segunda-feira, 11 de agosto de 2014

[1037] Teodolitos no topo da Capitania e suporte problemático

in Wikipedia: o teodolito é um instrumento de precisão óptico que mensura ângulos verticais e horizontais, aplicado em diversos sectores como na navegação, na construção civil, na agricultura e na meteorologia.

Em primeiro lugar, a afirmação de que nunca vi semelhantes objectos no topo da Capitania dos Portos (hoje Torre de Belém) nem ninguém nesta actividade que no caso presumo ligada à navegação ou à meteorologia (Meteorologia que de facto nos anos 60 e até a Torre de Belém encerrar como Capitania dos Portos e Comando da Defessa Marítima ainda se mantinha no penúltimo andar do edifício). As imagens são de uma missão geográfica portuguesa a Cabo Verde, levada a cabo entre 1926 e 1932, fotos de José Bacelar e do Instituto de Investigação Científica Tropical.

Em 1999 tirei uma fotografia ao suporte, do qual já não me lembrava e que considerei estranho, tendo achado que seria espécie de marco de final de obra do edifício. Mas agora, ao confrontar as fotos mais antigas com a minha, verifico que o suporte não quadra, o que ainda é mais estranho. Pode ter havido adaptação ou reforço do pedestal, algures entre ambas as datas, coisa que parece desnecessária. Por outro lado, olho para a minha foto e parece-me ler 1929. Nas fotos mais antigas, a data é de 1930. Claro que pode ser desgaste do tempo nos algarismos e dar essa impressão. Enfim, só mistérios inventados por investigador picuinhas... Resumindo, ficamos em águas de bacalhau - peixe que afinal em aparece no Porto Grande...




Foto Joaquim Saial, 1999

4 comentários:

  1. Eu aprendi a manusear este instrumento com o qual se faziam medidas que possibilitavam cartografar as curvas de nivel dos terrenos para se poder escolher o melhor traçado para as estradas, evitando excesso de curvas e desniveis acentuados...Era giro!

    ResponderEliminar
  2. O teodolito também tinha utilização militar, designadamente nos cálculos topográficos para a medição dos ângulos de tiro para os morteiros da infantaria e os obuses e peças da artilharia. Hoje, está ultrapassado pelo uso de aparelhos electrónicos.
    Será que em tempos idos houve uma peça de artilharia montada no cimo da Capitania? Acho que não porque aquilo não tinha a necessária fortificação para isso.

    ResponderEliminar
  3. A Capitania tinha de facto cerca de uma dúzia de "peças", mas no paiol da Defesa Marítima. Eram "peças" FBP, um das quais estava no guarda-fatos do Patrão-mor e servia para o filho brincar com ela, em arrojados ataques e defesas, debaixo da mesa da sala de jantar e das camas... Sem carragadores, claro!

    ResponderEliminar
  4. O paiol de que falei situava-se no primeiro andar da Torre de Belém, onde também estava a aparelhagem de comunicações e a cifra, mais uma ou duas salas onde residiam alguns marinheiros europeus solteiros, uns três, pelo menos.

    ResponderEliminar

Torne este blogue mais vivo: coloque o seu comentário.