Caetano Alexandre de Almeida e Albuquerque exerceu o cargo de governador de Cabo Verde entre 1869 e 1876 (durante o reinado de D. Luís) e teve idênticas funções em Angola, até 1878, e na Índia, até 1882. Damos aqui ênfase, em artigo do "Occidente" (quando ele transitava de Angola para a Índia), àquele que mais interessa ao Pd'B, blogue do Mindelo, de S. Vicente e de Cabo Verde, lembrando que o oficial da Armada foi tão estimado que ficou com nome de praça na Praia (a que equivale à Praça Nova do Mindelo) e busto na mesma, erigido em 1926, da autoria do escultor Simões de Almeida (Sobrinho). Claro que parece haver algum exagero na prosa do articulista mas que o governador melhorou a situação de Cabo Verde é indiscutível. O que, ao fim e ao cabo, era sua obrigação...
Foto Joaquim Saial (digitalizada, a partir de foto em papel da mesma autoria) |
De louvar a conservação do busto e do nome da Praca na capital.
ResponderEliminarO homem deve ter sido excepcional para resistir, assim, aos ventos da História...
ResponderEliminarEstá aqui a origem da praça Albuquerque na Praia. Nunca tive conhecimento da história deste governador, mas agora compreendo a razão. Obrigado Praia de Bote e Djack por esta aula de história
ResponderEliminarE não só ele. No platô, Andrade Corvo, Cândido dos Reis, Manuel de Arriaga, Machado dos Santos, e Serpa Pinto, por exemplo, resistem ao lado de Amílcar Cabral, Domingos Ramos (Liceu) e Agostinho Neto (o político, poeta e médico angolano que deu nome ao Hospital e sofreu desterro cabo-verdiano no Mindelo e em Santo Antão, pelo menos). É que de facto há lugar para todos, velhos e novos heróis, e a história não se faz apenas de uma parte.
ResponderEliminarDe qualquer modo, para ser honesto, acho que há algum exagero no relevo concedido aos heróis da I República portuguesa, como do mesmo modo acontece em muitas terras de Portugal. Contudo, Serpa Pinto, tal como a figura do post de hoje, também se esmerou por melhorias em Cabo Verde e de todos os citados da época colonial talvez seja, juntamente com Caetano Albuquerque, dos que mais merecem ser topónimos nas ilhas.
E ainda na Praia, não esquecer o gracioso Largo Camões (onde está o monumento ao Dr. Lereno que também tem nome de rua e se situa a Universidade de Cabo Verde) e a muito mais recente Avenida Cidade de Lisboa.
Isto só demonstra a inteligência dos cabo-verdianos na preservação da sua história, pese embora, como em todos os países (Portugal incluído) uma ou outra asneira como as de São Vicente de que este e outros blogues têm vindo a ser eco - mais em edifícios destruídos, neste particular caso. De qualquer modo, o Mindelo constitui resistência de nome de rua, a de Lisboa, que tem sobrevivido a todas as tentativas de apagamento, à maneira da pombalina e lisboeta Praça do Comércio que continua a ser para o povo Terreiro do Paço ou a Praça de Sá Carneiro que é e será para os lisboetas, até ao fim dos tempos, Praça do Areeiro.
Braça com ruas por todo o lado,
Djack
É graças ao Praia de Bote que tomo conhecimento dos feitos deste governador em proveito de Cabo Verde. De facto, dum modo geral houve certa tomada de consciência quanto à preservação de sinais da história. Outra coisa não seria de esperar dos cabo-verdianos, por razões que de tão óbvias nem vale a pena citar.
ResponderEliminarObrigado, Djack.