Início da reprodução do n.º 1 do Boletim dos Alunos do Liceu Gil Eanes (Março de 1959), com as imagens e textos que reputamos mais significativos. O primeiro poema dos dois de hoje também é de Corsino Fortes.
|
Caro frequentador da Praia de Bote. Que acha do lettering do cabeçalho deste Boletim? Não lhe lembra nada? |
|
Abílio Augusto Monteiro Duarte (16.02.1931 – 20.08.1996) foi
um nacionalista cabo-verdiano e líder político nos primeiros anos da
independência do país. Nascido na Praia, Abílio Duarte foi o primeiro ministro
dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, entre 1975 e 1981, e também Presidente
da Assembleia Nacional. Quem terá sido o "Fanha"?
|
Estava eu em Angola e tínha-me casado há dois anos...No medu tempo não havia MP mas já havia poetas!
ResponderEliminarVamos lá a cortar essa do "meu tempo". Todos os Zitos são intemporais. Diria mais: são intemporaiZitos!
ResponderEliminarQuanto ao Corsino, comprou-me um romance na Praia e eu comprei-lhe a "Obra Completa" aqui. Livro, com livro se paga. Porém, o da Praia está autografado e houve foto em que estamos ambos. Vamos ver se um dia ainda lhe apanho um autógrafo no dele.
Braça de caneta em riste,
Djack
No meu tempo...de Gilista no activo! Creio que existiram Zitos bem mais intemporais; o futebolista brasileiro, por exemplo, e creio que um jogador de basebol americano, tambem...Mas, "o meu tempo" foi importante para mim e não deixarei neste mundo nem grandes paixões nem ódios profundos: tudo muito "soft"!!!
ResponderEliminarBraça sastefeito,
Zito
Mas, voltando ao assunto principal do post: o Boletim dos Alunos do Gil Eanes... Gostaria que alguém me falasse daquele lettering do título. É que de facto há algo a dizer...
ResponderEliminarBraça letrado,
Djack
Por outro lado, não haverá ninguém que tenha conhecido este "Fanha" retratado no linóleo de Abílio Duarte?
ResponderEliminarBraça fanhoso,
Djack
Pois falo eu desse "lettering". Eu estava no 4º ano, salvo erro. Creio que o jornal foi criado por iniciativa do professor de letras, mandrong, Dr. Antero Simões, que era delegado da Mocidade Portuguesa. Eis a explicação para o "lettering". Significa que o boletim não nasceu da espontaneidade de uma iniciativa literária propriamente dita, a qual, a ser assim, teria de envolver em primeiro lugar os estudantes mais velhos, pois foi mais uma imposição do Dr. Antero Simões. Assim, facilmente se desvalorizará a intenção, conotando-a com um acto oficial, ou de regime, se se preferir. Em todo o caso, os poemas do Corsino, pela temática que lhes está subjacente, parecem desmentir a imposição de uma qualquer directriz oficial ou linha censória. Além de ter sido meu professor de português, tive uma certa relação pessoal com o Dr. Simões porque ele e a mulher foram hóspedes da minha avó paterna (aluguer do rés-do-chão mobilado do prédio em que ela vivia) nos 3 ou 4 primeiros anos da sua permanência em S. Vicente. Ele era bom professor na sua área e lembro-me de que tentou convencer-me a escrever para o Boletim, o que nunca aconteceu porque não me sentia capaz dessas andanças. Gostaria de encontrar o Dr. Simões, caso ele esteja ainda vivo.
ResponderEliminarEsqueci-me de dizer que me lembro do Fanha, um homem meio tonto ou quase sempre alcoolizado. Mas não guardo dele uma memória muito nítida.
ResponderEliminarO obrigado do Pd'B pelas informações, nomeadamente as oferecidas sobre o "Fanha".
ResponderEliminarBraça fanhosa,
Djack
Quando o boletim saiu jà tinha alguns anos fora mas posso referir-me ao homem do desenho que também parece com uma zebra.
ResponderEliminarSó agora venho falar-vos do cidadão Fanha que conheci perfeitamente. Chegou a passar à nossa casa para cumprimentar a minha mãe. Mas nessa altura ficávamos todos mobilizados por um rapaz era fino e qualquer coisa lhe servia para troca de um copo.
Fanha, Joaquim de seu nome de baptismo, descendente de sanicolaenses, era grande cozinheiro até o dia em que resolveu trocar as panelas pelos copos e nunca mais pode desvencilhar-se da dependência do néctar santantonense. A partir de determinada altura, dizia-se que bastava falar-lhe de grog para ele começar a sapatear.
Era sabido, Fanha tinha um santo horror à água de açúcar
Braça também para o sábio residente no país do croissant.
ResponderEliminarDjack