A entrevista tem quase um ano, mas não perdeu actualidade. Dividida em quatro partes, ela aqui está para que os frequentadores da PRAIA DE BOTE se deliciem com a conversa do mais importante escritor cabo-verdiano vivo. Clique em cada uma das imagens, para visionar as quatro partes da entrevista.
Boa Praia de Bote.
ResponderEliminarvou aproveitar e surripiar estes videos para meu blog, hehehehe
Abraço
Com todo o gosto. O Germano é universal, dá para todos nós que estimamos a sua escrita.
ResponderEliminarBraça
Para começar, felicito o Joaquim Saial por se lembrar de trazer para o blogue esta entrevista.
ResponderEliminarFoi uma entrevista interessante, que acompanhei com muito gosto. Mas já o disse uma vez e torno a dizer, acho incrível não me lembrar do Germano de Almeida nos tempos do liceu, admitindo que o seu liceu foi o Gil Eanes e não o da Praia. Afinal, ele é apenas 2 anos mais novo que eu, precisamente da idade do meu irmão. No seu percurso liceal deve ter andado 2 anos atrás de mim. Nunca perdi ano e assim ele estaria no 5º ano quando terminei o 7º. Mas claro que isto é irrelevante, apenas uma questão pessoal, pouco importando como comentário. O problema é que gostaria de ter conhecido naquele tempo o nosso mais badalado escritor da actualidade. Só em 2003 é que o conheci em pessoa, e foi no lançamento de um livro de poemas de Carlota de Barros, tendo trocado com ele algumas palavras sobre literatura.
Posto isto, cabe agora dizer que gostei de o ouvir e que, graças a Deus, vejo que se trata de um espírito formatado nas mesmas ideias e princípios genéricos que eu. Acima de tudo, é um cabo-verdiano com perfeita consciência da sua identidade cultural, mas que não se entrincheira em guetos mentais como fazem alguns nossos conterrâneos bem conhecidos. Aliás, ele nunca teria sido o escritor que é - dotado de uma percepção universalista do mundo -se agitasse certas bandeiras em que a estupidez e o ridículo se dão as mãos como fundo emblemático.
A entrevistadora, embora com uma postura afável, é que me merece alguns reparos. Nota-se que ela é prisioneira de certos preconceitos culturais, atribuíveis certamente à política oficial do governo, o que a inibiu de atacar os temas abordados com rigorosa isenção jornalística, impedindo, por exemplo, que o entrevistado exteriorizasse melhor o seu pensamento na questão da demolição da Casa do Dr. Adriano. Quando ela percebeu que o Germano foi totalmente contra a desmiolada decisão, fugiu do assunto como o diabo foge da cruz, cortando-lhe a palavra.
Quando veio à baila o assunto do crioulo, o Germano expôs o pensamento em que se revêem todos os cabo-verdianos com um mínimo de bom senso e inteligência. O facto é que, aí sim, a entrevistadora agarrou o assunto com unhas e dentes, não o deixando despegar da agenda que levava bem preparada. E certamente com o recado bem encomendado por um Manuel Veiga e um “Marsianu fidje dum Padre”. A entrevistadora mostrou claramente o seu posicionamento pessoal sobre o problema do crioulo, incapaz de se distanciar do que tem sido a pugna daqueles dois cabo-verdianos. Contudo, a sua insistência, qual pega-saia, teve o mérito de obrigar o Germano a deixar bem esclarecido o seu pensamento sobre a matéria, ao repetir mais de uma vez o seu ponto de vista.
Em suma, foi uma entrevista em que o Germano de Almeida se explicou com clareza e concisão, não fugindo a nenhuma das questões que lhe foram postas.
PRAIA DE BOTE agradece com ênfase a excelente participação de Ana Lima e felicita-se por passar a ter entre os seus comentadores (assim o desejamos) alguém que não só escreve impecavelmente como também apresenta ideias esclarecidas e sobretudo arejadas.
ResponderEliminarUm braça mindelense
Djack
Tenho de informar de que o Adriano Miranda Lima é que é o autor do comentário publicado como sendo da autoria de Ana Lima. O erro foi devido a estar aberto o mail de Ana Lima, minha filha, cujo computador estou neste momento a partilhar. Como, para fins de identificação, optei por "conta do google", saiu o nome dela precisamente porque a respectiva conta é que estava aberta, não a minha. Portanto, este rapaz meteu inadvertidamente o pé na argola.
ResponderEliminarMas, atendendo às palavras simpáticas e encorajadoras do dono do blogue, tenho de dizer à Ana Lima: "Já bô psú, rapariga, agora passaste a ser colaboradora do Praia de Bote e não vais deixar mal o teu progenitor".
O meu pedido de desculpas e um abraço ao amigo Joaquim.
Adriano Miranda Lima
É claro que pensei que haveria algum parentesco com o Adriano... Lima. Mas nunca deste modo que realmente criou uma situação bem divertida.
ResponderEliminarDe qualquer maneira, vê-se que o comentário do administrador do PRAIA DE BOTE não foi exagerado. Todos sabemos que a escrita e o desassombro do Adriano são de primeira água.
Enfim, perdemos a Ana, reganhámos o Adriano! Não se pode ter tudo...
Braça
Djack