quarta-feira, 21 de março de 2018

[3646] "Poema Mindelense". Na Dia Mundial d'Poesia, um poema de nôs terra

3 comentários:

  1. CABOVERDEANIDADE
    "... Com interesse, perguntei da evolução da poesia cabo-verdeana, sobre que me respondeu:Ribeiro Couto com aquele não-se-sabe-o-quê antecipador e profético dos poetas e o seu sentido de re-criação de ambientes, creditou para nossa admiração no "Jornal do Brasil" o ensaio "Destino e poesia de Cabo Verde", estupendo de penetração sem dúvida "por encontrar nas nossas coisas de Cabo Verde um eco da sua "pátria"....
    Temos de encarar a Morna como uma forma de arte. Como toda a forma de arte é evasão, um processo de libertação e de sublimação dos complexos da personalidade, uma maneira de trazer à superfície a virgindade íntima do Homem. A MORNA é "a afloração da nossa constituição essencial, da posição caboverdeana perante a Vida., posição que é de alegria e expansão e não de renúncia. A Morna traduz na sua contida tortura o confronto doloroso do que valemos como força humana e do que somos, do desnível entre a nossa potencialidade e as limitações do ambiente. Assim, ela não condensa uma atitude passiva de renúncia nem exemplifica paralelos passadistas do que fomos e do que somos, do desnível entre a nossa potencialidade e as limitações do ambiente. Assim, ela não não condensa uma atitude passiva de renúncia nem exemplifica paralelos passadistas do que fomos e do que somos.: embora roce pelo paradoxo, a melancolia da MORNA é fundamentalmente a consequência do excesso da nossa alegria de viver e da nossa resistência moral, em desproporção com a ambiência", palavras de Baltasar Lopes da Silva recortadas do seu próximo romance "Expansão" uma das pedras dessa construção do sentido novo que o Grupo Claridade" busca definir...."

    -- Quais as manifestações pessoais desse sentido superior da MORNA?
    -- Antes de mais nada, Eugénio Tavares. A hora é dele. Foi Eugénio quem primeiro concretizou em verso, nas mornas e nas manilhas, o sentimento de CABOVERDEANIDADE...."

    Por DELFIM DE FARIA
    Bacharel em Direito da Universidade do Rio de Janeiro

    IN: SOCIEDADE LUSO AFRICANA / RIO DE JANEIRO 1935

    ResponderEliminar
  2. Todo o cabo-verdiano tem poesia no sangue e nisso saiu ao português, como naturalmente tinha de acontecer. Bom post, com excelente colaboração do Artur!

    ResponderEliminar
  3. Pespeguei desse poema e mandei-o para todo o lado.
    Inclusive aparece no fotolog/Valdas visto por muitos brasileiros.
    Ê nosso dever falar das nossas (poucas) riquezas.

    ResponderEliminar

Torne este blogue mais vivo: coloque o seu comentário.