domingo, 9 de fevereiro de 2014

[0737] Os ingleses chegavam e depois partiam...

Sim, eles chegaram às ilhas, nomeadamente a São Vicente, estiveram umas décadas, brincaram aos carvoeiros e aos telegrafistas e depois rasparam-se, quando a coisa já não dava rendimento interessante. Mas deixaram marcas curiosas que ainda não se apagaram de todo na nossa ilha. Para relembrar esses rapazes e raparigas sardentos, o Pd'B deixa hoje um prospecto do jantar de despedida a Mr. H. H. Hoadley Esquire que se reformou. Em 10 de Abril de 1937, no Mindelo, grande jantarada, decerto com toasts finais e ruidosos hoorays...

4 comentários:

  1. S. Vicente tem de arranjar uma forma qualquer de associar os ingleses ao culto da memória britânica que a ilha comporta. Penso que não será difícil trazê-los de volta simbolicamente, bastando pôr a imaginação a trabalhar. Ainda não há muitos anos, morreu o Alerton, que foi cônsul inglês. Em Newcastle ele era presidente de uma associação ligada a S. Vicente. Melhor do que eu explicará o Valdemar.

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  2. Oh Adriano enquanto aquela terra viver naquela madorra, enquanto estiverem em querelas intestinas sobre o sexo do anjo caboverdiano nada feito. Como é possível o estado independente ter-se estado de costa viradas em relação à Inglaterra e ao Commonwealth. Alguém um dia poder-me-á explicar isso. Por um triz que não estivemos de costas viradas com os EUA, mas assim seria a maior fome na terra alguma vez acontecida. Eu que considero francófono por razões de emigração da minha ligação à França não percebo que tenhamos entrado na Francofonia e não tenhamos também entrado na Commonwealth. Pode ser absurdo .mas com os absurdos, ambiguidades e as incongruências de que somos campeão mais uma não mudava o mundo. De qualquer maneira Cabo Verde gosta de estar com os pés em todo o Mundo. Um pé nesta organização potenciava boas relações culturais com os países anglo-saxónicos. Precisamos dos ingleses para estudarmos a revitalização dos desportos que caíram em desuso e recuperação urbanística e porque não uma apoio ao desenvolvimento.

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  3. Aceito o desafio do Adriano para falar um tantinho do Sr. Alerton que chegou jovem no Mindelo como funcionàrio da Companhia Nacional (?) e entrou logo no sistema e nas cowboiadas, aprendendo logo o nosso crioulo. Vi-o mais de uma vez nas matinées do Castilho e por là deve ter aparecido pelas mãos do então funcionàrio do Consulado inglês e Presidente do Castilho, sr. José (Djô) Dias,
    Mais tarde foi à terra dele e veio com a sua Esposa, uma senhora não menos simpàtica que se adaptou incrivelmente bem. Mrs. Alerton, por falta temporària de pessoal, foi contratada pela Western Telegraph como enfermeira e consta de uma fotografia que circulei hà tempos.
    Desse casal, o mais caboverdiano dos ingleses, gostaria que outros aqui viessem falar pois a partir de 1954 não o segui mas sei que - casualmente, numa rua de Inglaterra - Mrs. Alerton ouviu duas caboverdianas a falar crioulo parou-as, identificou-se perguntando se tinham ouvido falar dela e do seu marido. Segundo a pessoa que me contou foi um momento de grandes lembranças e muita saudade. Teria dito que foi em S.Vicente que viveu os melhores moentos da sua vida. No meu tempo dizia que bebeu a àgua do Madeiral.

    P.S. - Tive a oportunidade aqui de sugerir uma Geminação entre Mindelo e Cardiff ou de Mindelo e Newcastle mas, sinceramente, com a velocidade do pessoal camaràrio estamos longe de concretizar esta ideia que seria importante para que nunca se esquecesse a saga dos ingleses na nossa terra.

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  4. Bom Val isto é uma coisa que o pessoal de S. Vicente pode fazer. A CMSV pode tomar este tipo de iniciativas já que a presença britânica em S.Vicente que tanto revolucionou o país e que no meu ponto de vista foi a verdadeira alavanca para a transformações ocorridas em Cabo Verde (aparecimento de uma classe operária,sindicatos, reivindicações, o incremento do desporto e mais e mais) não fazem parte da História oficial do país.
    Eu sei que uma forte cooperação neste presente momento não é possível sem passar pelas redes do Estado mas acredito que com a Regionalização o governo regional lançaria uma mensagem muito forte que era estreitar as relações culturais com a Inglaterra e o Reino Unido pois temos este passado histórico comum que convém aprofundar e desenvolver

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