu, engolido por um estaleiro e eu disse que as fotos, separadas por meio século, eram do mesmo local. Na segunda foto, que tem dois ou três anos, há uma cabeça com cabelos brancos. É um adulto, percebe-se bem. O adulto está em pé. Se ainda houvesse "tanquim" na Matiota, mesmo sentado, ele taparia os degraus com a cabeça. Mas sabemos que não há "tanquim". Logo, se a foto de cima é vaga, a de baixo mostra degraus molhados. Se há um homem dentro de água, é coisa de praia. Se é coisa de praia, é Baía das Gatas. E assim é, de facto. Trata-se do meu amigo José Carlos Marques que se fez retratar meio século depois de eu, ele e o irmão termos tirado uma foto no mesmo local, com os mesmos degraus em fundo...
Resposta 6: Barcos de nacionalidade japonesa; eram barcos de pesca de atum, ou atuneiros; "Maru", palavra comum a todos os barcos japoneses.
E só esta última dica já dava para responder a tudo... Só os barcos japoneses têm esta palavra comum no nome. Aliás, o povo de São Vicente chamava-lhes "marus", em vez de atuneiros ou barcos japoneses. Por causa destes, surgiu até uma coladeira, a conhecida "Saiko Daio" de Ti Goy, celebrizada pelos "Ritmos Cabo-verdianos".
Resposta 7: São Vicente, Cine-Teatro Eden Park
Fartei-me de falar em horizontalidade, mandei um braça paradisíaco (paraíso = Eden), mas nada. Se eu fazia uma pergunta destas, com uma nesga tão curta de edifício, só podia ser um edifício muito marcante. Nunca iria colocar uma casa de habitação qualquer. A única confusão que podia haver era por exemplo com o Hotel Porto Grande ou o edifício da nova Defesa Marítima, mas estas linhas não enganavam. Era o velho Eden Park, sim senhor. E o cinema do Tuta era uma espécie de caixa, se bem me lembro lisa, sem aberturas, para além da porta e da loja de fotografia "Foto Melo" no canto.
Insisto, em algo que já disse 6.594.320.960.125 vezes: os concorrentes não tomam atenção nem ao que se pergunta de início, nem ao que se vai dizendo depois. Avançam por ali fora, às cegas, quando a papinha, se não está toda feita... está quase. Mais perdem, por não darem atenção às ajudas. É que nos concursos do Pd'B, até as vírgulas contam.
Seja como for, um grande, grande, grande abraço para os que participaram. Foi trabalhoso mas muito divertido e haverá continuação, no 4.º concurso da 2.ª série, do Pd'B que será mais fácil que este. Até lá, então.
Djack, mais uma oportunidade que tivemos para nos divertirmos.
ResponderEliminarA essa da nº 4 eu nunca chegaria à resposta porque não me lembrava absolutamente nada do Naldinho Gonçalves. Isto porque nunca foi pessoa das minhas relações ou contactos, até porque, dada a enorme de diferença de idades, não frequentávamos os mesmos meios. Naquele tempo, e atendendo à idade que eu tinha, também o meio musical me era praticamente estranho. E nem sequer sabia que o Dr. Aurélio Gonçalves tinha um irmão.
Quanto à nº 5, confesso que ainda hesitei. Mas julgava que se mantinham ainda os vestígios da escadinha.
Mas, pronto, valeu o esforço.