Faleceu Zizim Figuera, hoje, em Paris. Notícia brutal e imensamente triste que soubemos através do blogue irmão NA ESQUINA DO TEMPO. O PRAIA DE BOTE fecha-se e recolhe-se, saudando aquele que em vida foi um dos grandes cronistas da ilha que todos amamos, sobretudo porque o fez no crioulo genuíno que ali se fala (e sempre com a pontinha de ironia própria de "mnine de Soncente"), no jornal electrónico "Liberal", onde fomos colegas de escrita. Uma grande perda para S. Vicente e para Cabo Verde. Mais uma porta de sabedoria que se fecha. Recordemo-lo com saudade.
Em sua memória, deixemos uma das paisagens que mais amava e uma adequada música de Cesária: "São Vicente di longe"... pois assim a ilha foi vista por ele durante muitos anos.
Sim Djack, morreu o nosso amigo Zizim Figueira! Tristeza, saudade e sensaçao de um grande vazio, causou-me esta noticia. Morreu? Que a sua alma descanse em Paz. Neste momento o meu pensamento e para que ele encontre o seu verdadeiro caminho para a eternidade.Os sofrimentos fisicos terminaram. A familia enlutada, meus sentidos pesames.
ResponderEliminarNita Ferreira
Uma grande perda, Nita. O que o Zizim fez, nunca foi feito por ninguém, que eu saiba, sobretudo com aquela regularidade, volume e qualidade de textos crioulos. O seu humor e ironia eram genuínos, "prop" de Mindelo. Muito do que foi a cidade de "diazá" não se perdeu, graças a ele. Agora, alguém tem de pegar naqueles textos e transformá-los em livro.
ResponderEliminarDjack
Estou a reagir algo tardiamente a este post por ter estado em S. Vicente e sem meios informáticos à altura das minhas necessidades. Pode parecer um paradoxo mas é verdade. Estive na Praia de Bote real, na "tchom" de Soncent, e no entanto longe do ciberespaço que hoje domina e unifica o espaço e o tempo, aproximando-nos e juntando-nos num instante temporal. Mas tive a oportunidade de evocar a memória do Zizim no lugar ideal,e real, de pedra e cal e a saber a salitre e peixe seco, tendo-me postado na Praia de Bote real e frente à antiga casa comercial do seu pai. Ali evoquei a alma do nosso amigo e rendi-lhe uma muito sentida homenagem interior e silenciosa. Creio que ele estava ali e deve ter sentido a minha presença.
ResponderEliminarComo se costuma dizer e com a máxima razão, "Morre o homem, fica a obra". Agora é esperar que os textos saiam em livro, como parece que está a ser idealizado.
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