Água, Mindel ca tem! Sim, mas já teve! Grandes tempos os do português Alhinho que para além de dar bons filhos a Cabo Verde deu água a S. Vicente, de poços locais. Não para beber (ou talvez também), mas para a comida e as lavagens. Os seus carros-cisterna percorriam toda ilha, fornecendo água para depósitos no topo das casas ou para tambores forrados de cimento que se tinha sempre nos quintais. Mas lá por 1966, ou antes um pouco, novo rumo seria tomado nesse côsa de H2O. Nascia então (ou já estava em curso) a ideia da Central de Dessalinização de S. Vicente, junto ao cais acostável. E de tal modo a coisa foi importante que deu medalha e selo.
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Aqui se reproduzem ambos, comemorando-se o evento deste post com um copo de grogue... perdão, de água! A medalha é de 1972, assinada MOURA (talvez o escultor José de Moura); o selo deve ser da mesma altura, mais ou menos, ao que parece de 1974, talvez um dos últimos editados sob administração portuguesa. Aqui ficam ambos, a medalha com verso e reverso e o selo só a parte da frente e não a de trás, não vá alguém ter a tentação de lhe pôr cuspo... Quatro paus, valia ele... Em ambos, selo e moeda, a espreitar ao longe, o Monte Cara... como não podia deixar de ser!
Velho cumpade Alhinho, tambem foi meu fornecedor noanos que vivi na Rua da Moeda -não sei como se chamará, hoje...Quanto à Jaida, dizia-se à boca pequena que havia uma proposta isrealita que produzia água e...electricidade mas foi escolhida a da Westinhouse (?) a ácido sulfurico porque era mais favorável (não se sabe para quem)...Sinais dos tempos...
ResponderEliminarZitoazevedo
A Rua da Moeda, entre a Rua da Luz (mais para o lado do porto) e a Suburbana (mais para o lado da de Coco), ainda é Rua da Moeda, sim senhor. Depois de alguns ataques (como todo o cristão tem direito a ter), os cabo-verdianos, povo inteligente, mantiveram muito da sua história e não se deixaram cair na asneira de a deixar apagar.
ResponderEliminarPor conta do nosso colaborador Adriano Miranda Lima:
ResponderEliminarNão há dúvida de que o “Praia de Bote” tem potencialidades insuspeitáveis. Não se limita à contemplação daquele lugar exótico e às suas exaltações míticas. Entra por todo o Mindelo dentro e de tal modo que já se pode dizer que o blogue está a assumir-se como um importante espaço de memória histórica e em toda a linha.
Quando a JAIDA foi fundada eu já estava fora, pelo que não presenciei os seus primeiros passos. Mas o Joaquim também não estava e no entanto consegue descobrir todo um acervo de testemunhos e documentação de grande importância e fundamentais para que se evoque o passado, se estude a história da ilha e se cultive a memória colectiva.
Parabéns, Joaquim, e da minha parte um muito obrigado.
E obrigado também para o senhor Zito Azevedo, que muito já contribuiu com os seus conhecimentos e as suas lembranças. Eu nunca tinha ouvido falar da proposta israelita. Por aquilo que se conhece das capacidades desse povo, é provável que seria uma proposta com pés e cabeça.
Histoire de l'eau, H2O, desde o mar até as nossas canalizações. Obrigado Saial por mais este importante marco!!
ResponderEliminarJack faltou referir à 'Vascona' e o 'Madeiral'
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