A história é curta, mas curiosa, por mostrar um desencontro. Pedro Paulo Ângelo, filatelista macaense, enviou uma carta para S. Vicente, dirigida ao Sr. Anildo Gama Cohen (ver AQUI, a sua biografia). Não sabemos a que se referia a missiva, mas é quase garantido que Anildo Cohen seria filatelista e que se trataria de algum negócio de selos. Na parte da frente, não é possível perceber as datas dos carimbos. No verso, há um de Lisboa (14.11.1938); a carta, vinda de Macau, segue depois para o Mindelo (25.11.1938); volta para Lisboa (6.1.1939); e finalmente regressa a Macau (11.11.1939). Um ano inteiro esteve a missiva a passear, nunca chegando ao destinatário, embora tenha passado por Lisboa, onde ele afinal se encontrava,
O desencontro é mais que evidente. Compare-se o progresso naquele tempo com o de hoje. Hoje, nem se justifica a existência do postal turístico ou da carta por correio postal. Basta um telemóvel, que não precisa ser dispendioso, para o viajante falar directamente e ao vivo com um familiar distante.
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