Jorge Barbosa |
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Manuel Bandeira |
Seria delicioso saber o que esta carta levou através do oceano, desde o Sal até ao Rio. Na falta desse petisco negado, aqui segue excerto de poema significativo desta ligação entre dois grandes poetas de língua lusíada cujo título é... "Carta para Manuel Bandeira"
Nunca li nenhum dos teus livros.
Já li apenas
a Estrela da Manhã e alguns outros poemas teus.
Nem te conheço
porque a distância é imensa
e os planos das minhas viagens nunca passaram
de sonhos e de versos.
Nem te conheço
mas já vi o teu retrato numa revista ilustrada.
E a impressão do teu olhar vagamente triste
fez-me pensar nessa tristeza
do tempo em que eras moço num sanatório na Suíça.
Aqui onde estou, no outro lado do mesmo mar,
tu me preocupas, Manuel Bandeira,
meu irmão atlântico. (...)
Já li apenas
a Estrela da Manhã e alguns outros poemas teus.
Nem te conheço
porque a distância é imensa
e os planos das minhas viagens nunca passaram
de sonhos e de versos.
Nem te conheço
mas já vi o teu retrato numa revista ilustrada.
E a impressão do teu olhar vagamente triste
fez-me pensar nessa tristeza
do tempo em que eras moço num sanatório na Suíça.
Aqui onde estou, no outro lado do mesmo mar,
tu me preocupas, Manuel Bandeira,
meu irmão atlântico. (...)
Pois este envelope que aqui se divulga é prova provada que os dois "irmãos atlânticos" acabaram mesmo por contactar um com o outro.
Recomendamos aos interessados nestas duas figuras notáveis que cliquem nos links que aqui disponibilizamos, onde encontrarão bastante informação sobre as mesmas.
Apenas duas palavrinhas para acordar as minhas memórias de J.B., uma figura imensa, tão imponente física como mentalmente, vivendo no mundo da lua, mergulhado nos seus próprios devaneios literários, bom garfo, boa companhia, boa gente...
ResponderEliminarTrazer a memória destes dois homens de letras ao convívio do Praia de Bote é um acto de cultura que tem de ser assinalado. O Blogue está de parabéns.
ResponderEliminarComo bem diz Adriano Miranda Lima, recordar isso é um acto de cultura. Dois poetas MAIORES, Manuel Bandeira e Jorge Barbosa. Dizia o nosso Vário (Dr João Manuel Varela)que Jorge Barbosa esgotou poesia cabo-verdiana.
ResponderEliminarEstou chocada e emocionada com esse post. Obrigada.
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