Valha a verdade que se diga que esta fotografia tem o seu quê de surrealista em que as desgarradas palmeiras são a excepção que confirma o deserto circundante...Peço desculpa mas esta foto entristeceu-me, mais do que me empolgou! Zito
Nasci no dealbar de 1943 e não deve ser do meu tempo esta paisagem. Fui ao Eden Park pela primeira vez aos 9 anos, com o meu paim pela mão, e julgo que atrás do edifício havia já uma certa urbanização, incluindo a igreja Nazarena. Esta imagem retratada na foto desperta um imaginário qualquer que faz regressar à origem nua das coisas. A terra estiolada, as 4 palmeiras, o poço e o casebre isolado constituem o compósito de uma desolação mas que era já um ponto de partida, tal como muitos outros o foram por essa ilha fora. E pensar que a poucos metros dali iria nascer o Eden Park, o lugar onde os sonhos da meninada e dos adultos associariam esta paisagem a um qualquer lugar do deserto do Saará ou do Arizona.
A fotografia é de um postal cujo verso não possuo, ao contrário de dezenas de outros. Um deles tem carimbo de correio de 1913. Por isso, este, será da década de 10, eventualmente da de 20 do século XX.
A foto deve ser dos princípios dos anos 20 do século passado e muitos ficarão admirados quando souberem que ao fundo, na parte mais baixa da colina, é entrada de Cruz.
A fonte (que aparece à esquerda) nos anos 30 pertencia a Toi Bintim que ali pôs uma bomba,que enchia um tanque para a rega da horta que ocupava grande espaço de verdura. No extremo desta (portanto à direita) montou uma oficina de latoaria e o irmão João (Bintim) tinha a estrebaria das célebres "mulas de óculos verdes".
Tudo evoluiu e, muito depois da morte do dono, os herdeiros venderam o terreno aos protestantes que erigiram a imponente Igreja do Nazareno, escola de onde saíram uma pleiade de jovens preparados para enfrentar a vida.
Honestamente, o resto não é comigo. Não me atrevo a descrever coisas que começaram antes de eu sair e que tiverem grande projecção comigo jà fora mas o prof. Brito Semedo d' "A Esquina do Tempo" pode contar a História se o Praia de Bote não quiser alargar para deixar espaço aos seus colaboradores.
Espero de todo o coração que esta foto e este tema sirvam de rastilho de uma capitulo brilhante em todos os parâmetros. Sem desprimor para outras missões, posso avançar que os Nazarenos construíram Obra.
Não reparei nos dois textos dos amigos Zito e Adriano. Teria acrescentado algo mais e respondido ao pedido do Adriano.
A minha dedução quanto à data da foto é devido as primeiras construções feitas no sitio que serviram de base, ou de alinhamento, e que ali se encontram. Sito as casas de António Oliveira Santos (Toi Bintim) precisamente onde se encontra a casinha,João Oliveira Santos (Jom Bintim) Júlio Vitoria, Lela Leite, Manuel do Carmo Silva, etc.
Conheci ainda o Fonte d'Cutu onde ia visitar os tios e brincar o "stick out" com meninos da minha laia. Mãos-ao-ar !!!
Mas que coisas o Val sabe! Eu não fazia a mínima ideia. Será interessante saber se as palmeiras ali estão porque perto do poço ou se a sua presença é simplesmente aleatória. De resto, seria curiosa saber se a ilha desabitada já tinha alguma palmeira ou se este tipo de árvore foi para lá enviado
Valha a verdade que se diga que esta fotografia tem o seu quê de surrealista em que as desgarradas palmeiras são a excepção que confirma o deserto circundante...Peço desculpa mas esta foto entristeceu-me, mais do que me empolgou!
ResponderEliminarZito
Nasci no dealbar de 1943 e não deve ser do meu tempo esta paisagem. Fui ao Eden Park pela primeira vez aos 9 anos, com o meu paim pela mão, e julgo que atrás do edifício havia já uma certa urbanização, incluindo a igreja Nazarena. Esta imagem retratada na foto desperta um imaginário qualquer que faz regressar à origem nua das coisas. A terra estiolada, as 4 palmeiras, o poço e o casebre isolado constituem o compósito de uma desolação mas que era já um ponto de partida, tal como muitos outros o foram por essa ilha fora. E pensar que a poucos metros dali iria nascer o Eden Park, o lugar onde os sonhos da meninada e dos adultos associariam esta paisagem a um qualquer lugar do deserto do Saará ou do Arizona.
ResponderEliminarGostaria que se tentasse saber em que ano foi obtida esta fotografia.
ResponderEliminarA fotografia é de um postal cujo verso não possuo, ao contrário de dezenas de outros. Um deles tem carimbo de correio de 1913. Por isso, este, será da década de 10, eventualmente da de 20 do século XX.
EliminarA foto deve ser dos princípios dos anos 20 do século passado e muitos ficarão admirados quando souberem que ao fundo, na parte mais baixa da colina, é entrada de Cruz.
ResponderEliminarA fonte (que aparece à esquerda) nos anos 30 pertencia a Toi Bintim que ali pôs uma bomba,que enchia um tanque para a rega da horta que ocupava grande espaço de verdura. No extremo desta (portanto à direita) montou uma oficina de latoaria e o irmão João (Bintim) tinha a estrebaria das célebres "mulas de óculos verdes".
Tudo evoluiu e, muito depois da morte do dono, os herdeiros venderam o terreno aos protestantes que erigiram a imponente Igreja do Nazareno, escola de onde saíram uma pleiade de jovens preparados para enfrentar a vida.
Honestamente, o resto não é comigo. Não me atrevo a descrever coisas que começaram antes de eu sair e que tiverem grande projecção comigo jà fora mas o prof. Brito Semedo d' "A Esquina do Tempo" pode contar a História se o Praia de Bote não quiser alargar para deixar espaço aos seus colaboradores.
Espero de todo o coração que esta foto e este tema sirvam de rastilho de uma capitulo brilhante em todos os parâmetros. Sem desprimor para outras missões, posso avançar que os Nazarenos construíram Obra.
Não reparei nos dois textos dos amigos Zito e Adriano. Teria acrescentado algo mais e respondido ao pedido do Adriano.
ResponderEliminarA minha dedução quanto à data da foto é devido as primeiras construções feitas no sitio que serviram de base, ou de alinhamento, e que ali se encontram. Sito as casas de António Oliveira Santos (Toi Bintim) precisamente onde se encontra a casinha,João Oliveira Santos (Jom Bintim) Júlio Vitoria, Lela Leite, Manuel do Carmo Silva, etc.
Conheci ainda o Fonte d'Cutu onde ia visitar os tios e brincar o "stick out" com meninos da minha laia.
Mãos-ao-ar !!!
Mas que coisas o Val sabe! Eu não fazia a mínima ideia. Será interessante saber se as palmeiras ali estão porque perto do poço ou se a sua presença é simplesmente aleatória. De resto, seria curiosa saber se a ilha desabitada já tinha alguma palmeira ou se este tipo de árvore foi para lá enviado
ResponderEliminarSe calhar, as palmeiras foram "importadas" tal como os "macacos azuis" de que ninguém quer falar...
EliminarMantenha
Zito