terça-feira, 2 de junho de 2020

[4594] "Sagres" é do Alfeite (Almada, fisicamente e Lisboa, mentalmente) mas também de Soncente e do Mindelo

Postal escrito a 7 ou 17 de Outubro de 1938, em São Vicente de Cabo Verde. Um dos homens da "Sagres II"  escreve a um tio, para Lisboa. Não se consegue ler o postal, devido à passagem do tempo sobre a tinta permanente (não assim tão permanente) mas pelo menos  isso sabe-se.

Habitualmente, não identificamos nem os remetentes nem os endereços dos materiais postais aqui divulgados mas desta vez, dado o interesse cutural da personagem "tio" deste postal "sagresco", aqui vai, respigado da tese de doutoramento em História da Arte pela FCSH-UNL de Luís Filipe da Silva Soares, "O Palácio Nacional da Ajuda e a sua Afirmação como Museu" (1910-1981):

"(...) refira-se o pedido feito, em 1937, pelo Chefe da Secção dos Palácios Nacionais, Feliciano Torquato dos Reis, para a transferência do Violoncelo Stradivarius que tinha pertencido ao Rei D. Luís I, da Casa-Forte do Palácio Nacional das Necessidades para o Palácio Nacional da Ajuda, como medida de preservação do instrumento musical, juntando-se este a outros existentes na sala do antigo Gabinete de Numismática do PNA. Procurava-se deste modo salvaguardar este violoncelo, até que o 'Museu do Conservatório Nacional, mande fazer uma instalação especial em sala própria' para receber a colecção de instrumentos musicais existentes no PNA790."

2 comentários:

  1. Obrigado pela informação, caro Luiz Gomes. Vá aparecendo. Conhece o nosso navio-escola "Sagres", antigo "Guanabara"? No meu caso, a única vez que estive no Brasil foi em Lisboa, a bordo do vosso "Custódio de Melo". Embaixada e navio de guerra é território nacional, não é verdade?

    Abraço (ou "abraçaço", como diz o Caetano num dos seus discos).
    Joaquim Saial

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  2. Afinal deve ser esse o resultado ao se acrescentar um pouquinho de água na tinta permanente. Nos meus tempos de escola de rei, fazia isto com frequência quando tinha provas e que faltava uns cruzados para encher o tinteiro. Eram tempos do mata borrão e da caneta de pau

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