quarta-feira, 6 de agosto de 2014

[1003] Resultado do concurso n.º 22, comemorativo do post 1000 (e último, por uma boa temporada)

Questão 1



A imagem mostrava sete indivíduos, uma criança e dois burros num local aparentemente rochoso ou arenoso (o sítio era em St. Vincente, Cape "de" Verde, nem mais...). Nada de vegetação, nada de casas. Apenas as ditas pessoas e os orelhudos. Dizia-se que a cena se passava em São Vicente e que em fundo, na imagem original, se viam três famosos locais da ilha. Já sabemos que se pode escrever a palavra "locais" com o sentido de "indígenas". Foi isso que traiu o Adriano. Só que aqui o sentido era o tradicional "sítios", pois os concursos do Pd'B não passam rasteiras desse tipo aos concorrentes. Não nos divertimos a vê-los errar, divertimo-nos a vê-los acertar. Ora na ilha de São Vicente, três locais ao mesmo tempo e famosos, só podiam ser o Mindelo, a baía (ou Porto Grande) e o Monte Cara. Fácil, simples e directo (e sem rasteiras, como dissemos acima).

Questão 2

Mais uma, esta ultra-hiper-extra-magno-alta e grandemente simplicíssima. Eis as oito possibilidades:

1 - Estátua de Diogo Afonso (antes, na Praça Estrela, agora junto à Torre de Belém);
2 -  Monumento a Gago Coutinho e Sacadura Cabral (com águia, o famoso "passarom"), junto à velha Alfândega;
3 - Busto de Sá da Bandeira (e não se Serpa Pinto), na Praça Nova;
4 - Busto de Luís de Camões, na Praça Nova;
5 - Busto do poeta José Lopes, perto da casa onde viveu, não longe das antigas casas estatais do capitão dos portos e dos magistrados (não sei o nome exacto do local);
6 - Busto de Adriano Duarte Silva, na pracinha do antigo Liceu Gil Eanes;
7 - Busto do médico militar Dr. Regala, na pracinha do mesmo nome, a caminho do hospital ou do liceu, para quem vem da Rua de Coco;
8 - Estátua jacente feminina (talvez representando a "Dor", também conhecida como "D. Marquita", se não estou em erro) escultura funerária em mármore que repousa sobre o jazigo da família Serradas, no cemitério do Mindelo - Esta, embora existente num local público, não pode ser considerada monumento público na verdadeira acepção da palavra, porque o sítio onde se encontra não está disponível 24 horas à população… viva. É a tal escultura semi-pública que apontámos. Já foi motivo de um estudo nosso, no jornal electrónico "Liberal".

Questão 3

Quase nem é preciso dizer qual é a obra mais conhecida da literatura cabo-verdiana, "Chiquinho", embora ela hoje já entre em competição com a sua concorrente "O testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo", de Germano Almeida. Mas o "Chiquinho" ainda apresenta pergaminhos que a colocam como "Os Lusíadas" ou o "D. Quixote" das ilhas. Quem não a tem em casa não merece ser chamado de cabo-verdiano… (esta é um bocado exagerada, mas há que desculpar o presente escriba, pelo gosto que tem pelo livro e pelo saudoso autor, Balta/s/z/ar Lopes). Ora o primeiro topónimo que o livro apresenta  é "Caleijão", em São Nicolau (Como quem ouve uma melodia muito triste, recordo a casinha em que nasci, no Caleijão.); a segunda é "América" (A partida de Papai para a América); e a terceira é "Sal" (Mamãe guardava lá o barril de farinha-de-pau, a talisca que ficava rala da mandioca e o peixe seco da ilha do Sal). Enfim, tudo isto pouco interessava e destinava-se apenas a servir de fundo à questão, pois o que se perguntava era qual o topónimo que ao mesmo tempo era a derradeira palavra do romance nacional de Cabo Verde. Era "América", destino de Chiquinho, em fuga da miséria das ilhas.

Aqui está como mais uma vez se fez um concurso facílimo que nada tinha a ver nem com a idade dos possíveis respondentes nem com o facto de terem saído há 875 anos das ilhas. Posto isto, agradecemos ao Adriano a persistência que lhe rendeu dois ramos de acácia e uma prenda que vai seguir dentro em pouco por correio electrónico para Tomar (esperemos que não caia no Nabão porque assim recebê-la-á molhada e com penas de pato) que ele não vai conseguir parar de apreciar assim que a obtiver, nem para lanchar nem para jantar. Às tantas, nem dorme hoje, com o entusiasmo. Acertou em cinco monumentos (bastava esse número para pontuar) e acertou em "América".

Posto isto, refreamos os nossos ímpetos concursais, que pouco estão a render (ou seja, não estão a compensar o trabalho nem o tempo perdido que terá melhor utilidade em actividades mais produtivas), e continuaremos com os habituais posts sobre São Vicente, o Mindelo e Cabo Verde, até pelo menos ao n.º 6.785.402.

Braça,
Djack

2 comentários:

  1. Tal como prometi, Djack, haveria de voltar ao rescaldo do concurso, contando que o faria depois do sol poente e ainda hoje, mas atrasando um bocado por razões alheias à minha vontade.
    Entretanto, tinha auspiciado que aparecessem uns rocegadores de carvon nhocasse ou remadores para nos fazerem companhia, mas afinal não aconteceu. Dizem as más línguas que eles apanharam uma fusca no bar Tubarão e por lá ficaram o dia inteiro sem tino.
    Quanto aos resultados do primeiro concurso, ali houve uma calapadinha, embora ao de leve, conforme aliás desconfiou o Val, razão por que resolveu ir ao bar Tubarão lavar o desaforo com uns groguinhos e moreia frita.
    Quanto ao resto, acertei na questão 3 porque reli o Chiquinho há uns 8 meses. Foi sorte.
    O Djack não pode é desanimar com a fraca e inesperada ausência de remadores neste concurso. É coisa episódica. Eles vão estar na linha de partida do próximo desafio.
    Eu é que estou radiante com os meus raminhos de acácia. Quanto à prendinha surpresa, agradeço e fico ansioso, mas ao mesmo tempo receoso que isso faça "manha" aos companheiros remadores.

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  2. Estar... estão, mas falta a coragem de pegar o remo e avançar o butim.
    O pior é que nem com a pomessa de um gruguinha os praiabotenses não se lançam.
    Ê pena !

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