Ná, ó menino, ná...
À alma do malogrado comandante Adelino de Oliveira
Ó rosto doce de ojo maguado,
Es bo cudado
Botal pa traz!
Nhor Des ta dano um bida de paz,
Ó nha Pecado
De ojo maguado!
Ná, ó menino, ná,
Sobra rum fugi de li!
Ná, ó menino, ná,
Dixa nha fijo dormi...
Sono de bida, sonho de amor,
Ou graça, ou dor,
Es é nós sorte...
Se Deus, más logo, mandano morte,
Quem que tem medo
Ta morrê cedo.
Toma nha ombro, encosta cabeça,
Ja'n dabo peto,
Amá ragaz!
Ó esprito doce, ca bo tem pressa:
Deta co geto,
Dormi na paz...
Ó nha Pecado
De ojo maguado!
Ná, ó menino, ná,
Sobra rum fugi de li!
Ná, ó menino, ná,
Dixa nha fijo dormi...
Sono de bida, sonho de amor,
Ou graça, ou dor,
Es é nós sorte...
Se Deus, más logo, mandano morte,
Quem que tem medo
Ta morrê cedo.
Toma nha ombro, encosta cabeça,
Ja'n dabo peto,
Amá ragaz!
Ó esprito doce, ca bo tem pressa:
Deta co geto,
Dormi na paz...
Muito gostaria de saber a que se deve exactamente o poema desta morna, sendo a minha curiosidade espicaçada pelo facto de ela ser dedicada ao "malogrado comandante Adelino de Oliveira". Talvez o Zito saiba responder, sendo ele casado com uma bravense, conterrânea do autor da morna.
ResponderEliminarResta dizer que era valioso tudo o que saía da pena do eterno Eugénio. Quando vemos a pobreza confrangedora da letra de algumas mornas que por aí se ouve, sem o mínimo laivo de poesia, apetece dizer: - Olhem para nho Eugénio!