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Luís Filipe Morazzo |
O Lahore |
A acção que temos vindo a seguir envolvendo o comboio SL-67, é um bom exemplo da terrível tática de “matilhas”, utilizada por grande parte dos comandantes de submarinos alemães, que continuavam a obedecer escrupulosamente à ordem do seu chefe Nesta acção como temos vindo a acompanhar, destacou-se Wilhelm Schulz, comandante do U-124, só à sua conta acrescentou mais quatro marcas no periscópio do seu submarino, correspondentes aos sucessos representados pelos quatro navios afundados, durante o decorrer desta campanha.
Depois de termos abordado os dois primeiros ataques, respetivamente contra os navios Narrana e Harmodius, o foco aponta agora para o grande cargueiro Lahore, torpedeado quase em simultâneo com os anteriores, na medida em que, todos foram vítimas do mesmo lançamento de uma rajada de seis torpedos, efetuado entre as 5h47 e as 6h08, do dia 8 de Março, a NNE das ilhas de Cabo Verde.
O Lahore era um robusto cargueiro de 5304 toneladas de deslocamento bruto, construído em 1920, em Sunderland e pertencia a um grupo de quatro navios gémeos, todos encomendados pelo famosíssimo armador inglês, Peninsular & Oriental Steam Navigation Co. a fim de reforçar as ligações entre os portos da Grã-Bretanha com os das colónias do império, em particular os que ficavam mais a oriente, onde se destacava a Índia.
A carga a bordo era composta em especial por grandes partidas de madeira e chá, além de várias tonelada de correio e minério de ferro. Após o torpedeamento parte desta carga de madeira incendiou-se, obrigando a tripulação a abandonar o navio no dia seguinte. Todos os 82 tripulantes foram salvos pelo contratorpedeiro da escolta HMS Forrester que os transportou de seguida até Gibraltar.
Mais um relato emocionante, que eu li com todo o interesse que estas coisas do mar me suscitam. Obrigado, Luís Morazzo!
ResponderEliminarCaro Adriano Lima
ResponderEliminarApareça sempre, são os leitores como você que mais motivam aqueles que escrevem.
Saudações marinheiras
Luís Filipe Morazzo