sexta-feira, 7 de julho de 2017

[3053] Homenagem a Manuel Ferreira nas Caldas da Rainha: convite aceite

Praia de Bote tem todo o gosto em aceitar o convite para estar presente nesta merecidíssima homenagem ao escritor de "Hora di Bai" e lá estará, dia 22, no Museu de José Malhoa (Caldas da Rainha), para a inevitável reportagem.

Ex.mo Senhor
Professor Joaquim Saial

Venho por este meio convidar V. Exa. a participar no acto comemorativo do centenário do escritor Manuel Ferreira, que terá lugar nesta cidade, no Museu José Malhoa, no próximo dia 22 de Julho, às 15 horas.

Manuel Ferreira
Esta cerimónia constará da abertura de uma exposição intitulada Manuel Ferreira: Capitão de Longo Curso, seguida de uma mesa-redonda designada Manuel Ferreira, quem és?, com a presença dos professores Fátima Mendonça (Universidade Eduardo Mondlane, Maputo), Ana Paula Tavares (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras de Lisboa) e Mário Tavares (Instituto Politécnico de Leiria). Este programa tem como comissário o Professor João B. Serra, docente do Instituto Politécnico de Leiria, antigo Chefe da Casa Civil do Presidente da República Jorge Sampaio.

Manuel Ferreira, que nasceu em 18 de Julho de 1917 no concelho de Leiria, residiu nas Caldas da Rainha entre 1954 e 1958, tendo nesta cidade desenvolvido intensa actividade no domínio cultural.
Foi, como será do vosso conhecimento, um escritor e investigador que, em muitos aspectos, foi pioneiro no estudo e divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa.

O seu contacto com a identidade cultural das antigas colónias portuguesas teve início durante a Segunda Guerra, quando integrou o exército expedicionário destacado para Cabo Verde. Estacionado em S. Vicente, ali veio a casar com a jovem estudante Orlanda Amarílis, futura professora e escritora.

Manuel Ferreira, que fora incorporado pela primeira vez em 1933, com dezasseis anos, veio a ter uma extensa carreira militar, de soldado ao posto de capitão, no decurso da qual, prestou serviço também na Índia e em Angola.

Tem uma obra de ficcionista, inspirado pelo movimento neo-realista, na qual o lugar de destaque vai para os livros de temática cabo-verdiana (Morna, 1948, Hora di Bai, 1962, Voz de Prisão, 1971). Em 1967, publicou A Aventura Crioula, um longo ensaio sobre a história da cultura cabo-verdiana. 

Em 1974, foi convidado para leccionar a cadeira de “Literatura Africana de Expressão Portuguesa” na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, iniciando então uma intensa carreira académica, ao longo da qual formou e orientou estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento, investigou e fez conferências pela Europa, África, Brasil e Estados Unidos.

Do seu trabalho de investigação resultaram trabalhos como Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa, 1977; 50 Poetas Africanos, 1989, No Reino de Caliban, 3 vols. 1972, 1976, 1986; uma revista, África, com catorze números editados entre 1978 e 1986.

Na expectativa de poder contar com a honrosa presença de V. Exa. no dia 22 de Julho, nas actividades referidas, subscrevo-me com os melhores cumprimentos,

Fernando Tinta Ferreira
Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha

3 comentários:

  1. Recebi idêntico convite, que é muito simpático e que sem dúvida proporcionará momentos de grande elevação e interesse cultural aos participantes e visitantes. Seria para mim muito proveitoso estar presente. Mas infelizmente não poderei estar porque me desloco ao Algarve no dia 12 de onde irei depois até ao sul de Espanha. Férias, compromissos familiares, aniversário (18 anos) da primeira neta.

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    1. Tradução da conversa adriânica: "O Pd'B vai fazer a reportagem, vou ver tudo como se tivesse estado lá, estou safo!".

      Braça com máquina fotográfica preparada,
      Djack

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  2. Retenho duas honras: - A Homenagem e o Convite.
    Fico aguardando pela reportagem.

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