quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

[4705] Mais uma morte a lamentar na cultura de Cabo Verde. Faleceu Teresa Lopes da Silva, viúva de nhô Balta

2020, ano a todos os títulos maldito. Faleceu mais uma personalidade da cultura cabo-verdiana, num rol que já levou só neste mês algumas das mais significativas. Foi agora a vez de Teresa Lopes da Silva, viúva do advogado, professor e escritor Baltasar Lopes. É toda uma espécie de ínclita geração que vai acabando aos poucos. Dia de tristeza para as ilhas, nomeadamente Santo Antão e São Vicente.

Dela nos ficou uma dedicatória e um autógrafo, na edição catalã de "Chiquinho": Edicions La Campana, Barcelona. 2003. O livro foi oferecido ao Dr. Celso Celestino que por sua vez no-lo ofereceu com nova e muito simpática dedicatória. Foi este o segundo exemplar que tivemos, dos 14 que até agora chegaram ali às prateleiras da estante da nossa biblioteca cabo-verdiana. Uma boa memória de ambos, neste triste dia de final de 2020.

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6 comentários:

  1. Uma grande voz se cala! Sentimentos à família enlutada. É muito bom contar com Praia de Bote, que vai assim guardando a memória de Nôs Terra.

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  2. Nunca se ouviu falar dela todos estes tempos, décadas após a morte do marido, o venerável DR Baltazar. E ela estava vivinha em SVicente.
    Pode-se dizer que ela era a testemunha de uma geração a que chamo, a tribo dos 'mohicanos', numa sociedade moderna caboverdiana que em muitos aspectos Teresa Lopes da Silva e outros da sua geração são hoje quase extraterrestre.
    Saial é uma memória viva e o Blogue Praia de Bote uma antena que irradia Cabo Verde.
    Um bom Ano de 2021, sobretudo com muita saúde, para Praia de Bote e o seu gestor Djack.

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  3. Mais uma perda a lamentar neste ano fatídico em que importantes figuras da cultura cabo-verdiana nos deixaram. Na minha meninice (entre os 12 e os 13 anos), fui vizinho do casal na então designada rua de Serra. De vez em quando ela aparecia à janela, mas nunca tive a oportunidade de a ver noutras circunstâncias, o que me leva a pensar que era uma pessoa que raramente saía à rua. Não sabia que era natural de S. Antão.

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  4. Abri o "AQUI" para ficar a saber mais sobre a Dª Teresa. E, de facto, fiquei. Só que o texto diz que ela era casada com o Dr. Baltasar há mais de 50 anos, e, que eu saiba, eram casados quando foram meus vizinhos e eu tinha na altura 12 anos. Ora, se estou com 77 anos, eles já eram casados há pelos menos 65. É só fazer as contas... Se não eram já casados oficialmente, eram-no de forma integral e completa.

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  5. Antes de mais aproveito este espaço sempre atento e cuidadoso com as personalidades e os factos das ilhas, para enviar as sentidas condolências à Família enlutada.
    A D. Teresa Lopes da Silva era uma pessoa extremamente simpática e acolhedora. Lembro-me de a visitar algumas vezes quando me deslocava a Mindelo e também de falar com ela ao telefone com alguma frequência. Era uma verdadeira guardiã de memórias do marido, o grande Baltazar Lopes da Silva e ela contava de uma forma que encantava quem a escutava, pormenores com interesse sobre a escrita e o interesse pela música folclórica de Cabo Verde que preenchia parte da pesquisa do marido. De tal sorte, que ela gravou um disco, já viúva, com música tradicional da ilha de Santo Antão, segundo ela, para responder a um desejo expresso pelo marido que sempre a incentivou a gravar.
    Paz à sua alma! Fica a memória de uma senhora distinta e de uma figura que sabia cativar plenamente, todos aqueles que conviveram com ela.

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  6. Não conheci a Drª Teresa Lopes da Silva, essa distinta Senhora de quem tanto ouvi falar, pois parti para Moçambique com meus pais e irmãos, com 7 anos de idade, e sei que foi uma personalidade interessante e importante da nossa Cultura. Regressei a S. Vicente, já adulta e conheci o Dr. Baltazar, no Liceu Gil Eanes, para onde fui dar aulas, antes da sua aposentação. Assisti à sua última aula pública, maravilhada. Guardo uma bela imagem do Dr. Baltazar Lopes da Silva. Meus sentimentos à família, pela morte da Dr.ª Teresa Lopes da Silva. Paz à sua alma.

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