Amanhã à noite, teremos o regresso de Adriano Miranda Lima com mais um dos seus interessantíssimos textos sobre a força expedicionária portuguesa a S. Vicente no período da II Guerra Mundial. Entretanto, com o patrocínio da Casa do Leão, vamos todos dar um mergulho à Matiota (ou ficar a boiar de papo para o ar "na tanquim"). Convirá dizer que nesta altura aqui o administrador do PRAIA DE BOTE estava em S. Vicente e que é bem possível que um daqueles pontos pretos lá adiante seja da cabeça dele... Quanto à menina que escreve o postal para o seu amigo, apagámos o segundo nome e o apelido. Também convirá referir o salto técnico da Casa do Leão que antes já publicara postais, mas a branco e preto. Agora, era o momento da cor.
Claro que as saudades, de que partilho, nada têm a ver com o desconforto dos seixos negros que as ondas arrastavam com um som característico, porque a areia, também ela negra, não abundava...A alternativa para quem não tinha carro para ir até à Baía das Gatas, seria a Laginha que, na altura, era uma praia perigosa, só para os destemidos...Diga-se, por curiosidade, que a praia era a PRAIA DOS FALCÕES!
ResponderEliminarEsta praia da Matiota de muitas recordações. Restou a Laginha até quando.
ResponderEliminarEnfim dizem que recordar é viver.
José F Lopes
Quantos mergulhos feitos na Matiota! Todos os dias ia la nadar. Belos tempos que ficaram na minha recordaçao. Foi na Matiota, na pequena piscina que aprendi a nadar. Fernando
ResponderEliminarChamávamos à tal pequena piscina "tanquim". Eu ficava lá sempre a boiar e a fingir de morto...
ResponderEliminarConfesso que nunca me atirei do trampolim. Isso era para os verdadeiros "sports". Eu era apenas um "sport" muito mas mesmo muito amador.
Braça flutuante,
Djack
A Matiota, lugar de recordações. Encerra aspectos da mundivivência mindelense e caboverdiana (pois que pessoas de várias ilhas também frequentavam esta praia) no Mindelo, esta cidade que era na realidade um pequeno e pobre burgo, mas cheio de dignidade, nobreza intelectualidade e alegria . Ao lado Praça Nova e da saudosa Estrela, Matiota era um lugar de encontro da população mindelense de todas as cores, feitios e origens: ricos, pobres, novos e velho. Aconteceram, neste local, coisas maravilhosas : paixões, namores, aventuras, pesca submarina, natação, ginástica, acrobacias, desfile das beldades da nossa pacata cidade, piqueniques, noites cabo-verdianas etc. Enfim tudo o que fazia o pulsar e o dinamismo desta ilha.
ResponderEliminarJosé F Lopes
Olhando para a fotografia da Praia de Bote do nosso amigo Saial e lembrando do artigo do Picau aqui publicado pensei que faz falta um projecto para revitalizar a nossa Praia de Bote. Nos anos 80 uma jornalista francesa viu um certo estilo Cote de Azur França na nossa Baia do Porto Grane de se calhar no Mindelo. E eu que conheço bem a Cote d’ Azur posso confirmar que o potencial está aí, enquanto a mão do homem não escangalhar tudo. Pois desde a Independência que se vem estragando a nossa linda cidade, a começar pela magnífica Fazenda e o paço da CMCV não se esquecendo da Matiota é claro, que foi uma partida de mau gosto contra os mindelenses. Mas como fazer coisas bem feitas e bonitas se o pessoal dirigente não sai ou quando o faz é para fazer compras&rabidâncias, não olhando com olhos de ver as coisas bem feitas. Pois o ‘crioulo’ tem na realidade dado cabo, se não vandalizado, muita coisa do património urbano e cultural que lhe foi legado pelas gerações anteriores. É preciso um sobressalto para dignificar a nossa cidade. Já escruto em vários artigos da necessidade da Requalificação urbana da nossa cidade e da utilização dos Fundos Regionais da EU, para as Regiões Ultra Periféricas. Embora as Câmaras não tenham diplomatas pois ainda não temos as sonhadas Regiões em Cabo Verde, o pessoal lá na CMSV tem que ver a melhor maneira de se encostar junto da EU para resgatar alguns fundos, não ficando sempre a espera do governo. Penso que a CMSV tem que pensar na Requalificação Urbana da baixa Mindelense, incluindo a Praia de Bote e da sua Classificação em Património Histórico. É preciso um grande projecto para a cidade do Mindelo.
ResponderEliminarJosé F Lopes