Agora que o Hospital Baptista de Sousa já atendeu 756 doentes vítimas de ataque cardíaco pela visão aterradora do post anterior, levemo-los já recuperados e como alívio a dar um giro por vários bares do passado mindelense e a um recentíssimo e de boa nota. Os anúncios são de Novembro de 1943 (folheto oferecido ao Pd'B por Adriano Lima, de que temos vindo a reproduzir materiais) e as fotos são do mês passado, do nosso amigo José Carlos Marques. Deliciai-vos gentes, com os finíssimos aperitivos do "Bon Marché", com o asseio do "Bar Cabo Verde", com os petiscos do "Iris-Bar" (moreia frite?), com o sortido de bebidas do "Bar Eden Park" e com o modernismo do bar da recente marina do Porto Grande. Uma rodada de grogue para todos, paga pelo Pd'B, para afogarmos as nossas tristezas existenciais...
COMO AS MOEDAS TUDO NESTA VIDA TENDE A TER DUAS FACES...NÃO PODE SER SÓ DESGRAÇAS!!!
ResponderEliminarImagens de consolação, depois do desgosto, mas belas imagens. Mas continuaremos a chorar os estragos feitos no centro histórico e muita coisa destruida vai-nos fazer falta para vender ao Mundo esta cidade diferente. Agora vamos projectar Mindelo no futuro olhar para o futuro. O desenvolvimento humano e cultural a re-abertura desta ilha ao Mundo vai ser determinante para a sua projecção no Mundo Global. S. Vicente precisa de intensificar o intercambio cultural com outros povos com o Mundo para sairmos da actual mediocridade. Pois esta ilha sempre desenvolveu com os contactos e novas visões e ideias. Se fecharmos em nós mesmos só faremos estragos como os que vemos assistindo, o pior é estando convencidos... Nos anos 80 uma jornalista francesa comparava as potencialidades do Mindelo com as da zonas nobres da Cote De Azur, mas estava a falar das zonas que foram preservadas pelo boom turístico avassalador. Portanto esta cidade tem uma riqueza intrínseca e não se pode mexer da cá aquela palha sem um plano com pés e cabeça. Jean Ives Loude relativamente à problemática do urbanismo, já em 1999 Jean Yves Loude (8) denunciava derivas na cidade do Mindelo. Segundo ele, a fealdade do novo urbanismo ‘kitch’ choca com a traça colonial da cidade, convidando os turistas a sair apenas à noite, pois: ‘A esta hora as pragas infligidas por certos arquitectos insensíveis ou incultos ao corpo glorioso do Mindelo insultam menos a vista, e as sombras das recordações felizes atrevem-se a sair”. Como escrevi no último artigo 3ª Parte- Por um Cabo Verde ‘Verde’ num Mundo em Transformação: uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável (Mas a situação do urbanismo bem piorou por razões mais do que denunciadas, de tal modo que o francês teria saudades dos anos 90.
ResponderEliminarAquilo que recomendo aos jovens ou tarimbados arquitectos, projectistas, homens políticos e de cultura é que não inventem a roda, ficando isolados do mundo fechados em Cabo Verde, produzindo ideias brilhantes que depois redundam em ‘pirraças’ e destruição grotesca. Têm que estudar muito, viajar muito para países do Mundo conhecer o antigo e o clássico (Velho Mundo) , o moderno e o progresso (Novo Mundo), mascom olhos de ver. Em todo o Sul da Europa (França, Itália Espanha, Portugal) está repleto de modelos de desenvolvimento arquitectónico e turístico onde se valorizou o património e a traça original (tirando as zonas ondem os projecto horríveis de torres de betão que transformaram áreas turísticas em autênticos desertos modernos). O novo Mundo está cheio de exemplos de harmonia e respeito pelo património e o legado. Vão aos estados Unidos não a Manhattan ou a Wall Street mas às pequenas cidades histórica americanas e verão.
ResponderEliminarBonitinho, sem dúvida, digno de bilhete postal para mandar para o estrangeiro (para quem nada sabe) mas não é suficiente para nos servir de bàlsamo. Uma coisa não impede outra. E se ligar as fotos anteriores às daqui, fico com a sensação de ver aquelas pessoas que lavam a cara e não lavam o sovaco
ResponderEliminar"O Mundo é uma bola e a cada volta que dà muda a face das coisas".
ResponderEliminarQuem espera desespera mas vamos levando nossa cruz ao calvàrio.
Obrigado pela participação, caro anónimo. Apareça sempre que é bem-vindo.
EliminarBraça,
Djack
Eu tinha escrito um comentário um pouco longo mas esfumou-se já no fim e quando o relia. Estou a desenrascar-me melhor com o iPad, mas não tanto como seria desejável, enquanto não volte a dispor de computador normal.
EliminarDizia que é admirável a forma como o Djack tira todas as potencialidades memorialisticas de uns poucos prospetos. É fantástico!
Dizia também que são pertinentes e objectivas as intervenções do José sobre a decadência do nosso património histórico e a lamentável cegueira que se apoderou dos que têm o poder na nossa terra. O problema é que esse poder tem mandato popular, ainda que muitas vezes seja meramente circunstancial ou transitória a via da sua obtenção. A traça colonial é o que caracteriza a cidade do Mindelo e lhe confere singularidade histórica. Construções novas e modernas podem erguer-se, sim, mas na periferia, mas julgo que ainda assim deveriam ostentar algum vestígio da antiga traça. Por isso é que a demolição da Casa Adriana e a sua substituição por um mamarracho naquela zona não tem perdão. Nenhum perdão! Mas reparem que tudo isso foi praticamente consentido ou caucionado pelo povo da cidade. E aí é que está o busílis da questão. Antes de esperar boas ou aceitáveis decisões dos políticos, é preciso educar o povo, no mínimo abrir-lhe os olhos. Desculpem alguma gralha ou erro mas não me atrevo a reler este texto, sob pena de novamente desaparecer por qualquer gesto inadvertido da minha parte no uso deste iPad.
É PENA NÃO HAVER UM PANFLETO DO BAR ESTRELA, ALI AO LADO DO LICEU, QUE VENDIA AS MELHORES SANDES DE CARNE DE PORCO ASSADA QUE EU JÁ COMI EM TODA A MINHA VIDA!!!
ResponderEliminar