quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

[0304] As ilhas de Cabo Verde vistas por um repórter do jornal espanhol "El Sol", em 1936

A nota é do jornal madrileno "El Sol", de 17 de Abril de 1936. E é escrita pelo repórter Fernando Ortiz Echagu que se encontra numa viagem de ida e volta ao Brasil, em dirigível. Lá de cima vê as cabo-verdianas ilhas num momento em que é hora do pequeno-almoço. E chama-lhes ilhas desoladas e esquecidas por Deus e pelos homens. Diz, enganado, que raramente tropeçam nelas os barcos. E refere que o repórter do "Berliner Illustrirter", que tira fotografias a tudo, aqui apenas se dignou fazer uma chapa... A Guerra Civil espanhola estava para começar em meados de Julho desse ano, o nazismo crescia na Alemanha e por Portugal era o que sabemos...

O Zeppelin que sobrevoou as ilhas de Cabo Verde era um dos primeiros a fazer a luxuosa carreira inaugurada em 30 de Março. Podemos vê-lo aqui, quase em cima da Praia de Bote, em foto do blogue "Luís Graça e camaradas da Guiné" Mas isso já se sabia, através de blogues e fotologues (um dos quais o do Djô Martins). O que não se sabia era que o patife do alemão apenas tinha tirado uma foto lá de cima. Só que aqui o PRAIA DE BOTE vasculha tudo e não perdoa a malandros desse calibre. Caso para dizer ao sujeito: "Große Bandit, fahren Sie Strahlen, nie um hier zu kommen".








1 comentário:

  1. Desoladas e esquecidas por Deus e pelos homens! Quanta verdade nisso! Mas, enfim, são as nossas queridas ilhas, com um povo doce como a papaia que, mesmo assim, mau grado a natureza madrasta, nasce e medra em alguns recantos que escaparam à câmara do viajante.

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